Prisão sufocante - Cap03

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   LOST NARANDO

  Minha cabeça girava, meus membros doíam e eu não consegui abrir os olhos, só ouvir o som dos grilos la fora e de pessoas falando sem parar.

     
Abaixo de mim estava algo duro e gelado, como a maca na enfermaria da delegacia
    
Forcei meus olhos a abrirem, vi um local estranho com as paredes cinzentas, meu coração acelerou por não estar mais em minha casa. Porém estou aliviada de não ter sido morta pelo Toby, seria melhor ainda se tudo não passasse de um sonho, pena que na minha vida só existam pesadelos que machucam como facas, ou no meu caso, afiados machados.

     Levantei olhando as grades maçantes, eu não sabia onde estava e fiquei atordoada. Levantei tocando os objetos frios, logo a frente mais celas com mais presos. Flashes de casa vieram na minha mente, alguém deve ter chamado a polícia, mas por que eu estou presa?
    
O policial Vergus veio até minha cela com um olhar tristonho.

Lost: Por que estou aqui? Me deixe ir!

Vergus: Sinto muito Lost, mas não posso, você foi acusada de matar sua mãe.
   
  Eu não estava acreditando nisso, parecia que o azar não me deixava em paz! Eu gostaria de uma vez poder sorrir com a mente leve, mas parece que isso é pedir demais aqui.

Lost: Como assim? Eu não fiz nada! --- Rebato com total indignação
    
Ele coça as sobrancelhas negras e da de ombros.

Vergus: Sinto muito, estou de mãos atadas, havia suas impressões digitais na arma do crime.

Lost: Posso ver nos seus olhos que não vai fazer nada mesmo se quisesse! Você é um bundão idiota!
 
  Ele me olhou frio e cortante, mantive o mesmo olhar enquanto apertava fortemente as grades que nos separavam.
  
Ódio agitou meus sangue fazendo as veias pulsarem na minha pele.

Vergus: Escute aqui vermezinha, você é só mais um rato nesse cativeiro, então eu sugiro que fique calada ou sofrerá.

Lost: Nada é pior do que estar viva, acredite. Suas ameaças são fichinha perto do que passei.
    
Vergus rosna e bate na grade me fazendo pular pra trás, sai a passos pesados.
   
Volto para a cama e sinto algo vibrar no travesseiro. Olho dentro e vejo um celular, o número era desconhecido, atendi:

Ligação on

Toby: Gostando da nova casa, Sunshine? --- soa presunçoso

Lost: Então foi você? Seu babaca! Eu vo..

Toby: Shiii --- Ele me interrompe --- Fale baixo, os guardas podem te ouvir.
   
Então ele está me observando? Um arrepio sobe pela minha espinha quando essa ideia passa pela minha mente.

Lost: Você matou minha mãe, como pode??? --- Vocifero irritada

Toby: Na verdade, você matou sua mãe. Que feio Lost, mas eu não te culpo, ela era uma vadia que estava dormindo com o bombeiro vizinho.

Lost: Minha mãe não é disso!

Toby: Será? Lost, esse nome realmente combina com você, uma garota tão perdida e patética. Se parasse de chamar atenção se cortando e conhecesse mais seus pais, me daria razão.
 
  Mordo meu lábio para não gritar, apertei minha mão a ponto de fazer sangue escorrer quando minhas unhas cravaram na pele fina.

Lost: E o que ganha com isso?

Toby: Farei você ver seu monstro interior esmagando sua sanidade quando perceber a pessoa ruim que é por dentro, mas por fora paga de coitadinha. Agora, vamos ao jogo, eu lhe dou 10 minutos para sair dessa cela, ou eu entro ai e estripo você como uma ovelha.
 
   A voz sumiu da minha garganta, meu corpo inteiro paralisou, não tinha como sair nesse tempo, claramente ele ja estava aqui dentro, eu sou como uma presa fácil, um rato numa ratoeira a espera do felino selvagem e sanguinário para me engolir.
  
  Sinto o pânico querer tomar conta de mim, mas eu espanto ele e engulo a seco para tentar diminuir a muralha na minha garganta.

Lost: Fazer isso não vai mudar como somos por dentro, pare Toby, as coisas não precisam ser assim.

Rogers me ignora e continua

Toby: Se você conseguir sair antes que eu lhe pegue, lhe darei uma chance de viver e tentar..digamos dialogar comigo. Tic, tac Lost. Ou será que vai desistir como sempre faz? --- Diz sério --- A final sua mãe apanhou anos e anos e você não fez nada!

Lost: Esse seu lado desumano só me faz pensar no quanto você deve ser frágil por trás dele.
  
O telefone fica mudo, sorrio em Vitória.

Toby: 8 minutos --- Rosna e desliga.
 
LIGAÇÃO OFF
  
Suspirei por não saber como sair de uma cela, isso era impossível. É duro admitir mas o Toby tinha razão, eu era uma garota fraca..joguei o celular que bateu numa grade a arrastando um pouco.
 
   Meus olhos arregalaram ao ver aquilo, seria uma ajuda dele? Não tinha porquê ele fazer aquilo, além disso não sabia se ele realmente me deixaria sair viva. Mas eu precisava ariscar então a puxei com toda minha força e afastei, passei meu corpo pela brecha e comecei a correr com cuidado no corredor frigido daquele lugar. Contudo algo segurou meu braço, olhei e era o policial Vergus.

Vergus: Como você saiu?

Lost: Não interessa! Preciso sair daqui..você não entende.

    Ele nem me deu ouvidos e me puxou com brutalidade de volta a uma outra cela, mas eu não iria deixar isso acontecer, peguei a arma dele na cintura e apontei pro mesmo.

Lost: Pra cela, rato.
 
  Rosnando Vergus entra e eu tranco.

Lost: Onde é a saída?
   
  As luzes apagam, ouvimos tiros e gritos altos. Vergus tremeu na cela e eu senti um frio na barriga.

Lost: DIGA

Vergus: Segundo corredor a esquerda.
  
Forcei minhas pernas a correrem, porém o chão continha água e várias armadilhas de urso, escorreguei sentindo dor na minha perna.
Grito me arrependo disso enquanto puxo minha perna rasgando um pouco a pele por ter pego de raspão na armadilha. Corro pra porta, mas bati em alguém que me segurou firme, confesso que senti uma eletricidade passar com o toque.

Toby: Game over gatinha

  Aponto a arma pra ele

Lost: Adivinha, tem prorrogação.

A suicida do Ticci Toby ♡CONCLUÍDA♡Onde histórias criam vida. Descubra agora