Lâmina ensanguentada

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N/A: Como eu n sei esperar, então TÁ aqui o novo cap! Dscp se tiver uma boxxxta!! :3 Amo vcs!! N esqueçam dos votos e comentários ^-^

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      A lâmina ensanguentada cai da minha mão no chão, minhas coxas choraram a tarde toda no escuro sufocante do meu quarto, os barulhos de gritos la de baixo me fazem querer me jogar da janela. Novamente meu pai está batendo na minha mãe por ser um bêbado nojento, e eu não posso fazer nada porque sou um fraca e útil como diz ele.

    A propósito sou Lost Grenadine, tenho 16 anos e essa sou eu na foto, por fora uma garota normal, por dentro um corpo sem vida:

    Vejo o sangue descendo e pingando no chão ao lado da lâmina, nunca fundo o bastante para me matar, mas fundo o bastante para a dor do meu peito aliviar

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    Vejo o sangue descendo e pingando no chão ao lado da lâmina, nunca fundo o bastante para me matar, mas fundo o bastante para a dor do meu peito aliviar.
    
   Estava me sentindo tonta pela perda grande de sangue, até que a porta do meu porão/quarto é aberta, ah policiais fardados provavelmente enviados pelos vizinhos.
    
Um deles vem a mim, eu escondo os cortes por baixo da coxa não rápido o bastante.

Policial: Você deve ser Lost Grenadine, correto?
 
  A voz dele era seria mas calma.

Lost: Gostaria de dizer não, mas sim sou eu.
    
Os dois oficiais se entreolham, depois as atenções se voltam para mim. Eu só queria pegar a arma dele e acabar com meu inferno aqui mesmo, talvez assim, quem sabe meu pai pare de beber e minha volta a trabalhar na sua floricultura.
  
  Eu sempre fui a errada da família, a que estragou todos os sonhos deles, se a morte chegasse pra mim eu com certeza sorriria e questionados por que demorou tanto.
   
  Minha alma está quebrada a tanto tempo que nem sei mais se eu ja tive uma alguma vez.

Policial: Meu nome é Vergus, poderia nos acompanhar?

     Me levanto sem demonstrar qualquer entusiasmo, coloco minha calça escondendo os cortes, porém o sangue acaba manchando um pouco o tecido.
  
   Eu tenho tantas cicatrizes no corpo, mas ninguém ligaria, a única coisa que veem são elas e não os motivos pelos quais foram feitas.

Lost: Onde vão me levar?

Policiais: Para um lugar especial.

Lost: Lugares assim não existem para pessoas como eu. --- Suspiro.
    
Um deles bufa sem paciência, já o Vergus me olha com ternura.
   
  Sem escolha eu vou, chego na sala e vejo Jorge algemado e minha mãe aos prantos com o braço sangrando.
    
  Sem pensar me aproximei dele e lhe dei um soco na cara sem me importar com a dor de ter deslocado à mão.
    
Vergus segurou um outro policial de avançar em mim.
 
    Jorge cospe no chão e me olha com ódio.

Jorge: É só isso o que tem? Você é tão inútil! EU TENHO NOJO DE VOCÊ! Deveria ter morrido naquele acidente!

Lost: Aprendi a muito tempo que nem tudo o que queremos podemos ter. --- Balanço a mão tentando conter o latejamento. Ela já estava ficando roxa.

Jorge: Eu nunca quis você como filha! Você é uma peste na minha vida! Nunca vai ser ninguém!

Lost: Faz muito tempo que suas palavras não me atingem mais.
   
  Viro para minha mãe que está aterrorizada.

     Vergus me escolta até o carro enquanto ela suplica para não fazerem isso. Dou um sorriso para ela sem saber se é verdadeiro ou não, ja não sei mais quando estou de máscara e sem.

Vergus: Lost, a quanto tempo se corta?

Lost: A mais tempo do que eu queria.
   
A conversa encerra assim que chegamos a um lugar estranho e vazio.

    Vergus me conduz até uma sala fria onde me sento, uma jovem ruiva vem cuidar da minha mão, ela tenta ver se tenho mais machucados, só que eu a detenho.

Jovem: Tudo bem, eu estou aqui para ajudar você.
    
Trinco meus dentes.

Lost: Me ajude me tirando desse mundo sombrio de gente mesquinha.
   
  Ela suspira e sai da sala me deixando sozinha com meus demônios.
     
  As horas passam e eu acabo dormindo na gelada maca de metal.
     
    Até que sinto algo mexer nos meus cabelos, abri meus olhos pela metade e so vi escuridão fúnebre, engulo a seco, ouso passos dentro do quarto.
      
Levanto rapidamente, mas minhas pernas vacilam e eu caio no chão duro. 
     
Logo uma risada ecoa ali. Um tanto familiar.

Lost: Quem é você?
    
  Me arrasto até a porta, mas ela está trancada, não pode ser, talvez esse seja meu fim, ou eu estou ficando louca.

   A cortina da janela é aberta revelando um rapaz de cabelos cor de mel, casaco surrado e sujo de sangue, óculos amarelo e um aquecedor
de boca.

???: Sou aquele que veio para cortar sua garganta

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???: Sou aquele que veio para cortar sua garganta.

Lost: Chegou tarde, a vida já me matou a muito tempo.
   
  Em menos de um segundo ele estava na minha frente com seu machado no meu pescoço, e seus olhos fixos nos meus.

???: Suas palavras são tão banais que me causam náuseas.

Lost: Quem é você pra dizer isso?¿ Não sabe nada de mim. --- Bufo sem me importar com a lâmina no meu pescoço.

???: Me chamo Toby, e não me importo nada com seu sofrimentozinho patético. Desculpe eu não vi sua plaquinha de "Tenham pena de mim" --- Diz com deboche.
  
   Tenho vontade de socar ele so por isso.

Lost: Eu não quero a pena de ninguém! Eu só quero morrer e me libertar dessa dor sufocante.
 
  Ele ri e esmaga minha mão já inchada com o cabo do machado. Eu grito de dor

Toby: Você e covarde demais para isso. Se você acha que ter um pai alcoólatra é viver num inferno, agora vai, minha rosa, ser bem pior. Vou tortura-la tanto que saberá o verdadeiro significado de sofrimento. --- Ele corta minha barriga. --- E não chame pela morte, ela não vai ouvi-la a menos que eu queria isso.
    
Ouvimos batidas nas portas, o garoto some e eu caio no chão assim que uns policiais entram.

A suicida do Ticci Toby ♡CONCLUÍDA♡Onde histórias criam vida. Descubra agora