04.

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Exatamente à meia-noite Liam se encontra no terceiro andar, no hall da entrada do escritório do diretor. Louis está logo atrás dele, a lista em seu bolso, e Niall está na outra ponta do hall, pronto para alertá-los caso alguém apareça por ali. Porque Liam é quem está fazendo isso, ele não faz ideia.

"E se isso não funcionar?" Liam silva, espreitando sua cabeça na esquina. Ele consegue ver o cabelo loiro de Niall de onde está.

"Então não terá funcionado," Louis diz facilmente. "Não é grande coisa. Pelo menos tentamos."

"O que eu supostamente devo pegar?" Liam pergunta.

"Qualquer coisa que você quiser," Louis responde. "Mas, preferencialmente não algo possam nos rastrear. E nada muito pesado caso precisemos fazer uma saída rápida."

Liam acena e passa a mão por seu cabelo curto. Ele realmente não quer fazer isso. Ele precisa urgentemente aprender a dizer não para Louis com convicção, ou um dia seu amigo irá o convencer que pular de uma ponte é uma boa ideia, e Liam provavelmente fará isso.

Do outro lado do hall uma luz brilha por um breve momento e depois apaga. Esse é o sinal.

Liam prende sua respiração, mas Louis o empurra para frente sem qualquer aviso. Liam tropeça no hall, os sapatos chiando na pedra. Ele congela, espera que alguém apareça e o pegue no flagra, mas depois de um momento percebe que isso não vai acontecer.

Liam lentamente se aproxima das gárgulas que bloqueiam a entrada do que ele sabe que é uma porta escondida, só porque ele já esteve mais vezes do que ele pode contar na sala do diretor durante esses anos. Ele também já passou pelas gárgulas centenas de vezes, e enquanto elas parecem ser pedras completamente sem vida, ele sabe que não são.

"Rabo-Córneo Húngaro," Liam sussurra, olhando para os lados, preocupado de que suas palavras silenciosas vão acordar o castelo inteiro.

Por um momento nada acontece, mas depois uma das gárgulas se move, revelando uma escada sinuosa. Liam lança um olhar na direção de Louis, apenas para ver o outro garoto de pé no hall, remexendo seus quadris com as mãos para cima, dançando animadamente. Ele duvida que Louis estaria comemorando se fosse ele quem estivesse fazendo aquilo.

Liam sobe as escadas, e a porta está se fechando lentamente atrás dele, as escadas se movendo sob seus pés. Por um momento ele entra em pânico e se entretém no pensamento de ficar preso ali até a manhã seguinte, quando seu diretor viria para seu escritório e o encontraria ali dentro. Isso, com certeza, faria ele ser expulso. E então ele mataria Louis em milhares de formas diferentes e criativa, pelo menos quatro delas envolvendo um abridor de latas.

Quando ele alcança o fim da escada e está no escritório, a preocupação de Liam começa a se esvair. Ele ficará bem. Ele pode fazer isso. Ele não é um grifinório – e melhor amigo do Louis – por nada. Ele é corajoso, possivelmente ao ponto de ser estúpido como Zayn constantemente pontua, mas ainda assim.

A sala é familiar a ele. Há as prateleiras alinhadas com livros antigos, bem como as paredes alinhadas com os retratos de todas as antigas diretoras e diretores, a maioria dos quais estão acordados e olhando-o de forma reprovadora.

"Perdido, pequeno grifinório?" um deles pergunta.

"A audácia das crianças de hoje em dia," outro adiciona. "Como ele se atreve."

"Eu não sou uma criança," Liam devolve, falhando em ignorá-los. Ele tem dezessete anos, pelo amor de Deus.

"É melhor você ter uma boa razão para estar aqui essa hora da noite," um deles diz. "Uma grande carga de problemas caíra sobre você se for pego, filho."

The List ➳ Ziam MayneOnde histórias criam vida. Descubra agora