Gigolô

A garçonete

Domingo, dia do serviço, seis da manha.

Bill pula da cama para se arrumar, depois daquela reunião bizarra com Madeleine e no final com Lady Doll, os seis funcionários foram liberados e voltaram para o restaurante, trabalharam a noite como de costume, mas hoje, no domingo, não iriam trabalhar com o Sorata, ele e os cinco amigos iriam se encontrar as 07:30 na frente daquele mesmo prédio comercial e de lá iriam ser encaminhados para o local da festa, para chegarem, se arrumarem para enfim as onze horas servirem o almoço aos convidados e ficariam na festa ate 22 horas, então seria transportados de volta a cidade e iriam ser deixados em avenidas principais o mais próximo das suas casas para facilitar o retorno ao lar, afinal, já estaria muito tarde quando eles voltassem de lá.

Os colegas bagunçaram com ele quando finalmente saíram da reunião não acreditando que ele realmente conseguira enganar varias pessoas de que era mulher, por causa disso Bill teve que aguentar quase todos no restaurante chamando ele de “Erika 2.0” pelo resto da noite, mas ele nem se importava muito, com aquele valor (ele e os colegas não falaram nada sobre a reunião, nem serviço, nem valor com ninguém por causa do contrato) ele poderia comprar finalmente uma geladeira nova, ate três, pra casa e daria o resto pra mãe poder comprar o que quisesse.

Ele tomou banho as pressas e, de toalha mesmo, tomou o café logo em seguida, depois disso correu para o quarto se arrumar, colocou uma cueca apertada (pra esconder o volume) e uma calça unissex meio frouxa, uma blusa meio folgada e mais um blazer por cima (pra dar volume dessa vez) e se maquiou bem, passou base, lápis de olho, rímel, tudo para deixa-lo bonito e bem feminino, não queria levantar qualquer suspeitas do seu real gênero. Saiu de casa com tempo folgado e pegou o ônibus e depois o trem, chegou na frente do prédio com 15 minutos de antecedência, lá viu várias outras pessoas que assim como ele, esperavam algo, deveriam ser os funcionários dos outros restaurante, seus amigos chegaram logo em seguida e eles ficaram reunidos esperando Madeleine aparecer para dar instruções.

Exatamente no horário combinado, um ônibus enorme estaciona na frente do prédio e dele desceu a loura Madeleine, de calça social e blusa vermelho carmim, ela mandou todos os grupos entrarem no ônibus juntos e se arrumarem nas cadeiras de acordo com seu estabelecimento, assim como ordenado, os grupos foram subindo, sempre se seis em seis, as vezes em oito. Quando o grupo do restaurante japonês entrou, Bill percebeu que os vidros por dentro era totalmente pretos, eles não conseguiam enxergar nada do lado de fora e as janelas era totalmente vedadas, o motorista, o único que tinha o vidro limpo, estava separado deles por uma porta. Quando todos terminaram de entrar e se acomodar a loura entrou se sentando numa cadeira de frente para eles e a porta fechou-se logo após ela.

- Por precaução, vocês não poderão ver onde a festa é nem onde esta localizada, não se preocupem, eu vou acompanha-los a viajem toda, lembra-se das regras? – Mesmo todos concordando ela repetiu tudo exatamente como na reunião, não ver e não ouvir nada, como servir, como tratar, não reagir a nada do que vir na festa, sobre a regra das mascaras e contratos extras e tudo mais. Ao lado do bando dela havia uma grande sacola fechada, depois de todas as regras repetidas a loura abriu a sacola e tirou grandes pacotes de roupas, todas em fardos de cores diferentes, ela chamou um representante de cada estabelecimento distribuindo os fardos de roupa respectivo, cada restaurante tinha roupa de uma cor como cores da bandeira da origem de sua comida típica, logo assim, as cores que o restaurante japonês recebeu foram vermelho e preto, cada roupa com seu sapato preto com a numeração coletada.

Eles abriram os uniformes, cada uniforme com seu nome na frete de acordo com o tamanho coletado ontem, homens de calça e mulheres de saia e meia calça preta, quando viram, os rapazes começaram a bagunçar em como “Erika ficaria linda vestida daquela forma”, Demyr pegou o celular para tirar uma foto de Bill que naquele instante estava muito envergonhado segurando seu uniforme, mas antes de tirar a foto o celular foi arrancado de suas mãos pela loura.