🌻Encontro🌻

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POV: Ana Clara.

Conversamos mais um pouco e logo após adormecemos.  

18h

Acordei e Vitória ainda estava sobre mim. Meu braço já dormente, mas com o cheirinho dela. Beijei seu rosto acordando-a.

"Oi Leãozinho! Vamo levantar?"

"Vamo sim." Mas nada aconteceu. Rs.

"Pode ser agorinha? Porque não sinto mais meu braço! Rs." Disse com voz manhosa.

"Ô meu amô! Me desculpa!" Agora sim, levantando-se e nós duas caímos na gargalhada com minha expressão de desespero por causa do braço.

20h

"Ursinho!" mi duo albino chamou olhando para o celular.

"Girassol!" Respondi.

"Tô vendo aqui que vai ter som ao vivo num barzinho aqui perto! Bó lá?"

"Bó! Vai ser que horas?" Interessei.

"22:30 a banda principal entra e acho que vai até umas horas!"

"Pois pronto. 22h vou buscar Helena e na volta a gente te encontra lá. Pode ser?" Arquitetei.

"Pode sim. Já vou me arrumando. Chegar cedo pra pegar um lugar bom e reservado!" Vi falou enquanto andava em direção ao banheiro. Como agora nós somos conhecidas temos que pensar em tudo. Lugar com muita gente é sempre um desafio.

21h

Já estava a caminho do aeroporto e mandei uma mensagem pra vê se chegava lá no celular da Helena.

"Cadê tu? Chegou já?" Acho que não chegou não, só tinha um check na mensagem. Enfim, chegar lá e esperar, né?

Estava muito ansiosa em conhecê-la. Helena é um serzinho único que mudou as 3 semanas que antecedem esta sexta-feira.

22h

"Acabei de aterrissar. Já eu te abraço, minha casa!" Chegou a mensagem e meu coração esquentou. Ela já estava ali a poucos metros de mim. A poucos metros do meu abraço. 

POV: Helena Rosa.

Estava caminhando em direção ao desembarque e toda vez que a porta automática abria eu tentava encontrar minha pessoa favorita entre vários rostos dentro daquele aeroporto. Várias tentativas e nenhuma com sucesso. Me preocupei. Será que ela ainda não tinha chegado? :/

Cheguei na porta. Passei por ela com o pé direito e fui desviando das pessoas. Vi uma pessoinha pequena com calça jeans, camisa florida feito cropped, cachecol cinza caído pelos ombros, bota preta de salto, óculos de grau aviação e o sorriso mais lindo que já vi e senti pessoalmente.

"Ô, linda!/ O que é que você faz pra ser assim tão linda?"

Ela estava ali e já me via. Ninguém mais passava pelos meus olhos. O foco era só na minha trevinho. Os passos apressaram, o coração acelerou, olhos marejados e a cada vez que chegava mais perto o frio na barriga só aumentava.

"Mergulhar nesse lar/ É frio na barriga/ Que dá quando se encontra, quem se ama"

POV: Ana Clara.

Já tinha uns 20 minutos que visualizei a mensagem de Helena e nada dela aparecer pra mim. Será que tinha acontecido algo?

No meio dos meus pensamentos percebi que a vi, mas seria delírio ou só miopia mesmo? Rs. Tirei os óculos, limpei-os. Esfreguei os olhos e pus os óculos novamente. 

Quando ergui a cabeça tive a certeza que era ela. Estava de calça vermelha, blusa regata preta com uma frase "Welcome weekend!", salto Anabela preto, óculos de grau e o sorriso mais lindo que já vi e senti pessoalmente.

Ela estava vindo e já me via. O meu foco no meio de tantos rostos era só aquele sorriso que passará 3 dias grudadinha a mim. Percebi que dava pequenos passos tentando diminuir nossa distância. Meu coração esquentou, as mãos gelaram e por incrível que pareça, borboletas brotaram.

POV: Helena Rosa. 

Parei. Soltei a mala. Olhei para minha compositora. Sorri. Chorei.

"Ei tu!" Única coisa que consegui dizer antes de me deixar em seu abraço, em minha casa.

"Ei tu! Como foi a viagem?" Ana perguntou enquanto nos afastávamos. Coisa que eu não queria que acontecesse. Rs.

"Foi tranquila! Achei que demorou muito! Mas cheguei! Rsrs." Fui sincera.

"Bora deixar essas malas no quarto do hotel logo, porque a Vit tá esperando a gente num barzinho!" Minha trevinho comentou animada e todo aquele meu cansaço... Ops! Rs. Que cansaço?

"Vamo sim! Agora! Já chegamo?" Concordei. Rimos. Peguei a mala com a mão direita e entrelacei meu braço esquerdo no braço direito de Ninha.

Caminhamos até o carro em silêncio, mas nos olhamos muito. Ana estava, além de arrumada e linda, cheirosa. No carro, sentamos no banco detrás, eu me deitei um pouco e encostei minha cabeça em seu ombro. 

"E querer muitos minutos à toa/ Sem se importar com a demora"

"Helena, o que tu tá sentindo?" Ana e suas perguntas que só, até então, eram usadas com Vitória.

"Eu tô sentindo que tô sonhando. E se for mesmo um sonho, não quero acordar não! Tu me ajuda? Rs." Admiti.

"Hahahah! Nos ajudamos então! Hahahah!" Ana também admitiu.

Era um sonho. Mas um sonho real. 

"E a verdade ninguém vê/ Que a felicidade é mistério..."

Dois GirassóisOnde histórias criam vida. Descubra agora