O amor da minha vida disfarçado de melhor amigo

Distância

Após mais um dia cansativo de aula, chego em casa e jogo tudo em cima da cama, vou ao banheiro e tomo um banho quente pra relaxar, visto qualquer roupa e pego o celular, checo as mensagens e tinha um oi do Pedro e respondo com apenas um oi. Vou até a cozinha e procuro algo pra comer, almoço e vou dormir.

Acordo com Nathália berrando no quarto e já começo a ficar estressada.

— O que é menina - digo coçando o olho -

— Vamos pra academia, vamos!! - ela diz empolgada -

— Que horas? - pergunto prendendo o cabelo -

— Ah, toma um banho aí. Meu pai fechou um pacote pra família, vamos!! Por favor - ela faz uma carinha super fofa -

— Ah, tá bom. - digo me levantando - vou de calça e camiseta. A chuva já passou? - pergunto já de pé -

— Eba!!! Não, vamos de carro com ele. Vou vestir a roupa.

Ela sai e eu separo uma calça preta leve e uma camiseta branca. Prendo o cabelo em um coque e calço meu tênis preto. Pego o celular e ponho o relógio no pulso, vou até a sala esperar. Enquanto isso, vejo que Pedro mandou mensagem, suspiro e decido abrir.

Chat on

Pedro: Oi

Eu: Oi

Pedro: Tá bem? 😅

Eu: Sim, obrigada por perguntar. E você?

Pedro: Estou bem...

Eu: Ah, que bom!! 🤗

Pedro: Ah, Gabi...Desculpas, velho! Não era minha intenção ser grosseiro contigo

Eu: Vou à academia, beijos.

Pedro: Me evite mesmo, quando eu abrir mão ou não quiser me desculpar outra vez, você vai ver...

visualizo e não respondo

Chat off

Nathália e meu padrasto finalmente descem e vamos ao nosso destino.

[...]

— Mas eu não quero falar com você agora, Pedro! - eu gritava atrás da porta, dentro do meu quarto -

— Eu quero me explicar, eu quero pedir desculpas, eu quero que a gente supere isso. Por favor, eu vou ser breve - ele pedia mais uma vez -

Suspiro para tentar acreditar no que vou fazer, e finalmente abro a porta.

— Breve, né? - digo ao deixar ele entrar -

— Sim. Olha, não foi minha intenção ser grosso assim com você, tudo que eu passei, tudo que eu vivi, senti, tudo que doeu, doeu em mim - ele suspira - e por mais que você saiba disso tudo, nunca sentiu por mim. Para né.

— Ah sim, como se eu fosse um zero á esquerda, outra vez! - digo sem paciência -

— Já te disse que você não é! Que droga, Gabrielle. Eu não já disse que te amo? Que eu quero que a gente supere isso? Então supera. Você vai jogar uma amizade de muitos e muitos anos fora, assim, desse jeito? - ele altera o tom e eu fico encarando sua cara de raiva -

— Eu vou sair seis e vinte.

— O que? - ele passa a mão na cabeça -

— Esteja pronto seis e vinte, amanhã. Te mando mensagem quando estiver descendo. - sorriu -

Ele me abraça e me dá um beijo na bochecha.

— Certo - diz entre sorrisos -

Ele vai embora e tudo que me resta fazer é tirar a roupa e ir dormir.