Cap 5 Achados

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Alguns meses depois...

Eu e Kessy resolvemos frequentar a academia, as festas de final de ano me fizerem engordar um bocado além da ansiedade que me fazia comer horrores, eu tinha uma rotina extremamente puxada agora, mas pelo menos via Kessy com mais frequência, não tive coragem de contar a ela tudo
que aconteceu embora eu tivesse quase certeza que ela sabia.

Devido ao trabalho ela pediu pra sair do regime semi integral e simplesmente estudava a tarde agora, eu continuava no semi integral mais estava disposta a ir pra academia, não que eu não tivesse ótimos motivos pra ir, descobri que Oliveira também malhava lá e por mais que na maioria das vezes eu já estivesse saindo quando ele chegava eu amava ver ele correndo na esteira, com os fones de ouvido super distraido e relaxado.

Por outro lado eu eu fugia dele como o diabo fugia da Cruz, ele era uma ótima visão pra ser apreciado porém uma péssima pessoa pra se conversar eu tinha medo das perguntas que ele poderia me fazer e sentia vergonha de comentar sobre minha relação com Daniel, afinal adimitir em voz alta que tínhamos um caso era algo triste eu me sentia patética, embora Kessy não cançasse de me lembrar que eu não me sentia tão mal assim quando estava com ele.

Mais no fundo eu sabia que meu medo era de ter uma recaída e dar merda de novo, já pensou o Oliveira indo separar outra briga minha? Não, eu podia preservar o pouco de orgulho que ainda me restava, já sobre o Júnior bom, na nossa relação não havia mais espaço pra orgulho e muito menos algum assunto incômodo de mais que me fizesse evitar conversar com ele, a gente vinha ficando desde aquela noite e apesar dos avisos de Kessy que ele era um péssimo partido eu tinha uma lógica que fazia total sentido pra min, um dia de cada vez, eu ainda amava Daniel e ele sabia disso mas mesmo assim fazia questão de me tratar como alguém especial, me dava atenção e se mostrava preocupado.

Sinceramente a essa altura do campeonato eu já tinha entendido que nem sempre quem você ama é o melhor pra você.

Abril se aproximava e com ele a época abafada do ano, as chuvas já diminuiam e o mormaço subia do asfalto de forma a fazer qualquer um ter uma crise de renite, entediada eu esperava o ônibus na parada eu tinha saído mais tarde da aula e aos poucos a noite já vinha chegando, e nada do ônibus, fiquei apreensiva e resolvi ligar para Júnior para que ele fosse me buscar.

Infelizmente ele não atendeu, liguei para minha mãe e avisei que chegaria tarde e voltei a me sentar no banco de cimento frio do ponto do ônibus até que finalmente observo os faróis na avenida e dou a mão pro ônibus parar e adivinha, ele não para.

Meia hora depois eu continuava sozinha na parada, decidi então pegar um ônibus qualquer que me deixasse o mais próximo de casa e ir andando assim eu fiz, alguns minutos depois eu já estava a caminho de casa, me sentia estranha, sabe aquela sensação que algo está prestes a acontecer? Odeio isso.

Desci alguns quarteirões antes de casa e fui andando devagar, na ruas as crianças jogavam bola e as mães conversavam na calçada passo de frente a uma lanchonete e vejo algumas motos da polícia paradas lá, de longe reconheço Oliveira que distraído comia um salgado e segurava um copo de suco, ando devagar para observar mais e um carro passa por mim buzinando, mostro o dedo do meio e volto a seguir meu rumo, olho novamente pra lanchonete e Oliveira já estava colocando a bala clava, imagino o quanto a aquilo deve ser quente.

Sigo meu rumo e quando estava quase na rua de casa o barulho das motos chega aos meus ouvidos e os pelos dos meus braços se arrepiam, olho pra trás e para e Oliveira para do meu lado, fardado e quase até gordinho com o volume do colete a prova de balas, na garupa outro policial segura uma arma grande e que parece ser pesada, para minha surpresa Oliveira tira o capacete e me pede meu celular, sem pensar muito puxo o aparelho do cós da calça, meio atrapalhada desbloqueio e entrego pra ele que digita algo e me entrega, olho e seu número está salvo.

_Você mora onde moça?

_Aqui pertinho, naquela rua descendo - fincamos nos encarando e ele põe de volta o capacete - vai amanhã pra academia?

_Só se você me ligar mas tarde.

Ele acelera a moto e sai devagar logo os outros o acompanham e eu sigo meu caminho, meio desconfiada ainda mas feliz, a sensação de algo vai acontecer ainda me preenchia, odiava isso.

Já fazia alguns meses que eu não me comunicava com Natália, a barriga de Carol já estava bem visível ela já planejava um chá de fraldas, eu apenas concordava com tudo e tentava parecer o mais solícito possível, depois que fui preso eu sinto que el...

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Já fazia alguns meses que eu não me comunicava com Natália, a barriga de Carol já estava bem visível ela já planejava um chá de fraldas, eu apenas concordava com tudo e tentava parecer o mais solícito possível, depois que fui preso eu sinto que ela mudou um pouco comigo e minha mente ficava a mil só de pensar em ela me deixando.

A quase um ano atrás isso era o que eu mais desejava pensando melhor, a certeza de que a pessoa ao seu lado faria tudo por você vale bem mais que a aventura passageira, bom, pelo menos eu tentava me convencer disso.

Apesar de meu caso com ter começado com a melhor das intenções em algum momento algo mudou nela, as cobranças bateram a porta e algo que era leve e divertido se tornou doloroso de se lembrar, mesmo assim não podia evitar de olhar suas redes sociais agora desativadas, a última foto postada foi no dia que brigamos a foto de um coquetel de frutas com uma legenda romântica pesa em minha consciência, a que ponto cheguei? Eu definitivamente sentia falta dela.

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