Capítulo 7

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Corrida. Essa palavra definia a minha semana.

Os professores passavam tanto dever que parecia que eu iria me afogar em meio aos livros. E para melhorar a situação, meu pai saiu com o carro e teve o carro rebocado. A história dele com o carro deveria ser um livro de tão cômica que é...

Finalmente chegou o sábado, e decidi ir para a tal festa. Dei uma desculpa para meus pais falando que iria passar a noite na casa de Rose, por isso antes de ir realmente para a festa, fui para a casa dela e me troquei lá.

Enquanto corrida era a palavra que definia a minha semana, a palavra ansiosa era o que me definia naquele dia.

Dois dias antes da festa, eu e Rose saímos para comprar roupas. Entrei no shopping e só tinha roupa feia. É incrível como nos filmes as pessoas encontram as roupas em um passe de mágica, já no meu caso demorei quase seis anos. Entretanto, toda aquela paciência para não ir embora do lugar, foi de extrema importância, pois encontrei um belo vestido que combinaria com a noite. O mesmo acontceu com Rose.

Voltando para o presente. Posso dizer que enquanto estacionava o carro perto da casa do Matthew, minha ansiedade crescia ainda mais. Não estava acostumada com aquilo e não conhecia muito as pessoas daquele local.

Rose entrou comigo na casa, e a música estava tão alta que parecia que eu iria ficar surda.

Era quase o mesmo cenário que vi quando fui na casa da minha amiga: pessoas se pegando, bebida e todas essas coisas juntas e misturadas.

Estava viajando nos meus pensamentos quando percebi que o Matthew vinha em minha direção.

Rose piscou para mim e saiu de fininho. Boba.

"Oi"- o cumprimentei com um sorriso.

"Oi"- sorriu de volta.

"A festa está realmente muito boa"- mentirosa, pensei enquanto tentava ser educada.

"Obrigado! Já chegou a muito tempo? É que eu estava lá atrás então..."- tentou se explicar, mas o interrompi.

"Não se preocupe. Acabei de chegar."

"Ah, tudo bem então..."- procurou algo no meio da multidão e parece que encontrou, pois saiu andando me deixando plantada no lugar.

Eu ia continuar andando pela casa, pois não tinha o que fazer, mas acabei sentindo alguém colocar a mão no meu ombro.

"Hey! Eu só fui pegar algo para você."- falou, enquanto me oferecia um copo com líquido dentro.

Aceitei e dei alguns goles. Horrível. Horrível. Como as pessoas gostam tanto de beber essas coisas? O gosto é muito ruim!

Conversamos mais um pouco, até que o senti se aproximar. A casa minuto que se passava ele se aproximava mais e mais.

Achei que era só coisa da minha cabeça então nem me importei. Até chegar a um certo ponto em que estávamos perto demais.

Agora já está invadindo meu espaço pessoal! Dei um passo para trás, afim que ele percebesse que eu não queria aquilo.

Parece que ele entendeu, pois não chegou mais perto.

Conversa vai e conversa vem, o tempo passava rapidamente.

Bebi vários copos e me sentia muito mais leve. Me sentia tão alegre, e por esse motivo não parava de dar mais goles na minha bebida.

Acordei. Dor e mais dor. Minha cabeça latejava e parecia que iria explodir.

Antes que eu pudesse me levantar direito, senti uma enorme vontade de vomitar. Corri direto para o banheiro e joguei tudo o que tinha dentro de mim. Parecia até uma cachoeira.

Quando não tinha mais o que despejar, lavei meu rosto e só assim consegui enxergar onde estava. O quarto de visita da casa da Rose. Como eu vim parar aqui?

A procurei por todo lugar e não conseguia a encontrar. Estava sozinha na casa, pois Rose tinha sumido e os pais dela estavam em uma viagem de negócios.

Liguei uma vezes para seus celular e ninguém atendeu. Liguei a segunda vez e ninguém atendeu. Liguei a terceira e parece que finalmente o ser decidiu atender.

"Alô?"- falou em um resmungo como se tivesse acabado de acordar.

"Alô. Finalmente atendeu esse celular!"- reclamei enquanto tocava na cabeça que não parava de doer.

"Fala baixo... acabei de acordar e não estou com vontade de levar sermão logo de manhã."

"Desculpa, mas fiquei preocupada. Estou aqui na sua casa e não a encontrei em nenhum lugar."

"Foi mal. Fui para a casa do Alexandre."

"Entendo. Só tem uma coisa que não estou compreendendo... Como bulhufas eu vim parar na sua casa? Eu dirigi até aqui?"- perguntei enquanto corria para a janela, porém meu carro não estava na rua ou em lugar algum.

"Eu e o Alexandre pegamos o carro dele e te deixamos aí. Você estava parecendo uma maluca, por estar bêbada demais, aí eu o pedi para te levar para minha casa "- meu estado deveria estar deplorável, para a Rose não me querer mais na festa. Acho que exagerei... O que mais me deu medo era ela ter falado que fiquei que nem uma maluca na festa. Prefiro nem saber o que fiz.

Me despedi dela e me deitei mais um pouco. Já estava quase na hora do almoço, mas meu corpo necessitava de um pouco de descanso.

O que me deixou irritada, foi que eu tive uma noite muito boa, contudo continuei sentindo o aperto no peito como se faltasse algo. Sinto isso já tem semanas. Mesmo assim deixei isso para lá, e adormeci.



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Nota da autora: Oi gente! Fiquei muito tempo sem postar capítulos novos, porém aí está mais um. Então vamos para as perguntas:

O que acharam do capítulo?

Vocês têm alguma ideia sobre o que foi esse último sentimento que nossa protagonista teve?

Deixem seus comentários e se gostaram do capítulo curtam! Fiquem com Deus! Que Ele os abençoe! E tenham um bom dia! ^_^

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⏰ Última atualização: Mar 05, 2018 ⏰

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