Capítulo 23

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Ao me concentrar no carro ao lado, perco o controle do volante e entro na floresta do meio da estrada, fazendo com que não consigo freiar e só sentir um impacto fazendo eu apagar

                            ...
Acordo meia zonza, não sabendo onde estava.

O que aconteceu? So lembro da perseguição, o acidente e o apagão.

Acordo em uma escuridão, no chão de concreto. Parecendo um quarto.

Onde estou?

Em um porão? De quem?

"Socorro" grito alto

Sinto que não estou em um lugar conhecido, talvez não que eu me lembra.

Tento levantar com muita dor, mas é inútil ja que não enxergo absolutamente nada.

"Socorro" grito novamente "abre essa merda"

Fiquei por minutos gritando e gritando.

Sentei e desisti de gritar, ate que a porta se abriu.

A luz que vinha atrás do homem me cegava. Coloquei a mão para fazer tampa-la e vi a sobra de um homem. Logo entrou mais três

"O chefe vai gostar de ver essa aqui... vai dar um bom negócio" um dos caras fala

"Como que você arranjou ela?" Perguntou um deles

"Estava caçando na floresta, ate que encontrei essa belezura jogada toda machucada. Aproveitei pra traze-la" falou rindo "ela vai me dar um belo de um bônus... quem sabe ate ser promovido" gargalharam

"Não... por favor" falei com poucas forças "eu preciso sair daqui"

"Meu amor, você só sai daqui quando o chefe ver a qualidade do produto" falou um deles, se aproximando "ou seja, o produto é você"

Não

Não pode estar acontecendo isso. Cheguei a tudo isso pra estar aqui

Não

"Por favor... não" falo quase sussurrando

Eles riem, e vão embora

                           ...

Fiquei por 3 dias naquele lugar. Suja, machucada, esfomeada, sem forças...

Como eu sei os dias? Um pedacinho que estava naquele porão me fez ver um pouquinho da luz do sol.

Aquela vez foi a última vez que vieram. Comida e agua quase não tinha.

Estava me ajeitando para dormir, quando a porta com a claridade de uma luz artificial vem ate meus olhos

"Levanta princesa, o chefe voltou a ativa e quer vê-la. Imediatamente" ele joga um pano pra mim "veste, em 10 minutos eu volto e quero ver você vestida e em pé"

Bate a porta saindo

Eu visto sem escolhas e me levanto quase caindo.

Depois dos 10 minutos ele retorna e me leva para fora daquele porão

Ao ver outra realidade, eu percebo que parece que fiquei um ano naquele lugar. Foi a maior tortura.

Saiu de um lugar meio galpão e tenho uma leve impressão que conheço aquele lugar. Não me é estranho

Parecia que ja estive ali, a algum tempo.

Deve ser só impressão mesmo...

Ele me coloca em uma picape e mais dois homem entram no carro.

Um deles coloca um saco preto em meu rosto e sinto o carro andar.

Depois de um tempo, por volta de uma meia hora, sinto o carro parar.

E me tiram dali bruscamente...

Tento andar mais rápido, para acompanhar o ritmo dos passos do cara que estava me levando.

Sinto vários tipos de pisos no pés, ja que estava descalça, e vou dando muitos passos. O lugar deveria ser enorme

"Por favor... não fazem isso" eu imploro, mas não choro.

Eles param e um deles cochicha. Os outros dois ficaram me segurando para não me debater

"Ele esta ai? Ja chegamos com a mercadoria" Pergunta um dos caras

"Já, ele esta resolvendo algumas coisas que acumularam, ja que estava em pausa. Mas ja esta vindo" fala uma voz familiar "aguarda só um minuto"

Tudo parece familiar, acho que foi o acidente e o cárcere que estão fazendo eu me confundir.

Depois de alguns minutos, ouço passos no piso. Parece um sapato bem caro e bem elegante, social.

"Tudo bem chefe? É... trouxe uma mercadoria boa, pra você" riu o cretino "ela daria um bom negócio, e..." ele pausa "bom vou mostra-la primeiro

Ainda com o saco preto na cabeça, não ouço nenhum ruído vindo do tal cara que estão conversando

Isso me apavora

Começo a me debater, mas os caras que me seguram me mantém no lugar

O cara que estava falando, tira o saco da minha cabeça, porém mantenho minha cabeça abaixada. Sem que vejam meu rosto

O cretino fala

"Vamos linda, levante essa cabeça para que ele possa te ver"

Negando seu pedido, ele vem ate mim e levanta minha cabeça devagar.

Ao estar totalmente levantada, eu não acredito no que vejo.

Seria realidade?

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