Dia 19 de Dezembro de 2017
E eu acordei
Numa manhã de Setembro.
Barulhos de pássaros e folhas caindo.
A visão ainda embaçada tentava revelar algo,
A feição de um rosto.
Mas não era possível fugir dos meus sonhos,
Que pegavam fichas e entravam em fila outra vez.
Eu queria acordar, queria mesmo.
Mas algo impedia de me mexer.
Estava presa entre o possível "mundo" dos sonhos e a dura realidade.
Porém, uma cena diferente parecia acontecer aqui,
E alguma coisa desmorona dentro de mim, sinto como se minhas últimas forças de acordar tivessem ido embora,
Quando suas mãos tocaram levemente as longas pontas de fios louros do meu cabelo,
Eu não sabia quem era, nem mesmo imaginaria.
Mas aceito de bom coração o agrado, tentando firmar a visão, e o vulto aparentemente se afasta.
Ouço o chão rangendo, a cada passo da pessoa que tira distância a cada instante.
E quando posso finalmente abrir os olhos,
Percebo que não era realidade,
Não poderia ser.
Estava bom demais pra ser verdade.
Aquela não era minha casa,
Aquela não era minha vida,
Mas aquele garoto era,
O garoto do meu sonho,
Que me faz discordar da realidade e preferir o mundo dos sonhos.
Era o garoto,
O meu garoto!
E embora aquele dia eu não ter amanhecido com uma boa notícia,
Eu pude ter um gostinho, de ter tido você comigo uma segunda vez.
Uma única vez, no tão desejado mundo dos sonhos, eu nunca havia acordado tão bem...
Como aquela manhã. A manhã dos sonhos, que eu gostaria, que algum dia fosse real.
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Estilhaço - Daiane Moraes
Poesía"Dezembro é o mês mais triste do ano, sabe por que? Porque os amores são de outono." PLÁGIO É CRIME.