Capítulo 1 - Ratos de Laboratório

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Dentro daquela cela, todos estavam apreensivos

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Dentro daquela cela, todos estavam apreensivos. Na fresta da porta de ferro, uma luz incidia aos olhos daqueles prisioneiros e fazia-os brilhar.

Os cinco presos que sobraram, estavam sentados lado a lado, todos com as pernas dobradas em direção ao peito. Abraçavam as pernas e olhavam para o teto. O silêncio daquela cela era ensurdecedor. Podia-se ouvir a respiração desordenada daqueles presos.

Quebrando o silêncio, Aisha pôs-se a bater os pés compulsivamente contra o chão.

- Se você não parar agora, vou cortar suas pernas! – disse Paula, sem tirar seus olhos do teto.

O som dos pés de Aisha calaram-se.

- É a primeira vez que um de nós demora tanto tempo para voltar. – retrucou Aisha.

- Se ao menos soubéssemos que experimento é esse. – disse Louis.

Todos, sem exceção, já haviam passado diversas vezes por esse experimento. Todos falhos. Depois do experimento mal sucedido, eles voltavam desacordados e pálidos, eram jogados na cela e, depois de algumas horas, acordavam.

A injeção no pescoço era a marca do escolhido. Quem tivera o pescoço esterilizado, podia preparar-se para o longo dia de testes.

- Talvez, finalmente, o experimento deu certo. – disse Dimitri.

Todos daquela cela estavam olhando para o teto ou para a fresta, mas, Paloma, de cabeça baixa, rezava em espanhol, sua língua natal.

- Deus não te ouve depois de um Apocalipse. – disse Louis.

As preces pararam. Então, em um suspiro longo, disse Paloma:

- Depois da Cúpula, ninguém nunca mais nos ouviu. – disse ela e, logo após seu comentário, abaixou a cabeça e voltou a rezar.

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O aparato tecnológico de Hans e Earl chegava a confundir os olhos de todos aqueles cientistas. O centro de atenção de todos migrou das telas e teclas para a cabine. Earl fechou-a e, com a ordem de Hans, pressionou o botão que traria William de volta.

Depois de um tempo aguardando William voltar, Hans ordenou que a cabine fosse aberta.

A cabine estava em um nível médio entre os pés da cadeira e seu encosto. Todos chocaram-se com ausência de William. Algo tinha dado errado.

Correndo para a direção do microfone na mesa, Earl dizia repetidas vezes "William, responda!". Nenhum sinal era enviado como retorno ao chamado dele.

- Envie alguns impulsos nervosos, Earl! – exclamou Hans.

As luzes da sala oscilavam-se conforme os impulsos eram enviados. Faíscas saiam das lâmpadas e da cabine. Um som perturbava todos daquela sala. Em um baque, todo som parou e todas luzes apagaram-se.

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⏰ Last updated: Jan 02, 2018 ⏰

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