Me sinto doente, uma paciente em estado terminal, mesmo que ocorra alguma melhora, as recaidas são ainda piores.
As vezes me sinto tão bem, que sento e fico planejando coisas sobre meu futuro, pois mesmo que eu esteja bem, continuo refém da minha velha companheira ansiedade.
Ela vem do nada, me sufocando lentamente, me fazendo sentir e pensar tantas coisas que acabo achando que vou enlouquecer. A sensação de queimação se intensifica no meu peito, as vezes ela se acalma, temporariamente, para voltar a aquela tortura de ciclo sem fim.
A noite me encontro sentada em minha cama, no escuro, encarando o armario esperando o pior monstro vir acabar com meu sofrimento, porem acabo olhando para o espelho, e percebo que o ser que me assombra, vive em mim e bom... Vivo lutando para não acabar sendo domada por ele, pois ele é o caos em sí.
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Eu acordei, como todo dia.
Me vi no espelho, pra ver se teria qualquer diferença em mim. Me senti estranho, agitado e concentrado. Minha aparência está bem? Eu nem ligo... Eles vão ligar? Talvez... Mesmo eu estando pouco me lixando.
Não me importa a opinião deles, mas as vezes, algumas palavras doem, e elas não saem da minha cabeça. Elas ficam presas, me deixando maluco e sem raciocínio lógico. As vezes, o passado passa, mas volta na memória, eu sofro, por ter feito coisas horríveis, e o medo de cometê-las novamente? Vem junto.
As vezes eu digo que estou bem, para que não perguntem, mas na verdade, eu quero que eles saibam, porque eu penso que tudo poderia ser melhor.
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Ansiedade, é isso que eu tenho.
Não, não é eufória, é diferente e quase ninguém entende.
Vivendo no desespero, em busca da perfeição, me preparando para tudo, até mesmo para o meu próximo "sim" ou "não".
Tem sido difícil suportar, me preocupando sempre com todos, exceto a mim mesma.
Mas poucos me entendem, pois muitos dizem com toda certeza do mundo que o que sinto é normal.
Mas não é normal ser engolida por essa coisa chamada Ansiedade.
