Fiz um pacto com o diabo

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Aos sete anos de idade descobri que era adotada e me senti rejeitada pela minha família biológica. Pouco tempo depois, minha mãe adotiva tornou-se muito agressiva. Ela constantemente me queimava com seu cigarro, me trancava no banheiro, me batia com a coleira do cachorro, muitas vezes por motivos banais. Aos 15 anos de idade, minha avó, decidiu que era hora de eu começar minha inicialização no mundo do espíritismo. Em um ritual, ofereceram a minha virgindade, e tempos depois fui violentada pela primeira vez.

Totalmente depressiva e abalada pelo trauma que havia sofrido, fiz um coquetel de remédios e tive uma overdose. Por sorte, a empregada da minha mãe me levou ao hospital e conseguiram fazer uma lavagem estomacal à tempo. Quando estava me recuperando de toda aquela dor, conheci um rapaz em Ribeirão Preto e me apaixonei.

Ele era carinhoso e gentil, até que um dia acordei na cama de um motel cheia de sangue. Ele havia me violentado e depois daquilo começou a me ameaçar. Fugi desesperada de volta para a casa dos meus pais e recebi dele uma rosa feita com a pele de uma cobra, com um bilhete que dizia que o mesmo iria acontecer comigo. Antes de abandonar o mundo do espiritismo, fiz um último pacto com o diabo. Pedi que ele me fizesse ser o centro das atenções.

Meu pedido foi atendido, pois recebi a proposta de jogar vôlei em três universidades dos Estados Unidos. O ginásio vivia lotado, as pessoas gritavam meu nome enquanto estava jogando, e eu adorava a atenção da torcida e dos admiradores. Porém, fora das quadras, eu me entupia de remédios, pois acabei me viciando aos mesmos após uma cirurgia para reparar um dedo quebrado durante uma partida de vôlei.

Terminei minha carreira universitária com meu nome no Hall of Fame, All-American, e ganhei muitos prêmios e homenagens, mas a cada dia eu perdia mais o desejo de viver. “Pensando no meu filho, tomei a decisão de voltar ao Centro de Ajuda e recomecei do zero. Me livrei do vício, dos pensamentos suicidas, e encontrei paz e proteção espiritual colocando em prática tudo que me fôra ensinado. Decidi viver uma vida simples e no anonimato, e me formei com méritos em Relações Públicas e especialização em Comércio Exterior. Falo três idiomas, meu filho é uma criança saudável e inteligente. Meu relacionamento com minha família foi transformado completamente e hoje tenho comunhão com Deus.

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