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Por quê Emma?

- o que? - Henrique se mantinha deitado olhando as estrelas, deu um longo suspiro - a senhora me disse que era o nome dela

Sua mãe?

- sim

É um lindo nome

- é... - Henrique sorriu pensando em como sua Mãe deveria ser - ela deveria ser a mais poderosa de todos

Você herdou muito dela

Como você sabe? - aquilo acabou despertando uma certa curiosidade em Henrique, ele não sabia muita coisa sobre a voz e isso o deixava confuso sobre muita coisa

Estou com você desde o seu nascimento, mas só apareci assim que seus poderes começaram a aparecer

- eu nunca havia sentido sua presença

É porquê você tem outro DNA sobrenatural em você, isso dificultou muito a nossa conexão

- eu tinha me esquecido que não sou cem por cento anjo

Dentro de você há dois genes, o vampiro e o anjo, só que o gene vampiro está neutralizado pois o gene anjo no seu corpo é mais forte

- como assim no meu corpo? - Henrique perguntou

Anjos possuem uma habilidade de compartilhar a vida caso a pessoa esteja prestes a morrer

- isso é como um poder de cura então? - Henrique ficou confuso por Emma estar dando uma explicação enorme de uma coisa tão simples

Não necessariamente, alguns de seus poderes são despertados automaticamente pelas suas emoções, por exemplo no bar, vocês foram protegidos pelo seu medo de ser ferido

- isso é muito complicado - Henrique suspirou vendo que teria que treinar muito para usar seus poderes perfeitamente - tudo foi muito rápido né?

Sim, mas você é forte, por isso ainda está lutando

- as vezes eu sinto que estou fazendo as coisas do jeito errado

Você está agindo sobre pressão, tente relaxar e procurar um pouco de paz

- obrigado - Henrique solta um longo bocejo - boa noite Emma

Boa noite Henrique

Henrique se vira de lado e dá de cara com Gabriel o encarando, o vampiro fica observando o anjo atentamente sem ao menos piscar

- o que foi? - Henrique pergunta envergonhado

- quem é Emma? - Gabriel pergunta

- uma voz que tem na minha cabeça - Henrique responde e depois solta outro bocejo

- pensei que eu estava na sua cabeça - Gabriel ri após ver que Henrique ficou envergonhado novamente

- convencido - Henrique fechou os, mas não conseguiu se conter e soltou um breve sorriso e logo adormeceu

.

A nave onde Collins e seus homens estavam pousou e logo todos foram saindo, Pedro vinha sendo carregado sobre uma maca, estava desacordado e seu ferimento já havia parado de sangrar, então estava fora de risco, mas ainda precisava de cuidados médicos

- senhor para onde devemos leva-lo? - um dos homens que carregavam a maca perguntou

- para o centro médico - Collins continuou andando sem ao menos olhar para o homem - diga para a doutora que ele não deve acordar até eu chegar lá

- sim senhor - o homem fez uma trajetória até o local onde se encontrava a enfermaria

Chegando lá eles entraram e colocaram Pedro sobre uma das camas que tinham por lá, logo a doutora e supervisora do local se aproxima dos dois esperando que eles digam o que precisavam e só depois ela viu Pedro ferido sobre a cama

- saiam eu vou examina-lo - ela avança chegando rapidamente até Pedro e logo pega em seu pulso para ver se conseguia sentir alguma pulsação - ele ainda tem pulso, mas não por muito tempo, eu preciso que se retirem agora

- o Collins falou que não é para deixa-lo acordar - o homem para quem Collins mandou dar o recado fala e sai da enfermaria

A enfermeira encara Pedro, e depois começa a analisar seus ferimentos vendo que alguns chegam a ser graves e outros superficiais

.

Henrique acorda bem cedo, antes que todos, ele caminha um pouco e depois tenta abrir suas asas para voar novamente, ele queria sentir aquela sensação de estar livre de novo, mas não sabia como suas asas haviam aparecido ontem

Você precisa respirar fundo, depois sinta elas dentro de você e peça para que saiam

Henrique suga o ar lentamente e depois solta sentindo que estava conseguindo, ele sentia suas asas e queria que elas aparecessem novamente, e quando se deu conta lá estavam elas, abertas e prontas para voar

Elas são enormes

- e lindas também - Henrique comenta maravilhado

Nesse momento, um brilho intenso faz com que Henrique feche os olhos por conta das dor que sentiu assim que a luz atingiu seus olhos

- pronto para voar? - Henrique abriu os olhos vendo Emma na sua frente, sua pele reluzia um brilho mais calmo, seus cabelos brancos ondulados caídos até o ombro e seu vestido totalmente branco a faziam parecer um fantasma

- era você naquele dia... - Henrique se lembra do dia em que viu a mesma luz apareceu para ele enquanto estava na casa do Alex

- sim - Emma se aproxima de Henrique e pega na sua mão - agora eu posso ficar por mais tempo. Vamos?

Henrique bate suas asas suavemente e se joga no ar com Emma a garota solta a mão de Henrique e começa a voar cada vez mais rápido

- tente me alcançar - ela diz sorridente

Henrique solta um sorriso e bate suas asas e vai ganhando mais e mais velocidade, o ruivo havia perdido a garota de vista, então ficou olhando em seu redor para tentar acha-la

- aqui em cima - ela diz fazendo Henrique olhar para cima e depois some no meio das nuvens

Henrique atravessa a camada de nuvens e paralisa ao ver a linda vista que tinha lá de cima, as nuvens atrapalhavam um pouco mais ele conseguia ver o quão alto estava, lá de cima ele viu um riacho que passava perto de onde eles estavam

- Emma - Henrique chama pela garota mas não é respondido de imediato

Eu voltei

Henrique percebe que ela está ofegante

- você está bem? - ele pergunta preocupado

Fiquei fora por muito tempo, vamos voltar

- OK - Henrique foi aos poucos descendo e descendo, o ruivo se sentia fraco e não sabia o porquê

- posso saber onde você estava? - Gabriel pergunta com uma leve irritação assim que Henrique chega ao chão

O Último Anjo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora