➳ Capítulo 2 ✿

2.8K 404 117
                                    

                            ➳✿

Seren sentia-se afogando em um oceano de mentiras

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Seren sentia-se afogando em um oceano de mentiras. Foi ali, diante daquela situação, que a sua festa tivera um fim bastante imprevisto e desagradável. Aos sons dos gritos graves e histéricos da mãe, a jovem viu a ponta do iceberg colidir-se na residência dos Silveira, para logo depois, o iceberg adquirir mais força e espatifar-se sobre a superfície daquela casa que por dentro, transformara-se em um enorme e gigantesco caos.

Primeiro, Joan gritava palavrões que escapavam de sua boca em um emaranhado de palavras solucadas e difíceis de serem compreendidas e decifradas. Logo  em seguida, ela pôde visualizar a irmã, as suas primas e as filhas dos amigos de seus pais se aproximarem sorrateiramente, sendo atraídas por toda aquela gritaria. A terceira coisa que aconteceu, foi o seu pai, completamente alarmado, receber um tapa ardido na face esquerda, ao qual ele sequer recuou e, tremendo de raiva, Joan acabou acertando-lhe a face direita também.

A moça de faces envergonhadas e com o corpo encolhido no fim da sala, olhava a todos com medo e Seren podia sentir, através dos seus olhos perdidos e tristonhos, que ela parecia estar se odiando mais do que qualquer outra coisa naquele exato e infortuno momento. Mas o seu olhar, para com Seren, era ainda mais envergonhado e carregava um pedido de desculpas desesperado e eminente.

Seren conhecia aquela jovem. Anelise Pacheco era o seu nome. Por um longo tempo, ambas foram amigas. Anelise trabalhava na empresa dos Silveira e, em um dia qualquer, em uma de mais tantas festas chatas e entendiantes daquela empresa, Seren, que parecia amar mesmo qualquer biblioteca, enfiou-se na da empresa e surpreendeu-se ao encontrar alguém já ali. Uma jovem de cabelos castanhos e olhos amendoados degustava, distraída e sozinha, de uma taça de champanhe enquanto parecia estar perdida em algum mundo particular só seu, analisando a capa de um livro de quadrinhos e franzindo o cenho.

— Incômodo?

Ela questionou, pigarreando e atraindo a atenção da moça que não aparentava ser tão mais velha que ela. Talvez uns três anos de diferença, mais ou menos. A outra, após recuperar-se do susto, negou ligeiramente com a cabeça, abrindo um sorriso amigável em direção a Seren.

— De jeito nenhum. — Ela disse por fim — Vim aqui apenas para relaxar. Creio que outras pessoas também sintam essa mesma necessidade.

Seren concordou, sorrindo. Dirigiu-se até a poltrona defronte para a jovem simpática e acomodou-se ali.

— Você têm razão. — Disse, por fim.

A outra sorriu, abandonando a revistinha de quadrinhos na mesinha disposta ao seu lado.

— Meu nome é Anelise Pacheco. — Estendeu-lhe a mão, apertando suavemente a sua: — É um prazer te conhecer.

— Seren Silveira. — Ela apertou a mão de Anelise: — É um prazer te conhecer também.

Com Amor, Jazz & Café {degustação}Onde histórias criam vida. Descubra agora