A Lagoa AZUL (Romance Gay)

25° Capítulo - Final PT I

A aqui estou para terminar o livro me sentia em dívida com vocês. Era previsto só 25 capítulos e eu vou dividi-lo em duas partes se não o conto ficará com ar de continuação.

CONTINUANDO....

Querido diário,
Existem situações que não dá pra definir, o que sentimos ou como reagimos é tudo resultado da emoção que nos move no momento. E o que me movia naquele momento era ficar com o Marcelo? Mas e o que ele fez comigo? Eu apagaria como uma borracha e tudo voltaria a ser como antes? Ou eu tentaria esquece-lo deixando tudo pra trás fingindo que seria feliz? Realmente estava difícil decidir, difícil por quer ainda o amava profundamente mas estava muito magoado.E o meu orgulho estava ferido, muito ferido.

CONTINUANDO...

Ele se levantou.

-Sim. E eu faria tudo de novo por você Pedro. Posso te pedir uma coisa?

-O quê?

-Fica no hotel comigo?

-Ha???

-Por favor. Eu fiz isso tudo pra ficar perto de você e não seria justo ficamos distante aqui nesse país que não conhecemos nada.

-Marcelo eu...

-Fica comigo? Por favor??

Eu fiquei sem saber o que dizer.
-Por favor me responda? Implicou ele.
Eu continuei em silêncio.
-Diz alguma coisa Pedro! Insistiu novamente.
Eu respirei fundo e o encarei sério.
-Marcelo!!! Eu não posso ir com você.
-Ha???
Fez cara de surpresa.
-Mas por quê? (Serio).
-Ainda tem coragem de perguntar por quer eu não posso ir com você ?
Ele ficou em silêncio. Eu me levantei o deixando sozinho.
-Pedro????
Marcelo veio logo atrás me alcançando.
-Eu não vou com você não adianta, eu já tenho lugar pra ficar e eu não vi pra cá como um capricho eu vim estudar. (Serio)
Ele engoliu em seco.
Descemos do avião, tentava não demonstrar nenhum sentimento o que estava sendo difícil, eu vinha caminhando e ele vinha logo atrás, minha vontade era de correr ao encontro dele e beija-lo sem parar, mas eu me contive.
Ele não desiste!!! (Pensei).
Nossas bagagens já estavam em nossas mãos e Marcelo continuava me seguindo quando derrepente ele sumiu.
Já estava na saída do Aeroporto e saia muitas pessoas era uma imensa aglomeração de pessoas e bagagens, fiquei tentando vê se o via, mas ele havia desaparecido exatamente como fizeram antes comigo, sem dizer absolutamente nada.
Um misto de raiva brotou em mim, mas seria melhor assim, afinal eu teria que estudar durante esses meses e o Marcelo no meu caminho só iria tirar minha concentração.
Peguei as malas e caminhei rumo a saída e fiquei esperando um táxi. Todos que passavam já estavam ocupados, fazia sinal mas nem um parava.
-Mas que droga!!!
Me sentei sobre mala entediado de cabeça baixa. Até um carro esporte parar diante de mim, e o vidro foi abaixando.
-Quer uma carona?
-Marcelo???
Um misto de alívio ao vê-lo novamente me encheu, mas sentir raiva ao mesmo tempo.
-Pensei que tivesse ido embora.
-Achou mesmo que iria embora com você aqui tão perto de mim?
Ele falou isso saindo do carro fechando a porta. Senti que ele estava sendo sincero mas eu precisava ser frio.
-Eh poderia fazer igual fez antes, simplesmente desaparecer.
-Au!!! Por essa eu não esperava.
Eu me levantei.
-O que quer? (Alterado).
-Quero te acompanhar nessa viagem, eu vim do Brasil atrás de você mesmo contra a vontade da minha mãe.
-Disse a ela que veio atrás de mim? (Perguntei surpreso).
-Claro que disse. Fica comigo por favor ? Não precisa fazer nada comigo eu só quero ficar do seu lado.
Ele segurou minha mão.
Como se meu corpo não pedisse o contrário. Pensei
-Olha Marcelo eu não acho que isso acabe bem. (Puxei as mãos dele). Vim aqui pra me aperfeiçoar sabe essa viagem tá sendo um sonho de adolescente se realizando e eu quero aproveitar o máximo.
Ele desviou o rosto de mim.
-Está bem, não vou insistir, mas pode aceitar minha carona? Posso te levar pra conhecer a cidade nas horas livres, sem compromisso algum.
-Está bem, vou aceitar. Mas como amigos ok?
-Tá legal! Ele abriu um lindo sorriso, como ele conseguia ser ainda mais gato mais perfeito. Tentei me controlar o máximo possível.
-Vamos?
-Vamos!
Ele pegou a mala e colocou no porta malas.
-Você alugou esse carro?
-Sim, não poderia ficar andando de táxi, é muito chato e além do mais eu conheço a cidade melhor.
Partimos em direção a Universidade que eu ficaria instalado, lá tinha uma república onde diversos jovens de todas as partes do mundo e inclusive do Brasil se encontravam.
-É aqui...
-Como conseguiu chegar tão rápido?
-Eu tenho meus truques (risos). Bom está entregue futuro D.R!
Eu sorrir.
-Obrigado! Respondi sem graça e ele estava também.
-Eu...Eu vou indo.
Eu estava nervoso mesmo, afinal estava longe de tudo o que eu conhecia.
-Marcelo?
Ele voltou feliz.
-Quer me acompanhar até lá?
-Claro mor...
Eu olhei sério.
-Quer dizer Pedro, eu o acompanho.
O lugar era enorme e parecia aqueles monumentos antigos, e a Universidade ficava logo atrás. Apesar de possuir muitos traços antigos em suas construção de categoria francesa era descolado a República.
Fui recebido pelo Tom, Derik, Frank e o
Daven eram belos rapazes e apenas um não me cumprimentou o Que continuava estirado no sofá e era o mais bonito deles inclusive.
-Ah cara não liga para a falta de educação do Zayed. Falou o Tom
-Tudo bem, já estou acostumado com esse tipo. Olhei pro Marcelo que me encarou sério.
-Bom eu acho que já vou indo...Acho que ficará muito bem aqui.
-Mas já vai cara? Perguntou Dave.
-Pensei que fosse fazer intercâmbio também com seu amigo.
-Não ele não irá, é uma viagem de capricho. Falei sério.
-Olha então não é só você Zayed que viaja por capricho.
Marcelo sorriu.
-O Zayed viajou do Rio só por que estava de saco cheio do Brasil.
Olhei pra ele sem graça.
-Escuta por quer não fica conosco?
-Como? Perguntei sem jeito.
-Eh verdade seu amigo pode ficar também, afinal aqui recebemos todos bem. Falou o Tom
-Olha eu acho que...
Eu o interrompi.
-Melhor ele ir para o hotel....
Todos ficaram me olhando.
--Mudei de ideia vou ficar aqui, assim fico mais perto de você Pedro.
Todo mundo ficou olhando sem entender nada e eu estava sem graça com a cena enquanto o Marcelo sorria.

