《Capítulo 3》

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Maya Evans
Maya: Por favor, não é preciso.-digo à Diego pela nona vez. Ele insiste em me levar à uma loja de celulares.
Diego: Eu insisto, tenho que me certificar de que sua carteira não irá cair, ou algum ciclista irá lhe assustar novamente.-ele sorriu pra mim, exibindo uma fileira perfeita de dentes brancos.
Fiquei um pouco tonta pelo sorriso do Sr. Maravilhoso, mas em seguida abro a boca para responder-lhe.
Maya: Você não pode me seguir a viagem inteira. À julgar pela pasta em sua mão, tenho certeza que veio à trabalho.
Diego: Tens razão. Mas, por hoje, eu estarei completamente à sua disposição. E sim, vim à trabalho, porém já acabei por hoje.-Deus!Ele é tão charmoso.
Maya: Okay.-disse convencida por hora.-Você trabalha com o quê?
Diego: Sou arquiteto.-disse com orgulho.
Maya: Interessante.-falei realmente interessada.-Minha mãe é designer de interiores.
Diego: Que legal!E você?
Maya: Sou escritora.-os olhos azuis ficaram maiores que a Lua cheia.
Diego: Que incrível.-ele passou o braço pelos meus ombros, quando atravessamos a rua.-Mas, você não parece ser uma escritora. Eu achava que as escritoras usassem apenas vestidos sociais, terninhos elegantes e saltos. E os cabelos, sempre presos.-gargalhamos.
Maya: Geralmente, são as editoras que se vestem assim. E eu sou uma escritora bem diferente.
Diego: Quantos livros você já publicou?
Maya: Quatro.-a boca dele caí aberta. Chegamos na loja, e entramos. Estava cheia de clientes. Fui direto pro balcão onde vários celulares estavam expostos. Passei os olhos em todos os preços com Diego ao meu lado.
Diego: Escolha esse.-apontou para um celular da Apple, digital, branco e prata, câmera frontal com flash. Eu já tinha visto esse celular, a câmera dele é perfeita para tirar fotos. Porém, o preço...
Maya: Não.
Diego: Por que?
Maya: É caro.-ele balança a cabeça e chama a vendedora.-Você não vai pagar pra mim.
Diego: Por que?
Maya: Nós mal nos conhecemos. O celular é caro. Você não tem que fazer isso por mim, agradeço pela companhia, mas comprar o celular está fora de questão.-ele revirou os olhos.
Diego: Considere um presente de fã. E outra, eu vi quando o ciclista estava se aproximando e não te avisei. Agora, me sinto culpado. E outra, eu sou muito rico.-falou simplesmente.
Maya: Eu não posso aceitar, Diego. E eu tenho certeza que você nunca leu um livro meu.
Diego: Tens razão. Mas, aceita por favor. É um presente sem compromisso.-eu estava impassível. Como assim? Aceitar um presente de um cara (absurdo de gostoso) que eu conheci em menos de 24h?
Ele me lançou um olhar estranho, e foi pro centro da loja. Agora, eu fiquei com medo.
Diego: Hey pessoal.-ele chamou a atenção de todos.-Estão vendo aquela ruiva linda ali?-apontou pra mim.-Ela é minha noiva, só que hoje ela foi atropelada e o celular dela quebrou;e agora ela não quer aceitar que eu pague um celular pra ela. Vocês podem por favor, me ajudar a fazer ela aceitar o celular?-ele disse todas as palavras num francês tão perfeito, que eu precisei de um minuto para visualizar o que estava acontecendo. Todos que estavam na loja olhavam pra mim, com sorrisos e suapiros. Então, todos começaram à gritar em coro francês: Accepte. (Aceita).

Eu tenho certeza que estou da cor dos meus cabelos. Percebi que estava ficando sem opções pra escapar dessa, então não tive escolha à não ser aceitar o celular. Diego agradeceu a multidão e andou até mim, com um sorriso presunçoso nos lábios finos e rosados. Uma vendedora nos surpreendeu dizendo que estaria preparando o produto para que possamos leva-lo.
Maya: Obrigada, amor. Você é tão romântico.-digo com um sorriso amarelo.
Diego: De nada, minha vida. Você merece.-aquele sorriso ridículo continuava no seu rosto. A vendedora voltou com o celular em mãos, dizendo que eu era sortuda. Agradeci e virei-me para ir embora.
Quando já estávamos numa distância considerável, coloquei toda a minha força e raiva na mão esquerda e acertei um tapa no rosto perfeito de Diego. Ele arregalou os olhos e fez uma careta de dor.
Diego: Wow! Que mão pesada.
Maya: Aprenda uma coisa se quiser continuar andando comigo.-falei séria e firme.-Quando eu digo não pra uma coisa, é não!Definitivamente não!Você me fez passar por um teatro muito sem graça na loja, e eu realmente espero não ter que passar por isso de novo. Vou ficar com o celular só por causa daquele teatro idiota, mas que isso não volte à se repartir.-despejei em cima do pobre rapaz assustado à minha frente. Ele me encarava com a boca aberta. Respirei fundo.
Diego: Desculpe. Não sabia que a ruivinha é brava e tão forte.-massageou o local do tapa.-Olha eu não queria te deixar brava, nem levar um tapa desses. Mas o celular é realmente um presente sem compromisso. Eu vi a hora em que o ciclista se aproximou, e em vez de te avisar ou te puxar, eu simplesmente fiquei parado. E agora, seu joelho tá cortado e seu celular quebrado.-ele segurou minhas mãos e levou até a boca, depositando beijos nos meus dedos.-Desculpe.
Maya: Okay. Me desculpe, pelo tapa.
Diego: Sem problemas.-continuamos andando, e durante o caminho eu falei pra Diego o motivo da minha vinda à Paris, e ele falou sobre o projeto que ele está supervisionando. Quando chegamos ao hotel onde estou hospedada, ele me direcionou o sorriso dos sonhos.
Maya: Obrigada pela companhia, a ajuda, o celular e tudo mais. E desculpe pelo tapa. Nossa! Como eu fui idiota com você.
Diego: Não se preocupe, linda.-colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.-Eu deveria ter comprado o celular escondido e ter jogado ele na sua bolsa.-rimos.-Mas, têm algo que você pode fazer pra eu te perdoar completamente.
Maya: Qualquer coisa! Não!Qualquer coisa, também não. O quê?
Diego: Quero o número do seu telefone.

Qual será o shipper pra Maya e Diego?
Espero que estejam gostando da história...
Rwama Salvatore

Amores & Dúvidas Em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora