Epílogo bônus

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Lauren

— Benjamin, você vai estar assim quando sua sogra chegar? — pergunta Ethan.

— É, ué — meu filho responde.

— Deixa ele, amor — dou duas batidinhas leves no ombro dele — Como nosso Ben cresceu tão rápido assim?

Ben hoje tem exatos 16 anos. A mesma idade que eu tinha quando conheci seu pai.

A confusão é a seguinte: Ben está namorando e chamou a mãe dela para jantar com a gente esta noite. Assim que ele desceu a escada de nossa casa, Ethan quase teve um infarto por causa das roupas do filho.

Eu sempre disse que eu era o homem da relação.

— Pai, a gente só vai receber a mãe da Giulia, que eu já conheço muito bem. A única coisa que peço é para vocês se conterem — Ben diz.

— Você fala como se a gente já tivesse feito você passar vergonha ou algo do tipo com alguma sogra sua.

— Isso é porque vocês já fizeram — ele começa — Lembra de quando a Cassandra veio aqui pela primeira vez com a família dela? — é óbvio que eu me lembrava. A menina era tosca. Toda metida — Vocês fizeram piada do colarinho deles e do cabelo, perguntando se eles tinham saído de algum filme dos anos 80 de investigação!

Eu e Ethan gargalhamos com a lembrança e Ben não aguentou e riu com a gente.

Aquilo foi realmente engraçado.

— Mas nós gostamos da Giulia. Vai dar tudo certo — meu marido diz.

— Prometem não fazer nada constrangedor que afete eles? — Benjamin pede.

— Prometemos! — falamos em uníssono.

Nosso filho nos deu um abraço e foi ver se estava tudo perfeito.

Ele cresceu e está um homem lindo, que só nos da orgulho!

Deixa eu fazer uma mini recapitulação do que aconteceu de uns anos pra cá. Depois de um tempo eu me formei na escola e fui fazer faculdade, optando por direito.

Levava Ben para a faculdade quase sempre e todas as minhas colegas babavam. Eu infelizmente não continuei a amizade com as minhas amigas de lá, mas fico feliz com as amizades que eu continuei desde antes.

Todas as meninas estão casadas e com filhos. Acredito eu que todas viajando. Inclusive Valentina, com quem eu falei há poucos dias.

Sobre Hanna, ninguém mais ouviu falar. Simplesmente sumiu do mapa. Provavelmente deve ter se mudado depois de toda confusão. Nunca mais ligou, ou mandou mensagem. Estamos bem assim.

Eu sou uma mulher feliz, casada, com apenas um filho que amo muito. Eu tenho uma família maravilhosa. Podia pedir mais?

Sou interrompida pela campainha tocando e vejo Ben rezando (para que? Provavelmente para que nós cumpríssemos nossa promessa) e logo depois indo abrir a porta.

Ele estava todo feliz que as famílias iam finalmente se conhecer. Eu também, assim como Ethan. Mas o que transformou meu rosto sorridente em um sem expressão foi a pessoa que passou por aquela porta, com a sua filha.

— Hanna? — pergunto abismada.

Era ela, em carne e osso. Com uma filha enorme e muito linda, que não se parece nada com ela. Por isso que a gente nunca desconfiou.

— Sogra, sogro! — Giulia nos abraça calorosamente — Essa é minha mãe, Hanna. Mãe, esses são...

— Nós já nos conhecemos — Ethan interrompe.

— Oi... — Hanna diz.

— A gente pode conversar? — pergunto e ela assente.

Puxo ela para o andar de cima de nossa casa.

— Lauren, você está me machucando!

Solto o braço dela.

— O que veio fazer aqui? Já falo que se foi pra ter mais um ataque de ciúmes o Grayson e a Hope estão viajando — cruzo os braços.

— Eu vim aqui porque o seu filho me convidou. Porque o seu filho namora a minha filha. A gente não pode deixar isso para trás? Eu também vim para me desculpar — ela se aproxima de mim mas eu me afasto.

— Não contou ao meu Ben o que você fez, certo? Nem à sua filha! Porque eu tenho certeza que ela teria vergonha de te trazer aqui com o que você fez — ela abaixa a cabeça.

Talvez eu tenha sido um pouco dura com ela. Mas ela mereceu! Eu sofri com toda aquela história, não pense que só ela.

— Me desculpa — ela disse com lágrimas nos olhos — Com todo o meu coração, me desculpa. Eu era jovem, Lauren. Eu não tinha noção das coisas. Por favor, me desculpa.

Eu não aguentei não chorar. Além de tudo, ela já foi minha melhor amiga. E ver aquela Hanna de antes nos olhos dela me deram esperança. Esperança de que ela seja a mesma Hanna. Esperança de que nós voltássemos a ser como antes.

Então eu a abracei. Com todas as forças que eu tinha, para memorar esse dia. Ela já soluçava de tanto chorar e eu derrubava minhas lágrimas.

Me afastei dela e enxuguei duas lágrimas com minha mão.

— Amigas pra sempre, lembra? — pergunto.

Ela assente.

— Amigas pra sempre.

***
Acreditam que eu chorei? pq eu chorei
eu sou meio trouxa, mas tive que voltar essa amizade de volta pq eu amo a Hanna apesar de tudo
queria matar ela? queria muito
mas né
desculpa pela demora, mas deu bloqueio na parte que a Hanna chega
fazer oq né
TO ESCUTANDO NO SUCH THING DO MOZÃO SOCORRO
era só isso mesmo, até a próxima fic! :)

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