Prólogo

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Algumas horas antes...

   Apressado pego as chaves do carro e da casa de Alex, Natália tinha me ligado chorando eu não entendi quase nada e pedi que ela me mandasse um SMS dizendo aonde estava, meu peito apertava só de pensar em como ela estava, em que estado estava para me ligar assim, no meio da noite algo que definitivamente não era de seu feitio.

   Pra completar o bendito carro não queria ligar, simplesmente não ligava vendo meu estresse Alex entrou no carro com toda Santa paciência dele e deu partida, e o carro ligou, ele sai do banco do motorista e me dá dois tapinhas nas costas, agradeço e entro no carro e saio, para o meu desprazer dou de cara com uma blitz no cruzamento da avenida que dava acesso a rua do bar, tive que diminuir velocidade e baixar os vídros, agradeci mentalmente por deixando a arma em casa e ter trago o alvará de soltura, quando chega a minha vez o policial me encara e mesmo com a bala clava percebo que ele faz uma careta e me manda passar.

   Após uma distância razoável acelero novamente, começa a chover e finalmente consigo ver o bar que ainda tem as luzes acesas, chego lá buzinando e baixo o vidro, pergunto por uma morena baixinha e um senhor me responde que ela saiu andando rumo a avenida por uma rua estreita que tinha mais casas e menos mato ao redor, agradeci e perguntei brevemente o que tinha acontecido ali essa noite.

   O senhor muito calmo me explicou por alto o que houve, me fala que Natalia havia passado muito mal e que por ele ela não teria ido sozinha pra casa, agradeço e lhe dou o número do meu tio, prometendo ajudar com os custos necessários pra arrumar a faixada do bar que estava desbotada, a chuva engrossa e eu sigo rumo a rua, que está péssima devido ser de terra.

   De longe avisto Natália, encolhida entre um portão de alumínio e um pequeno alpendre que dava sustento ao mesmo, tento manobrar o carro de forma que ela não pegue ainda mais chuva, passou um pouco da casa para conseguir manobrar o carro de forma que a porta ficasse o mais próximo dela, subo a calçada de uma vez e destravo a porta traseira, ela fica olhando estática pro carro e não sai do lugar, impaciente pergunto se ela pretende passar o noite ali, só então ela entra no carro e me conta o que aconteceu.

   Já próximo da casa de Alex ela passa para o banco da frente e se encolhe no banco, seus cabelos estão um pouco molhados e só então reparo que ela está descalça e com os pés no meu banco de couro novo, não reclamo apenas aproveito sua companhia e tento ignorar a raiva que me consome por dentro, eu gostava muito dela e na minha cabeça não entrava como um cara podia brincar assim com ela.

   E apesar de não conversamos sobre esse nosso caso estranho, já que ela insistia em me tratar como amigo, eram poucas as coisas que eu não faria pra estar ao lado dela.

   Tudo o que somos no final, se resume a quem temos e queremos ao nosso lado.

Tudo o que somosOnde histórias criam vida. Descubra agora