4 - Natal

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24 de Dezembro

-Sana, você coloca na geladeira pra mim, por favor?-Tzuyu me perguntou, me entregando o bolo.

-Claro. -disse o pegando, já com a geladeira aberta, o colocando dentro.

-Obrigada. -ela disse, mostrando seu belo sorriso que me dava sensações estranhas.

Ela terminou de lavar a louça e nos sentamos no sofá.

-Sana... -ela me chamou.

-Sim?-a olhei.

-Como é o céu no Natal?-ela me perguntou.

Sorri, olhando para cima e me lembrando.

-É tudo tão iluminado. -disse. -Parece que as estrelas chegam mais perto e as nuvens ficam branquinhas. Momo, Chaeyoung, Nayeon e eu sempre comemoramos quando vemos os fogos aqui na Terra. -suspirei. -Não tem tantos enfeites como aqui na Terra, mas é lindo.

Ela me olhou, parecendo levemente triste.

-Você sente falta de lá, não é?-ela disse.

-Eu tô adorando ficar aqui com vocês, sou muito grata a você pela casa... -disse. -Mas, sim. Eu sinto falta de lá.

Ela abriu os braços, me chamando para um abraço. Ela abraçou o meu pescoço, colocando minha cabeça em seu peito, enquanto meus braços rodeavam sua cintura.

-Queria poder te ajuda a voltar pra lá. -ela disse em tom baixo. -Mas eu não sei como.

-Tá tudo bem. -disse no mesmo tom. -Pelo menos eu tô aqui com você.

Pude sentir seu coração dar uma leve acelerada.

-Tzuyu, você tá bem?-perguntei, ainda em tom baixo. -Seu coração tá rápido.

-Eu tô bem, fica tranquila. -ela disse e parecia que sorria.

Na televisão, um "dorama" passava. E tinha duas pessoas fazendo alguma coisa... Eu não sei bem o que era, mas parecia que eles gostavam.

-Tzuyu, o que é isso?-perguntei, apontando para a tela.

-Eles estão se beijando. -ela disse.

-O que é isso? É como quando se beija a testa de alguém?

-Não. -ela soltou uma risada. -Quando duas pessoas se amam muito e têm confiança uma na outra, elas se beijam pra demonstrar.

-E é bom?-perguntei.

-Quando é com a pessoa certa, deve ser. -ela disse.

-Eu posso testar, Tzuyu?-perguntei, me afastando para a olhar.

-Pode, mas com quem?-ela perguntou, parecendo incomodada.

-Com você!-sorri. -Eu confio em você e eu quero sentir isso. Você me ajuda?

Seu rosto começou a ficar vermelho e ela parecia pensar sobre o caso.

-Tudo bem. -ela suspirou. -Eu te ajudo.

Ela foi até a cozinha e bebeu meu suco enlatado preferido, o guardando na geladeira, logo após.

Tzuyu voltou a se sentar no sofá e segurou o meu rosto com as duas mãos, de forma delicada e foi me puxando devagar para perto.

-Não se assusta, tá?-ela disse calma, ao que eu assenti.

Ela colou seus lábios nos meus, eles tinham o gosto do suco, mas era diferente; ele parecia mais doce do que o normal. Era uma sensação gostosa, seus lábios eram macios e quentes. Apoiei minhas mãos em seus ombros quando ela foi introduzindo sua língua. No começo foi estranho, mas depois eu fui me acostumando. Eu poderia ficar assim com ela para sempre.

Como um humanoOnde histórias criam vida. Descubra agora