9 - Despedida

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Só um aviso rápido
Na música, eu pensei de ser assim as linhas:
Wendy - Jihyo
Joy - Jeongyeon
Seulgi - Mina
Irene - Tzuyu
Yeri - Dahyun

12 de Janeiro

Acordei e percebi que estava levemente melada. Eu havia suado, graças ao meu pesadelo de tempos atrás. É o mesmo sonho com ele, todas as noites, desde que a Sana foi embora. Eu me sentia desprotegida, mesmo sabendo que ela me protegeria lá de cima. Eu sentia a falta dela. E eu não tive mais sonhos com ela.

As meninas tentam me animar, e eu me distraio com elas. Elas são ótimas companhias e eu sou grata a elas. Mas eu não sinto como se aqui fosse o meu lugar. Desde pequena.

Me sentei na cama, vendo uma luz tomando forma. Parecia o corpo de uma mulher sentada na beirada da cama. Tinha asas, um vestido branco e emanava uma luz em volta. Tinha cabelos escuros e olhos um tanto grandes. Não podia ser... Ou podia?

-Sana?-perguntei, baixo.

-Olá, Tzuyu. -ela sorriu pra mim.

Esfreguei meus olhos, chegando mais perto e, com as mãos trêmulas, toquei seu rosto.

-Isso é real?-perguntei.

-É sim. -ela sorriu mais. -Eu tô aqui, sim.

Me joguei em seus braços, a abraçando forte, sentindo o cheiro dos seus cabelos perfumados invadindo meu nariz. Ela rodeou minha cintura, me apertando, também.

Ouvi um pigarreio a alguns passos de nós. Logo, a figura de uma bela mulher se fez presente.

Nos separamos, mas não soltei sua mão. Eu não ia deixá-la tão fácil.

-Deixa eu adivinhar. -disse. -Você deve ser a Hyuna.

-Muito bem. -ela sorriu. -Sou eu mesma. E você é a Tzuyu, vamos dispensar as apresentações.

Assenti, esperando ela falar.

-A Sana deve ter te contado o que aconteceu com os pais dela. -ela disse, ao que eu assenti. -Bom, eu quero dizer que vou fazer a mesma coisa com vocês. Mas a Sana não pode sair de lá, o grupo vai ficar desfalcado e não podemos sair matando as pessoas, assim. -Sana fez que ia dizer alguma coisa, logo sendo repreendida por um olhar de Hyuna. -Então, Tzuyu, temos uma proposta pra você.

Comecei a ficar nervosa. Sana parece ter percebido e acariciou a minha mão.

-Tzuyu, nós te damos a chance de ir conosco até o céu e abandonar a vida na Terra, -ela disse, lentamente. -ou ficar aqui e esquecer a Sana.

Meu coração parou por um segundo. Não seria difícil deixar a Terra, seria difícil deixar as pessoas. A minha família, as meninas... O que seria de mim sem eles?

Mas eu sentia que o meu lugar era lá.

-Eu posso só pedir uma condição?-perguntei.

-Sou toda ouvidos. -ela disse.

-Eu quero mais um dia na Terra. -disse. -Eu vou me despedir das meninas e pedir que elas conversem com os meus pais.

Sana encostou a cabeça no meu ombro.

-Você sabe que não precisa vir se não quiser. -ela fez eu a olhar. -Você tem a sua vida aqui, não precisa largar tudo. Deve ser difícil pra você.

-Não vai ser fácil. -olhei em seus olhos. -Mas eu posso olhar por elas lá de cima. Algum dia nós vamos nos encontrar. Eu não me encaixo aqui. Sana, eu acho que eu preciso ir pra lá.

Ela encostou seus lábios nos meus.

-Então, 24 horas, não é?-Hyuna disse, fazendo nós nos afastarmos. -Tudo bem, voltamos amanhã. Vamos, Sana?

Como um humanoOnde histórias criam vida. Descubra agora