De volta ao lar

110 8 0
                                    

O Sol nasceu, estou destruída
Tenho que sair agora
Tenho que fugir disso
Aí vem a vergonha
Aí vem a vergonha

Enquanto eu saboreava minha panqueca ao lado de Charlie as duas meninas asiáticas continuavam se insinuando para Sebastian. Nojentos.

— então querido, quando volta a cidade? Estamos ansiosas para repetir aquela massagem. – ergo minha cabeça e vejo o olhar sugestivo que a mais baixinha da pra ele.

— infelizmente não pretendo voltar por um longo tempo. - diz me olhando. Mais que porra ele não vê que não quero que ele me olhe.

— ah baby, que pena. – agora a outra diz com aquela voz nojenta melosa.

O mais incrível que o Charlie parece nem ligar, como se fosse algo normal.

É algo normal Rebeca, Sebastian é bonito, e bom, você tem que admitir que também é bem gostoso e tem um algo a mais que faz as mulheres caírem matando: Fama e dinheiro.

Parece que Charlie finalmente decidiu se pronunciar nesse café e diz:
— Bom crianças, hora de ir. Sebastian se despeça de suas amigas enquanto eu e Rebeca vamos indo. Venha querida. – levantou e me deu a mão. Segurei rápido até demais me levantando nem olhando na cara das biscates e do senhor mentira ali.

Enquanto andamos até o carro, uma dúvida fica na minha cabeça e não sei se devo perguntar ou não. Acho que o senhor Foster percebeu minha inquietação pois logo ele diz

— pode falar menina.

Dou um sorrisinho nervoso antes de falar o que tanto tô pensando agora.

— eu sei que não é da minha conta nem nada. Mas sempre é assim?

— o café? – assinto – Sebastian é um pouco famosos com as mulheres mas nunca leva seus casos para mesa de café, aquelas ali são as massagistas que o hotel indicou.

Hum, bom saber. Mais mesmo assim aquela conversa delas tinha um tom de malícia. Será mesmo que ele não leva para mesa? Ou Charlie que apenas acha isso?

Sebastian entra no grande carro preto em que seu pai e eu já estamos enquanto jason segue para o aeroporto.

O voo de volta pra NY dormi o tempo todo, então passou literalmente voando. Enquanto pegávamos as malas Sebastian tentou puxar assunto comigo eu apenas segui em frente e o ignorei.

Já na frente do aeroporto, estou esperando minha bela amiga que ficou de vir me buscar. Quando sinto um toque no meu ombro. Era ele.

— fiz algo que a chateou? - diz quando viro pra trás encarando-o.

Então com a minha cara mais falsa respondo.

— não se preocupe senhor Foster, não aconteceu nada, apenas cansaço.

— senhor Foster? Sério Beca? Achei que tínhamos entendidos qual é minha intenção com você, só pra ficar claro não é de negócios.

Ah mais eu entendi meu bem! Entendi muito bem você querendo me enganar se fazendo de apaixonado na madrugada e já amanhecendo com duas safadas asiáticas te dando "massagens".

— é aí que você se engana. São negócios, afinal eu sou contratada para representá-lo. Isso é trabalho, não o torne pessoal.

— meu pai contratou você! Isso já é pessoal. Por que amanheceu tão fria comigo? No avião não dirigiu a palavra. Ontem quando nos beijamos...

O corto na mesma hora.

— ontem não existiu ok? Foi apenas um deslize. Não misturo trabalho com vida pessoal. Aqui sou apenas sou advogada. E por favor me chame de Rebeca ou doutora.

Você não é meu ALFAOnde histórias criam vida. Descubra agora