O Último Anjo (EM REVISÃO)

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Uma abertura foi encontrada no muro nesta madrugada, ao que tudo indica foi feita por um animal grande, pedimos para que fiquem dentro de suas casas até que achemos este animal, obrigada - a repórter termina a sua reportagem e então a televisão é desligada

- mamãe, pra que aqueles muros servem ?

- para nos proteger do perigo querido

- que perigo ?

- monstros

. .

Naquela manhã de segunda feira a única coisa que se passava pela cabeça de Henrique era em querer que esse ano tudo fosse diferente. Tentaria fazer amigos, pois estava no terceiro ano do ensino médio e não queria passar o último ano no colégio sendo o isolado que não tinha amigos.

Iria se mudar para outra cidade com sua mãe após a mesma ter conversado com ele e o convencido de se mudar para outra instituição, só que essa nova escola era um internato, seria uma experiência boa para ele, teria mais tempo de socializar com as outras pessoas. Finalmente podeira ter amigos.

As aulas começariam na próxima segunda. A mudança seria na manhã seguinte. Henrique estava ansioso para sua nova vida, estava pensando se mudaria seu estilo, estava em dúvida se cortava o seu cabelo ou não, decidiu descer e perguntar a sua mãe, ao descer as escadas se deparou com a sua mãe sentada em sua poltrona lendo um livro qualquer.

- Já arrumou suas coisas ? - perguntou se sentando em um sofá da sala para poder encarar sua mãe

- Eu arrumei minhas coisas desde ontem - respondeu sem tirar os olhos do livro - quer me dizer alguma coisa querido?

- quero sim - pronunciou agora tendo o olhar de sua mãe sobre si - o que a senhora acha de eu cortar o meu cabelo?

Henrique observou sua mãe se levantar e sentar ao seu lado, em seguida ela puxa o seu filho para deitar a cabeça em seu colo

- meu filho, você não precisa cortar o seu cabelo para impressionar ninguém - a mulher passava a mão entre os fios de cabelos cacheados e ruivos do adolescente

- eu sei, eu só achei que seria melhor para me enturmar - respondeu com o semblante triste

- você sabe que eu te amo não sabe - sentiu o adolescente responder balançando a cabeça para cima e para baixo - então nada mais importa

Henrique sabia que sua mãe o amava, mas precisava de amizades. Não gostava de se sentir só. Queria ter alguém para trocar mensagens, sair de noite para curtir, ir à festas e outras coisas do tipo.

- agora vai tomar um banho e dormir

Henrique não disse nada e subiu para o seu quarto, fechou aporta. Foi na direção do banheiro, entrou e se despiu. Se olhou no espelho vendo o seu corpo com algumas definições.

Henrique tem 1,69 de altura, tem as coxas bem definidas, braços pouco malhados , olhos verdes, cabelo grande cacheado e ruivo, é um pouco mais branco do que o normal e seus lábios são carnudos.

Entrou no chuveiro deixando a água correr pelo seu corpo levando todas as suas preocupações e deixando-o relaxado. Saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura. Pegou uma box azul escura em uma gaveta e a colocou no corpo. Deitou na cama e adormeceu.