Toque-Me, Se Puder!

Capítulo 28 - Alya Still (bônus)

Alya Still procurou Monsterrá em toda parte, estava ficando desesperada e sem esperanças. Ela estava debruçada sobre a ponte da cidade, apoiada na mureta enquanto contemplava a água.

Estava imersa em pensamentos quando o som de algo a despertou. Ela fitou a água trêmula que a minutos atrás estava quieta. Continuou encarando até que presenciou algo ser jogado la, mais precisamente uma pedra, alguém estava fazendo aquilo.

Ela tentou ver quem estava debaixo da ponte, mas falhou, então deu a volta e desceu. Avistou Monsterrá sentada no chão, com as pernas encolhidas junto ao corpo, e se aproximou depressa.

── Monsterrá. ── chamou.

Monsterrá se assustou e virou-se para Alya. Seus olhos estavam frívolos e sem vida. O cabelo estava seco e duro. A maquiagem borrada e seca na pele.

── Você está bem? ── perguntou sentando-se junto a Monsterrá.

── Eu não sei. ── respondeu incerta.

── Soube o que aconteceu. ── falou devagar.

── Eu sou uma idiota. ── falou arranhando o próprio corpo.

── Pare. ── pediu enquanto separava suas unhas de seus braços. ── A culpa não foi sua.

── Como eu poderia pensar que alguém um dia me amaria.

── Ele ama você. ── murmurou.

── Não Alya. Eu era uma aposta. ── bufou. ── Devia ter percebido isso antes. ── abaixou a cabeça. ── Ele me odiou no início. ── murmurou. ── Devia ter suspeitado.

── Monsterrá, os garotos são bobos e as vezes eles fazem coisas das quais se arrependem.

── Eu não quero vê-lo nunca mais.

── Está bem. Estou aqui com você. Se não quiser vê-lo, farei o que deseja. ── falou segurando a mão de Monsterrá.

── Obrigada. ── tentou sorrir.

── Eu fiquei com tanto medo. ── Alya confessou.

── Medo? ── repetiu. ── Medo de que? ── perguntou.

── Você sabe. ── respondeu.

── Eu pensei nisso. ── confessou.

── Nunca mais pense ── pediu.

── Por quanto tempo serei infeliz Alya? ── a olhou com lágrimas nos olhos. ── Por quanto tempo?

── As coisas vão melhorar. ── falou consolando-a.

── Acho que algumas almas estão destinadas a cair desde cedo. ── murmurou.

── Monsterrá...

── Estou destinada a cair Alya...não há nada que possamos fazer.

── Não fale besteiras.

── Promete não chorar no meu enterro? ── perguntou calma.

── O que? ── falou assustada. ── Tem noção do que está falando? ── bramiu.

── Eu não quero que fique triste quando eu partir.

── Você não vai a lugar nenhum. Não vai me deixar aqui sozinha.

── Não posso prometer que ficarei ao seu lado. ── me olhou.

── Você está me assustando.

── Não tenha medo. ── sorriu de lado. ── Eu vou ficar bem. ── fechou os olhos. ── Lhe esperarei no além. ── abriu os olhos.

── Nada disso. Você vai ficar nesse plano. ── sorriu.

Monsterrá a olhou triste, parecia que estava se despedindo. Aquele olhar deixou Alya com medo. Ela se levantou abruptamente e esticou a mão para Monsterrá.

── Vamos para casa. ── chamou.

── Eu não vou. ── virou o rosto.

── Eu prometo que tudo vai ficar bem. ── comecei. ── Prometo que ele não chegará perto de você.

Ela pareceu aliviada ao ouvir, e uma chama de esperança parecia ter surgido, então Monsterrá pegou a mão de Alya.

Assim que chegarão a SOP, se depararam com um amontoado de viaturas policiais. Monsterrá se agarrou com medo ao braço de Alya. Ambas andaram cautelosamente até o local e a medida em que se aproximavam, podiam ver melhor os rostos de quem estava ali.

Primeiro avistou os policiais de farda, e depois o pai e a irmã de Monsterrá, pareciam discutir algo com os policiais, havia também mais duas pessoas que embora fossem familiares para Alya, ela não conseguiu distinguir de primeira. Foi então que a ficha caiu era a mãe e o padrasto de Monsterrá. Logo atrás estava Adrew e os outros, ele olhou triste na direção das duas.

A discussão cessou assim que eles notaram a presença de Monsterrá.

Olá meus amores, o que acharam do capítulo?
Eu fiquei super mal com a cena.

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