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​Camila's POV

Hoje.

Hoje seria o dia mais decisivo em todos os meus 24 anos. Eu é minha amada esposa Lauren Michelle Cabello-Jauregui, iremos à um orfanato no centro de Nova York. Nossos pais acham que é muito cedo para nós estarmos pensando em filhos, mas para mim e para Lauren não está mas só que na hora de termos um filho.

No começo eu não queria adotar uma criança, eu preferia ter o nosso próprio filho. Mas como isso seria possível? Fácil, eu sou intersexual, ou seja, tenho um pênis no lugar de uma vagina. Minha mãe teve algumas complicações durante a gravidez e acabei nascendo com isso. Mas voltando, eu não queria adotar, já Lauren achava uma ideia sensacional.

Ela disse que devia ser uma sensação maravilhosa dar lar a uma criança que nunca pode ter um. Depois de muitas discussões resolvi ceder ao desejo de minha amada. Marcamos que hoje seria o dia para nós visitarmos o orfanato.

Ainda deitada na cama, viro meu corpo para o lado onde minha Lolo estava dormindo serenamente. Seu rosto parecia ter sido esculpido pelo próprio Deus. Seus olhos de esmeralda ainda estavam fechados, seus cabelos negros espalhados por todo travesseiro e alguns fios em seu rosto de pele alva. Tomei coragem para acorsa-la, até porque era quase uma missão impossível graças aquela cena tão maravilhosa.

—Amor, acorda.— selei nossos lábios—Vamos pequena, hoje será o grande dia, vamos levante.—Lauren abriu um de seus olhos e abriu o mais lindo sorriso.

—Bom dia Camz!— Me deu um beijo e levantou da cama animada.—Amor Levanta daí e vai escolher uma roupa pra mim.—Me sento na cama coço meus olhos e vou em direção ao nosso closet.

Escolho um vestido florido com uma barra de renda, um salto preto não muito alto e uma lingerie rosa. Rumo para o banheiro deixando as coisas em cima do balcão da pia e volto para escolher a minha roupa. Resolvo pegar uma saia com estampa de bolinhas azuis —não é porque eu tenho um pênis que eu vou deixar de ser feminina—, uma blusa de manga comprida preta e por último escolhi um salto azul.

—Amor o banheiro já está liberado— escuto Lolo gritar do banheiro. Chego no quarto e ela está maravilhosa. —Obrigada por escolher a roupa pra mim Camz.— Me deu um selinho.

Depois de tomarmos banho e tomarmos café, dirigi em direção ao orfanato. Quanto mais perto eu ficava de chegar, mais eu ficava nervosa. Várias perguntas ficavam ocorrendo em minha mente. "Será que eu vou ser uma boa mãe?" "E se ele não aceitar a minha condição?" "Ou pior, e se os colegas dele zombar dele por minha condição?". Quando eu menos eesperei já estava na frente do orfanato. Minhas mãos começaram e soar e tremer e Lauren acabou percebendo isso.

—Amor?— me chamou— Camila?— tentou novamente—Camz— dessa vez sua voz saiu baixinha, como se estivesse sussurrando.

—Lo, eu estou com medo.— confesso— com muito medo na verdade.— reforcei. Lauren me olhou com uma expressão de compaixão e ao mesmo tempo de preocupação.

—Camz o que tanto te incomoda? Amor eu tenho certeza absoluta que você será uma mãe espetacular e que ele vai entender sua condição— fala como se estivesse lendo meus pensamentos. Eu não aguentei e a beijei com todo amor e carinho que eu tinha.—Vai dar tudo certo.— Ali sou meu rosto e abriu a porta.

Desci do carro e entrelacei nossos dedos, ela me lançou um sorriso confortador e entramos no orfanato. Procuramos a Irmã que cuidava de tudo para nos levar até as crianças.

—Bom dia minhas jovens, vocês têm alguma preferência de idade?— Pergunta educada.

—Não, vamos adotar a criança que nós nos identificar— Lauren respondeu prontamente.

—Então vamos primeiro na ala dos Bebês— e foi nos guiando até uma sala cheia de bebês fofos.

Nós olhamos cada bebê com atenção para não perder nenhum de vista, após olharmos todos os bercinhos a Irmã nos levou para a ala das crianças. Lá havia crianças de idade entre 1 ano até 11. Mas também nenhuma nos chamou atenção, Laur já estava com uma expressão de triste.

—Amor ainda falta uma ala, nós vamos encontrar o nosso filho. Eu sinto isso é vai ser neste orfanato.— sussurro.

Quando entramos naquele quarto meus olhos correram em volta do quarto, e meu coração acelerou quando eu vi uma menina que aparentava ter uns 15 anos, sentada no canto do quarto. Ela estava distraída e de cabeça baixa e cantava baixinho.

—Amor,é ela. É ela!— Falei alto atraindo o olhar da irmã, de Lauren que sorria como se estivesse sentindo a mesma emoção que eu e também o olhar assustado da garota.

Uma Cabello-JaureguiOnde histórias criam vida. Descubra agora