capítulo vinte um

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Crown-Cap.21
O inferno não se encontra somente após a morte, ele se cria em lugares diferentes. E você pode está em um agora mesmo.

"Bom dia Senhorita Bourbon, que honra tê-la em meu Palácio- escuto uma voz masculina e um semblante surge diante de meus olhos"

Levanto a cabeça vagarosamente olhando para os lados vendo estar em um tipo de masmorra, amarrada a correntes, olho para frente tendo a visão completa do homem, ele era um pouco mais baixo que Zayn, usava roupas escuras da realeza, cabelos castanhos e olhos estrondosamente azuis e em sua cabeça tinha uma coroa.

"Onde eu estou? -falo com minha voz falha encarando o homem"

"Não se preocupe princesa, você está bem agora -ele da um pequeno sorrisinho- está na Dinamarca! Ah e me perdoe pela nossa nada calorosa recepção, uma princesa como você sendo trancafiada em uma masmorra -ele faz negação com a cabeça e ri- não consegui pensar em um lugar pior, perdoe-me"

"Que merda... -Bufo e reviro os olhos"

"Que boca suja, achei que fosse mais educada, você é tão prestigiada"

"o que vocês querem de mim? -suspiro, e mexo minha mão sentindo a algema apertando a mesma"

"Não faça perguntas que ja sabe a resposta querida, o que o rei quer de uma jovem princesa que tem em sua posse a França e a Noruega? -ele fala óbvio e cruza os braços"

"O que quer? Um acordo? -o encaro"

"Pode chamar de acordo, mas... aqui chamamos de casamento!"

"Eu não vou me casar com ninguém-faço uma cara de nojo e abaixo o olhar vendo a situação medonha que estava, meu vestido estava rasgado e sujo, minha pele nem se fala, tudo arranhado e sujo"

"Balela! -ele revira os olhos-... criadas! -ele grita, bate palmas e logo algumas mulheres chegam- cuidem dela, banho, roupas, levem-na para seu quarto e dêem comida, não vou casar com uma mulher nessa situação"

Ele apenas sai e as mulheres vem me soltar e finalmente consigo sentir meus braços e minhas pernas, elas me guiam até um quarto, o Castelo era cheio de luxo, vastos corredores com pinturas e itens caros.
o quarto era enorme, tinha uma grande cama, uma sala de estar, uma biblioteca, sim, uma biblioteca dentro do quarto, um belo closet com os mais variados vestidos, uma vasta varanda com uma mesa de chá e um pequeno espaço de beleza, aquele quarto era maior e melhor do que muitas casas e aparentemente tinha tudo que se precisava. Tudo que eu precisaria, isso parecia ter sido pensado exatamente para mim.

As criadas me ajudam no banho e me vestiram em um vestido, leve, de véus, vermelho sangue. As mulheres a todo momento estavam sendo muito gentis comigo, elas sabiam que eu estava assustada e com medo, cuidaram de meus machucados e tentaram ao máximo me tranquilizar.

Algum tempo depois o mesmo homem de mais cedo apareceu no quarto, ele agora usava outra roupa mas permanecia com a coroa sobre seus cabelos castanhos.

"Bem melhor assim -ele fala óbvio e sorri- como você viu, esse é o seu quarto, colocamos tudo que gosta aqui dentro para que não precise sair"

"Você está brincando com a minha cara? Sabe quem eu sou? -cruzo os braços agora ficando de pé"

"Não venha com o egocentrismo de princesa -ele revira os olhos- agora seguiremos para um jantar e acho melhor se comportar"

"Eu não vou para nenhum lugar, não antes de me explicar o que está acontecendo, eu exijo! -me aproximo do mesmo, minha cabeça nunca esteve tão cheia"

"Tão previsível -ele revira os olhos novamente- você não exige nada aqui, apenas obedece e se não me obedecer..."

O guarda que estava ao lado direito se aproxima de uma das criadas já deixando a mulher assustada, ele segura a mulher com uma de suas mãos e com a outra posiciona sua espada próximo ao pescoço.

"Se não me obedecer, cabeças rolam, por sua culpa -ele fala e cruza seus braços"

"Tudo bem -falo rápido e o guarda solta a mulher"

"Bem melhor assim -ele estica sua mão para que eu segure a mesma, depois de uns segundos de receio, ele arqueia sua sobrancelha e eu apenas lhe entrego a minha mão"

Era uma grande sala de jantar, com muitas pessoas, mas uma me chamou a atenção o homem na ponta da mesa, creio ser o verdadeiro rei, usava um grande manto e uma enorme coroa, e era bem mais velho.

"Senhores -o homem fala chamando a atenção de todos- apresento-lhes princesa Morhea Bourbon da França"

Todos fazem uma reverência e o mesmo me indica até uma cadeira ao lado do rei e ele senta-se á minha frente.

"Pai, essa é a princesa da França, Mohrea- ele fala- princesa esse é o meu pai Darvin Tomlinson, rei da Dinamarca"

"É um prazer te conhecer princesa -ele sorri- vejo que já conheceu meu filho Louis"

"meu tambem- tento ser educada, não sei com que tipo de gente estou lidando- Desculpe-me, disse Tomlinson, certo? -recordo-me desse nome"

"Sim -o homem fala fala brevemente enquanto enchia sua taça de vinho"

"Tem uma irmã? -lembro-me de Milena"

"Bom... sim, ele tem, mas ela é uma vergonha, ja não é minha filha a muito tempo, apenas meu querido William é meu filho"

"Ela ainda é sua filha! -Louis revira o olho- Sim, tenho uma irmã, Milena, á conhece? -ele pergunta entediado"

"Sim -suspiro- sim, eu a conheço!"

"Soubemos de seu... abre aspas, noivado com Harry -Louis começa- obviamente sei que é falso, parece que você tem um novo noivo agora"

"Como... como assim? -o encaro confusa"

"Ganhou a sorte grande querida! Casarar-se comigo -ele da um sorrisinho"

"Ainda vamos fazer um pedido formal, é claro -o rei fala"

"Eu creio que estamos tendo uma pequena confusão aqui -respiro fundo- meu pai já tem ciência de que estou aqui? Por que se ele tiver..."

"Não procure mais problemas para seu pai princesa, está segura conosco -ele fala e leva o vinho a sua boca- Louis vai cuidar de você e eu vou cuidar de seu pai e do príncipe inglês"
...

Uma semana se passou, em um país diferente, com jeitos diferentes, com um clima diferente, todos os dias eu me perguntava quando a solução iria surgir.
Louis fazia questão de me visitar todos os dias, nós únicos trinta minutos que eu poderia sair do quarto, cheia de guardas ao meu redor, Louis não costumava trocar uma palavra sequer comigo e eu agradecia mentalmente por isso.

Mas no sábado foi diferente, não iríamos para o jardim como de costume, dessa vez só Louis veio me buscar no quarto, sem nenhum guarda.

"O que ouve? -pergunto assim que o mesmo entra no quarto"

"Vamos para um lugar diferente hoje"

Ele falou somente isso e eu apenas o segui durante o caminho inteiro, pensando um milhão de coisas e lugares, e em nenhum desses pensamentos seria coisa boa, não vinda de Louis.

Até que ele para no final do corredor do andar subterrâneo, onde ficava a cozinha, ele abre uma porta que dá direto para a adega e para a última coisa que eu esperava agora...

"Harry!"

Uma dose se esperança para o grande caos.

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Gente vou postar o 21 e 22 hoje pra dar uma continuidade, bjs

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