Eu não conseguia tirar ele da cabeça depois de anos o reencontrei. O garoto que durante a minha infância toda eu amei... está na mesma escola que eu, isso não pode ser verdade, é um sonho.
***Sonho on***
— Ei Jeni o que aconteceu?
— Meu pai morreu.- disse em meio as lágrimas.
— Por favor, não chora, deixa eu te ajudar.
— Eu não quero.- falei alterada.
— Mas...
— Mas nada. Eu não quero sua ajuda então me deixe em paz.- o interrompi empurrando o garotinho a minha frente, fazendo com que o mesmo começasse a chorar.
.... No mesmo instante tudo ficou escuro e despertei do meu sono...
Mais uma vez aquele meu amável despertador estava tocando despertando meu querido sono.
Como sempre fiz minha higiene matinal e coloquei uma calça camuflada e uma camisa vermelha xadrez, ao descer chamei pela minha mãe, mas ela não estava.— Com certeza deve estar no mercado. Espero que compre meu pudim.- falei num resmungo.
Peguei um pacote de cookies e fui em direção a escola mais em todo momento pensando no meu sonho. Aquilo não havia sido um sonho, aquilo... havia sido uma lembrança, foi a última vez em que falei com Erik naquele dia, depois de tê-lo empurrado nunca mais conversamos.
Fui despertada de meus quando tropecei e fui de cara no chão.— Aii!!!- exclamei.
— Precisa de ajuda para se levantar?
— Eu adoraria.- falei sem ver quem era.
A pessoa me estendeu a mão e a segurei, mas ela acabou me puxando com força fazendo com que eu desse de cara com ela. E ali estava, eu e Erik frente a frente, tão próximos que podíamos ouvir a respiração um do outro. Meu coração começou a acelerar e o chão já parecia não existir, eu estava frente à ele, a pessoa que eu amava, o garoto na qual eu deixei para trás. Sem me dar conta vi que nossas mãos ainda estavam unidas e nossos corpos próximos.
— Obrigada.- agradeci soltando sua mão.
— Por nada.- respondeu coçando a nuca.
O deixei para trás tentando apressar os passos, fui andando rapidamente para minha sala mas quando fui passar pela porta da biblioteca, ela foi aberta e novamente fui de cara mas dessa vez na porta. Tapei o rosto e gritei.
— De novo.- reclamei ainda com a mão no rosto.
— Me desculpa Jenni, eu não quis, ai meu Deus, seu nariz está sangrando.- falou desesperadamente aquela voz que eu já conhecia.
— Tudo bem. Você não viu que eu estava passando.- falei para Nathaniel.
— Sim! Obrigado por me desculpar, mas seu nariz está sangrando, vem, vamos a sala de enfermagem.- disse ele me puxando.
— Está tudo bem.- falei enquanto ia sendo guiada e ao mesmo tempo tentando limpar o sangue. Ao chegarmos na sala, me sentei na maca e vi Nathaniel pegando algumas coisas.
— Está doendo?- perguntou enquanto sentava de frente para mim.
— Um pouco, mas já já passa.- respondi enquanto ele passava um lenço umedecido em meu nariz.
- Não, não precisa disso, está tudo bem.- falei ao perceber que Nathaniel iria apertar meu nariz.
- Certeza? Seu nariz ainda está sangrando.- falou preocupado.
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Amores Incertos
Romance-Você gosta de mim?- disse um garotinho de cabelos negros e olhos azuis. - Claro! É por isso que somos melhores amigos Erik. - Não, não é como amigo... É co-como namorado.- falou ele com as bochechas vermelhas. - Humm... Não sei, acho que sim. - Qua...