Meu nome é Rosário e quando no primeiro conto afirmei que havia traído meu marido sem querer foi devido ao incomensurável poder dos hormônios do nosso organismo que se sobrepõem à nossa honestidade e ao nosso caráter, quando o assunto é sexo.Nunca na minha vida pensei em trair meu marido, pois como homem, ele é tudo o que uma mulher pode exigir da vida. Lindo, carinhoso, amável e na cama é a excelência como macho, pois nunca tive outro namorado que me fizesse mulher como ele me faz, até o dia que fui a trabalho em São Paulo e lá conheci um casal, que mesmo sem eu querer, derrubou todas as minhas juras de fidelidade ao meu marido, como relatado já no primeiro conto.
Depois deste fato eu tive a certeza que o sexo é tão poderoso quanto qualquer droga, pois entorpece nossas mentes, mexe com nosso caráter e tenho certeza que a ocasião fabrica nossos deslizes, provocando traições que nunca foram cogitadas.
Na madrugada daquela noite quando deixei o apartamento de Fernando e Cristina, já atravessando o corredor para entrar nos meus aposentos, pois o meu AP ficava bem em frente ao deles, eu comecei a me martirizar pensando no meu marido que certamente, naquela noite, enquanto eu gozava loucamente nos braços daquele casal maravilhoso, ele voava em seu avião por alguma rota deste País, talvez pensando estar eu em sono profundo e sonhando com ele.
Se por este lado minha consciência doía, ao me meter na ducha, preparando-me para dormir pelo restante da madrugada, e sentindo a água morna deslizando pelo meu corpo que até há poucos minutos estivera em poder daquele casal maravilhoso, eu esquecia da minha traição e já visualizava mentalmente o que poderia acontecer na note seguinte pois sem pensar direito nas consequências, eu já houvera deixado o caminho aberto para mais uma noite de amor a três.
Ao tomar o café no refeitório, por volta das 7:30 hs. eu não vi nem Fernando nem Cristina o que me causou alguma preocupação. O meu subconsciente sentia a falta deles e mais uma vez eu fiquei a me perguntar como tudo aquilo pudera acontecer. Meus princípios, meu marido, meus valores, tudo me martirizava, mas quando revia os acontecimentos daquelas loucuras a 3, eu encontrava justificativa para meus atos pois mesmo sem querer, algo bem mais forte do que tudo me levara a trair a pessoa que eu mais amava nesta vida.
Ao sair do refeitório eu os avistei entrando e como se nada houvesse acontecido, com a maior naturalidade possível, recebi dos dois um Bom Dia seguido do sorriso mais encantador que alguém poderia dar a outrem. Ainda pediram desculpas pela pressa, pois poderiam chegar atrasados para o início dos trabalhos.
Já me encontraram na mesa da equipe e ousei perguntar-lhes como passaram a noite, ao que ambos responderam que passaram uma noite maravilhosa sem esconderem um leve sorriso que sugeria alguma malícia.
O dia foi extremamente proveitoso nos nossos trabalhos, almoçamos juntos e no final da tarde, acertamos que tomaríamos banho e logo em seguida desceríamos para jantar, pois segundo Cristina, eles queriam uma noite mais longa. Senti muita malícia nas suas palavras com o consentimento de Fernando que buscava nos meus olhos qualquer tipo de reação.
Durante o jantar me confidenciaram que haviam adorado me conhecer, pois acima de tudo a minha educação os havia conquistado. Lamentaram mais uma vez meu marido não estar presente, pois tinham certeza que iriam se divertir muito mais. Comecei a acreditar que eles poderia estar pensando em algo mais com meu marido presente, no entanto, como não tocaram no assunto sexo, deixei minha mente voar por onde bem quisesse e pudesse a foi então que comecei a cogitar da possibilidade de meu marido participar de um encontro com nós três e percebi que meus pensamentos me traziam algum tipo de prazer, mesmo sabendo que jamais houvera pensado nisso, nem por um segundo.
Faltando alguns minutos para 19:00 hs já estávamos subindo para nossos apartamentos e ao chegarmos à porta, Cristina que era a mais saliente, me disse simplesmente que eu não demorasse e se possível viesse com aquele mesmo short da noite anterior. Fiquei vermelha de vergonha, mas, os vendo sorrir, resolvi levar na esportiva e disse-lhes que logo estaria de volta.