HORAS DEPOIS....

Estava no quarto deitado na cama, sério e em 5 eu continuava olhando pro teto pensativo.
-Ah também não precisa ficar assim, isso pode ser uma coisa boa pra nós dois.
-Você se aproveitou da situação pra ficar na República e no mesmo quarto que eu. Falei sem olhar pra ele.
-Confesso que minha intenção era ficar mesmo na república mas Deus foi tão maravilhoso que fiquei no mesmo quarto que você. (Sorrindo).
Eu me levantei o encarando.
-O que pretende com isso Marcelo? (Serio).
-Por Favor Pedro não torne as coisas mais difíceis que já estão. Vamos aproveitar essa viagem e passar uma borracha no passado, vamos viver o presente e esperar o futuro que nos reserva.
-Você estragou tudo. Não tenho futuro com você depois do que me fez.
Ele abaixou a cabeça.
-Eu só quero o seu perdão.
Eu me levantei.
-Desculpa mas não sei se consigo te perdoar. Uma lágrima desceu.
Ele segurou meu braço me impedindo de sair do quarto.
-E se você tentar?
Eu o encarei, ele se aproximou mais de mim.
-Como? Perguntei.
-Assim...
Ele me puxou pra um beijo que nem tive como reagir. Aquela vibração invadiu meu coração que nem sabia definir o que estava sentindo.

CONTINUA.