Apenas um conto de natal

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Uma história de Natal diferente de todas que já ouviu. Um lugar que era para ser considerado o grande espírito de paz e alegria, termina em tragédias e sangue. Acredite ou não, real ou apenas imaginação... Fiquem agora com o conto.

Eu e alguns amigos queríamos algo diferente e inusitado para o Natal de 1990, o fatídico ano. Começamos combinar tudo com muita antecedência; então, desde o início do ano decidimos que iríamos fazer algo diferente. Até que, um amigo descobriu uma história, um conto na verdade, que sua avó contava quando era criança. Uma vila nas montanhas de Korvatunturi na Lapônia, possível residência do Papai Noel, lá todos os sonhos tecnicamente se tornariam realidade, todos os desejos, um lugar mágico. Mas saiba que mesmo num sonho toda causa tem seu efeito, um sonho realizado talvez não seja algo tão bom assim... Pelo que foi contado, muitas pessoas foram desaparecidas tentando encontrar, as que encontraram não sobreviveram, algo de muito sobrenatural carrega esse lugar. Até não é tão fácil assim acha-lo, já que não existe no mapa, nem mesmo placas que indiquem o caminho.

A avó desse amigo raramente falava, era algo desconfortável para ela. Quando falava sua voz tremia de nervoso, era palpável seu sentimento de repulsa, mudava logo de assunto e pouca informação dava, dizia que era proibido alguém querer ir para tal lugar. Seus olhos brilhavam, víamos as chamas ardentes de ira, lá dentro seu inferno reinava. Segundo consta, ela nasceu nesse lugar, seu nome é Zenaide.

Algo que era para ser um lugar divino e amável, pois era justamente o contrário, carregado por mortes e destruições. Mas com todos os contras, ainda assim seguimos firmes com nossa vontade de saber o quanto isso tinha de verdade. Planejamos tudo com antecedência.

Dia 19/12

O grande dia, muito esperado ansiosamente por todos nós. Já com todas as passagens em mãos, pegamos o avião rumo ao nosso destino, iríamos até a Finlândia e de lá sim seguindo o caminho para tal vila. Até então estava tudo em ordem.

Dia 20/12

Queríamos chegar na véspera e passar o dia de Natal lá. Primeiro descansamos num hotel, bem tranquilo e aconchegante. Fomos buscar informações com os donos do local. Quando tocado no assunto as pessoas sentiam-se incômodas, pouco falavam, comentavam que éramos loucos por querer realizar isso.

Reinava por lá o espírito de Natal, aquela sensação que sentimos nas festas, o clima, o frio intenso, tudo conspirava a esse favor. O inverno era intenso e uma tempestade de neve estava chegando, segundo a meteorologia local. Questionamos sobre nossa segurança, mas ainda assim continuamos firmes com a ideia.

Dia 21/12

Não tinha reparado, uma névoa, mais parecido como uma fumaça, vinha ao longe e cobria parte do céu daquele lugar, dava um ar triste. Nesse momento então, senti um calafrio, um sentimento ruim e o pavor tomam conta do meu ser. As pessoas pareciam não se importar com seus temores, todas carregavam uma tristeza quase palpável em seus olhares.

Dia 22/12

No jornal local uma notícia, um jovem desaparecido entre as montanhas da região, exatamente perto de onde estávamos prestes a ir. Nenhuma informação sobre como foi o desaparecimento, a polícia estava investigando.

Dia 23/12

Preparamos, pegamos tudo o que precisávamos e partimos rumo ao nosso destino. A caminhada seria longa, mas a neve tinha sessado um pouco, o momento certo de seguir era esse. Algo invade meu interior, uma intuição, não era algo bom, sentia como se dissesse para não ir, que algo ruim estava prestes a acontecer. Mas seguimos adiante...

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