Uma epidemia tomou conta da humanidade, eu sou uma de muitas pessoas que foram contaminadas com esse vírus, tenho sorte por ainda estar viva, sou a única pessoa que estou viva do grupo de reabilitação. Só me resta é esperar chegar a minha vez. Mais nem tudo era assim; eu tinha uma vida normal, como a toda adolescente de dezesseis anos, não se preocupar com nada, apenas se divertir e estudar. Mais de repente tudo muda, quando você vê, esta presa dentro de uma bolha no quarto de um hospital, totalmente isolada com o mundo exterior, sem poder sair, nem me lembro mais quando foi a ultima vez que estive do lado de fora.
Fico observando as pessoas pela janela do quarto, todas tendo uma vida normal, e eu isolada tentando sair, sinto vontade de sair, mais não posso, pois poderia infectar outras pessoas, e também poderia ser reinfectada novamente agravando o estado da minha saúde, a única coisa que eu posso fazer é esperar, torcendo para que um dia posso ser curada. Minha mãe vem me visitar diariamente, mais não posso encostar nela, tenho que vê-la através da bolha, e por poucas horas, isso me machuca, saber que tenho uma vida toda do lado de fora e não poder vive-la, sabe como é dormir sem saber se haverá um amanhã para você? Essa tem sido a minha vida ultimamente e não posso fazer nada para mudar. Toda vez que o médico vem até meu quarto fico com medo, apreensiva com as palavras que ele há de dizer. Tenho medo de que ele me dê noticias ruins, e penso que nunca mais irei sair daqui.
Não posso ter nenhum aparelho eletrônico, pois eles emitem radioatividade, são pequenas as emissões, mais para mim isso poderia me matar, pra você ele é inofensivo mais não para mim. Fico o dia todo deitada sem poder fazer nada, apenas fico lendo livros e observando as pessoas através da janela, é o que eu tenho feito nos últimos meses.
Os amigos que eu tinha, hoje não tenho mais, ninguém se importa mais comigo, mais também quem queria ficar dando atenção para uma pessoa infectada e que vive dentro de uma bolha? Se eles podem viver livremente a vida delas, para que se importar comigo? Acho que para muitos acabo que não existindo, a única pessoa que me restou é minha mãe, ela tem me encorajado e me incentivado a continuar o tratamento.
Ás vezes penso em sair da bolha, sei que não ficaria viva por muito tempo do lado de fora, mais pelo menos iria realizar tudo o que eu queria, e não ficaria o resto da minha vida presa, a mim mesma, estou cansada de viver deste jeito, a única coisa que eu queria é ter liberdade, não parece certo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Se houver amanhã
Novela JuvenilSinopse: uma epidemia tomou conta da humanidade, eu fui uma de muitas pessoas que foi infectadas com esse vírus, ainda tenho sorte por ainda estar viva depois desse acontecimento não pude mais me aproximar muito das pessoas, pois posso infectar as p...