Atrasada, chegaria atrasada para a festa natalina com a família. Poderia ter ido antecipadamente, mas seu trabalho não a deixou ir. Bom, o trabalho em si não e sim seu vício nele. As pessoas buscam motivos para estarem vivas, e para Silvia, o seu trabalho era seu atualmente era seu maior motivo para levantar toda manhã e seguir viva. Invertendo a frase tão usada por aí, "trabalhe para viver" para, "viva para trabalhar". Mas tamanho prazer em seu trabalho, é em decorrência a seu sonho.Desde pequena sonhou em trabalhar, no mundo da moda, não, ela não desejava ser modelo embora tivesse beleza o suficiente para isso e quando criança ganhando um concurso de beleza, mas seu sonho era ser editora de alguma revista de moda feminina. Sempre se viu nessa posição, e saberia que um dia conseguiria. Ainda muito jovem saiu da sua pequena cidade no estado de Colorado, para estudar em uma das melhores universidades de moda em Nova Iorque.
Anos atrás
" — Mãe eu estou indo atrás dos meus sonhos, não chore assim. Por favor, não me faça me sentir pior que eu já estou em te deixar aqui. É meu sonho e eu não posso deixar ele escapar – disse ela segurando aos mãos de sua mãe e olhando-a nos olhos.
Era difícil deixar a sua filha partir assim, pra longe e só. Mas tinha orgulho da sua filha caçula, que sempre demonstrou ser uma guerreira, que nunca deixou de lutar pelo o que queria. Sua mãe lembrou da vez em que quando ainda criança, Silvia venceu um concurso de beleza, só porque achou que poderia ganhar e não mediria esforços para isso e no fim, ganhou. Com um suspiro de pesar, pela dor da ausência que viria com a partida de sua única filha mulher, a senhora Navarro sorriu meio as lágrimas com a lembrança da infância da Silvia, é, sua filha era teimosa demais quando queria conquistar algo. E isso definitivamente era bom, para quem busca realizar seus sonhos.
— Eu sei o que quanto isso é importante pra você filha, mas você é minha pequena, minha menina. Mas eu também sei que, nós pais não criamos nossos filhos para se e sim para o mundo. E chegou sua vez de bater suas asas, eu morrerei de saudades, mas também, morrerei de orgulho."
E ela foi, agora 12 anos depois estava ali sentada em um banco de aeroporto esperando seu vôo. Que estava atrasado.
"Claro que iria atrasar, esses malditos voos sempre atrasam. Parece que o tempo insiste em ficar péssimo para castigar os filhos que só lembram de visitar seus pais, em datas comemorativas e as pressas." Pensou Silvia, já impaciente e com medo de perder seu Natal em família. Não se perdoaria pode ter adiado sua viagem para a casa de seus pais, mais uma vez pôs seu trabalho acima de qualquer coisa e alí estava ela, com receios de não poder abraçar seus familiares. E tinha um motivo a mais, conhecer seu sobrinho e afilhado, que nasceu a 4 meses e só conhecia por fotos. Seu irmão mais velho estava casado há 3 anos, e o pequeno David era seu primogênito.
Um sentimento de culpa lhe sufocou sentada alí, na área de embarque de uma aeroporto notado de pessoas tentando sair de Nova Iorque. Olhou por um breve momento a sua volta, e se perguntou quantos dessas pessoas agiu igual ela. "Quando vamos aprender a valorizar os momentos com quem amamos?"
Nos últimos anos, ela colecionava muitos poucos momentos junto a sua família. Seu o último o casamento há 4 anos atrás de seu irmão.
12 de Junho de 2012.
"Lá estava seu irmão mais velho se casando, Tomás. Lauren agora sua cunhada estava deslumbrante, era perfeita para seu irmão sabia disso. Eles saiam da igreja debaixo de uma chuva de arroz jogada pelos os convidados, de mãos entrelaçadas e em seus rostos sorrisos que diziam o quanto os dois estavam felizes.
Tomás sempre foi um mulherengo insaciável, nunca tinha se prendido à alguma mulher até Lauren aparecer em sua vida. Silvia viu seu irmão ter várias garotas enquanto era jovem, mesmo com os quase 10 anos de diferença de idade do seu irmão mais velho para ela. Garotas essas a maioria insuportáveis, que só queriam estar com o uns dos garotos mais lindos da pequena cidade, mas Lauren era diferente, ela era doce e gentil, Silvia quando já não era mais criança, e já tinha idade suficiente para ser amiga das namoradas de Tomás, mesmo assim ela não conseguiu nutrir uma amizade com nenhuma das "namoradas", mas com Lauren foi diferente. Se tornaram amigas de imediato, embora não vivessem na mesma cidade, faziam questão de cultivar a amizade que as duas construíram.
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Recuerdos
RomanceHistória curta em dois capítulos - CONCLUÍDA. Os bons ventos do Natal sempre trazem boas recordações, ou até mesmo, traz de volta as recordações em pessoa. [Reescrita e repostada]