Somente Sua

Consequências

4

       Os movimentos de seus braços eram precisos e brutos ao esmurrar o saco de pancadas. Itachi estava ligeiramente energético e nada como um pouco de seu esporte preferido para descarregar tal sensação. O fone no ouvido, transmitia algo que lhe agradava e ao ver seu telefone piscar no chão o mesmo foi até o aparelho, retirando as luvas e atendeu.

      - Bom dia senhor Uchiha. - Ele ouviu a voz de sua secretária Anko na linha. - O senhor terá uma reunião em quinze minutos e...

    - Remarque tudo que tenho hoje pra manhã. - E desligou limpando o suor que descia por sua testa com a toalha de rosto. A corp. Uchiha era uma das maiores empresas de toda a Asia e como tal, exigia total dedicação do mesmo. 

       Ele tinha muitas responsabilidades nas costas e a empresa era apenas uma delas, mas a máfia ficava sempre em primeiro lugar. Itachi era o primogênito e com isso, ele tinha o império Uchiha praticamente todo em seu poder. Itachi havia nascido para aquilo, foi treinado a vida toda para estar naquele posto, Itachi não poderia simplesmente negar o legado de sua família, ele não jogaria aquela responsabilidade toda encima do irmão, era muita merda pra ele aguentar. Itachi tinha consciência do que a máfia exigia de um homem, e ele não queria aquilo pro irmão, mesmo ele parecendo querer.

        Itachi suspirou seguindo até o fim do corredor do hotel, onde passou a noite com a garota. Itachi a trouxe para Mangekyou o hotel de sua família, e a observou dormir sem nunca admitir que estava preocupado de a garota acabar se engasgando com o próprio vômito. Ele se perguntava o motivo de tê-la ajudado, teria sido mais fácil e coerente, tê-la deixado e seguido sua vida como sequer tivesse a conhecido, mas ele não conseguiu deixar a garota inconsciente para trás.

        Com a toalha de rosto em mãos Itachi, entrou no quarto principal se deparando com a rosada ainda dormindo, enrolada no lençol de uma forma engraçada, já que a mesma se envolvia nele, mas não estava coberta adequadamente e mostrava aquela bunda "coberta" num fio-dental que acentuava ainda mais suas e nádegas que já eram grandes. O seu corpo estava de bruços, e os grandes cabelos cor-de-rosa estavam soltos por todos os lados a deixava com um ar sexy.

         Itachi retirou a camisa molhada de suor e olhou a garota uma última vez, antes de se dirigir ao banheiro da suíte.

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- Teme! - Gritou Naruto - O que rolou entre você e a Sakura pra ela está com o demônio na festa do Kiba ontem? 

      Sasuke fingiu que não era com ele e pegou o celular.

- Ela me disse que vocês terminaram e...

   - Porque você não procura alguma coisa pra fazer na sua vida de merda, ao invés de encher meu saco com sua curiosidade! - O interrompeu com frieza e continuou a mexer no aparelho celular como sequer desse importância ao assunto. Sasuke já estava farto de ouvir o loiro lhe dizendo o que devia ou não fazer.

- Vai se foder seu puto! - Xingou sem paciência para o mal humor do moreno - Não pense que essa conversa terminou Uchiha - Avisou Naruto assim que viu o professor adentrar a sala.

- Pra mim sim - Sorriu Sasuke em escárnio.

        Naruto crispou os lábios irritadiço e empilhou os livros que havia posto na mesa do moreno e os pegou seguindo para o mais longe possível do amigo. Naruto odiava a forma automática que Sasuke se "livrava" das pessoas que se importavam com ele, era como se ele tivesse criado um mecanismo de defesa que bloqueava qualquer aproximação com boa intenção para com ele, entretanto, o loiro sabia, apesar de sequer saber a proporção do sofrimento que o moreno havia passado, que Sasuke passara por maus bucados para ser como é, mas isso não lhe dava o direito de pisar em cima das pessoas que se importava com ele.

  

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        Um som irritante soou no ambiente despertando Sakura que gemeu ainda de olhos fechados. A rosada apalpou a cama a procura da fonte do barulho, mas nada encontrou e depois de cinco segundos o barulho finalmente cessou. Sakura respirou agradecida e tentou voltar a dormir, porém o som soou mais uma vez, a fazendo resmungar e abrir os olhos irritada.

       A Haruno olhou para os lados confusa com o ambiente desconhecido e sentou-se na cama lentamente, pois sua cabeça explodia em uma dor de cabeça já prevista. Sakura levou as mãos ao local e massageou resmungando pela desgraça de ter pensado em beber tanto. Ela não estava com paciência e muito menos disposição de procurar saber que local estava, então levantou da cama luxuosa com cuidado, e pegou seu celular e o resto de sua roupa na poltrona.

        Sakura suspirou ao se ver apenas de calcinha e uma blusa masculina. Ela só esperava que não tivesse sido tão imprudente ao ponto de não se prevenir ou esperava que o cara com quem tivesse dormido, tenha o feito. Não queria filho e muito menos uma DST para acrescentar na lista de merdas que já havia feito.

         A Haruno estava confiante que o cara com quem dormiu, tivesse saído assim que se satisfez, já que não via nada além da camisa que vestia que não fosse dela e a rosada sabia que estava em um hotel de luxo, pois, tinha tudo que exigia um, então o que ela fez, foi pegar suas coisas e caminhar até o banheiro.

        Quando a mesma entrou, Sakura não se preocupou em observar o ambiente, estava mais do que acostumada com luxos de gente rica, já que seus pais esbanjavam tal, então só se pós a colocar suas peças de roupa na bancada da pia e começar a desabotoar os botões pela metade da blusa e jogar no chão. 

      Sakura estranhou por estar vestida demais pra ter dormido com um cara e buscou lembrar em meio ao caos de dor, o que realmente havia acontecido, mas ela só pôde pensar que ela precisava de uma aspirina urgente. 

- Porra, nunca mais eu bebo desse jeito - Resmungou massageando mais uma vez a testa.

- Concordo, você realmente não sabe lidar com álcool - Sakura soltou um grito de susto e virou com a mão no peito em direção a voz masculina. - Pra quem acabou de acorda, você grita como uma criança cheia de energia.

      Sakura arregalou os olhos ao ver um homem - gostoso por sinal - na banheira com os dois braços apoiados nos dois lados da banheira, analisando a mesma da cabeça aos pés. 

(CONTINUA...)