POV Finn Wolfhard.
Virei e dei de cara com a garota que fez dupla com o Jack, ela tinha uma cara bem enjoadinha.
- É.. obrigado. - Ele disse meio baixo.
Vi ela se aproximar de nós e apertar a bochecha de Jack, os olhos do menor logo ficaram em alerta, e ele se afastou rapidamente, empurrando de leve a garota.
- Ow! Calma. - Ela sorriu pra ele, e ele continuou se afastando, vi que o mesmo apertava forte a alça da mochila.
- O deixe em paz. - Falei, ficando na frente de Jack. - Não ta vendo que ele não quer que você o toque.
- Você é o que dele? Guarda costas? - Ela cruzou os braços.
- Sou amigo dele e não vou deixar você chegar perto dele, não sabe respeitar os outros? - Bufei.
Escutei barulhos de passos e notei que era Jack, que corria para fora da sala, deixei a menina pra lá e corri atrás do menor.
- Jack! - O chamei e o vi parar de correr.
Agora estavamos fora da escola, indo pra alguma direção, deduzi que era o caminho da casa dele.
- E-eu.. não gosto de brigas. - Falou um tanto ofegante, suspirando.
- Me desculpe, não queria o assustar.. tomate.
- Aish! Eu não estava parecendo um tomate. - Cruzou os braços, e agora olhava com uma cara séria para frente.
- Estava sim, um tomate muito fofo, aliás. - Sorri o vendo ficar corado - Olha só, eu disse, tomate!
Ele parou a minha frente, não tão perto, ainda com os braços cruzados e acho que estava fazendo uma cara de bravo, ri baixo, até assim era fofo.
- Que fofo, babyboy.
- Pare de me deixar corado, Finn! - Ele falou, ainda de braços cruzados.
- Mas eu não estou fazendo nada. - Levantei as mãos em rendição.
Vejo Jack sair andando, me deixando pra trás, mas que audacia.
- Que péssimo amigo, vai me deixar aqui?
Vi ele parar e percebi que ele descruzou os braços, ele virou pra mim e seu semblante não era mais de "bravo", mas sim... triste?
Eu rapidamente me aproximei do garoto, o olhando com atenção, porque ele ficou assim?
- E-eu.. sou um péssimo amigo? - Seus olhos mostravam tristeza, ele soltou um longo suspiro e olhou pro chão - Desculpe.
- Não Jack! - Falei rapidamente, o ver assim, triste, parte meu coração. - É só um modo de falar, sabe? Você não é um péssimo amigo, longe disso. - Sorri para o menor.
- Você tem certeza? Pode me falar.. eu vou entender, já estou acostumado a ser deixado. - Ele levantou o olhar, olhando fixamente pra mim.
- Tenho certeza, você é um garoto incrível, babyboy, e quem te deixou, perdeu um amigo muito foda.
Vi ele sorrir.
Aquele sorriso que forma pequena ruguinhas em seu rosto, o sorriso que fode de várias maneiras meu psicológico.
- Finn, não xingue.. - Ele disse, ainda sorrindo.
- Porque? Olha só, é bom soltar porra quando ta estressado, ou um caralho, vai se foder. - Eu disse e comecei a rir da cara de espanto que ele fez.
- Oh meu deus, você é um mal exemplo. - Ele disse, negando com a cabeça.
- Se você falar um palavrão, eu não xingo mais.. não hoje.
- Uhm, tudo bem.. pode ser qualquer um? - Ele ajeitou sua mochila em suas costas e voltou a me encarar.
- Sim, qualquer um.
- Uhmm.. merda! - Ele falou como se estivesse falando o pior palavrão de todos e logo tampou sua boca, com os olhos arregalados.
Eu poderia dizer que esse não conta, mas valeu a tentativa, e o fato de ele achar que acabou de falar a coisa mais suja do universo é adorável.
- Tudo bem. - Sorri - Vamos nós sentar ali? - Apontei para um banquinho que havia ali e ele concordou.
Ele sentou e eu me sentei ao seu lado, não tão próximo, vai que ele acha que sou igual aquela menina? invasivo?
- Bom, que tal fazermos assim, eu falo um pouco sobre mim pra você, e se você quiser, pode me falar sobre você, ok? - ele apenas assentiu. - Bom, eu tenho 15 anos e moro com minha mãe e meu pai, mas quase não vejo meu pai por ele viajar muito. - Suspirei - Eu quase tive um irmão, porém ele morreu quando ainda estava na barriga da minha mãe, um abordo espontâneo, foi horrível, minha mãe chorou muito e eu também, afinal, eu ia ganhar um irmão! - Sorri sem tanto ânimo - E o meu pai estava viajando quando isso aconteceu, assim como ele tava viajando quando eu aprendi a andar, na primeira festa de dia dos pais, quando eu aprendi a andar de bicicleta e também quando eu fiz 15 anos, em todos os momentos, ele estava viajando.
Jack me olhava atentamente, prestando atenção em tudo que eu dizia.
- Finn.. eu tenho que te contar uma coisa.
♡*****♡
Como prometido, o capítulo que eu disse que ia postar de madrugada.
Ah, e o próximo capítulo talvez seja do Q&A, vou esperar mais um pouco e vê se vai ter mais perguntas.
Amo vocês.
Xx
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Don't touch me • Fack
FanficAfefobia ('Afe' vem da palavra "afeto" e 'fobia' do Grego φόβος "medo") é o medo exagerado de ser tocado, seja sexualmente ou não. Onde Finn se apaixona por Jack, o garoto que não gosta de afeto. x A história é minha, plágio é crime.