Perdido

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Dezembro mal começa, mesmo estando longe das datas, a ansiedade para os dias de celebrações já vão se formando nos indivíduos.

Na escola o clima já estava presente, porque com a férias a empolgação era maior.

Para a maioria, não para Nathaniel.

Ele não era do tipo que era contra o natal que o odiava, — mas tinha que concorda que comida agridoce com aquelas uvas-passa em todo lugar não era lá de seu agrado — entretanto esse ano tinha uma interrogação lhe perseguindo.

Os outros natais não tinham esses problemas. Tinha outros para se preocupar. Como ficar horas cozinhando para a família na noite sagrado, tentando evitar a fúria do seu pai. Nessas épocas ele ficava mais irritadiço e se precavia em surrar seu filho em lugares diferentes para não ficarem visíveis na festa da empresa, o almoço natalino.

Ou indo em almoço com de outros parentes, não acontecia na maioria das vezes porque seu pai que dava as ordens e ele preferia fazer pose para seu patrão do que visitar os familiares irritantes como a mãe envelhecida doente.

E o almoço era muita pressão também para Nathaniel, dar uma boa impressão para os colegas de trabalho do pai, sua mãe usada como esposa-troféu assim como as outras daqueles homens empresários que ostentavam suas joias e vestidos caros e seus maridos exibindo seus corpos em elegantes vestidos, como bonecas preferencialmente caladas com riso contido.

Quem tinha mais liberdade e não percebi o que acontecia ao seu redor era Ambre. Sortuda Ambre.

Havia uma época em que Nathaniel quando criança saia para brincar com a irmã na neve, as vezes era mais ele que brincava enterrando a cara dela na neve, mas nas outras eram uma guerra de bolas com outras crianças, corrida de trenó, montar o boneco de neve.

Obviamente sempre sem os pais, mas pelo menos naquela época as coisas não eram como ficaram depois daqueles incidentes do seu pai com o trabalho que o fizeram descontar todas suas frustrações em si e mudou radicalmente a personalidade de Nathaniel.

... pensando bem, ele não poderia afirmar com toda certeza que gostava realmente do Natal, capaz de já não ser um grande fã por causa disso por um longo tempo. Não odiava num todo.

Por exemplo, no almoço de natal da empresa ele passava a maior parte do tempo com seu amigo Viktor. Que apesar de não ser de guarda segredos para ele, esse em especial guardava, enquanto pode. Mas quando sua namorada Anne descobriu e fez a denuncia com a ajuda de Viktor... bem, ele acabou sabendo, afinal. E dando apoio. Até propondo a ideia para o amigo viver no apartamento ao lado do seu, — que apesar de Viktor ter uma casa, ele também tem um apê... imóveis da família Chavalier associado com a necessidade de dar um tempo do próprio pai dele — ou seja, por agora são vizinhos.

Naquela manhã como de costume, Viktor chegou novamente na sua residência para tomar café da manhã, porque Nathaniel sabia cozinha e ele não.

Jogava a panqueca para cima perdido em todos nesses pensamentos, porque após essa virada na sua vida:

A volta da sua paixão de infância, se apaixonar por ela de novo, começar a namorar ela, ter um momento intimo com ela, esquecer dos hematomas, ela vê, diz que foi na academia (mentido), ela descobre indo na sua casa e dormindo no quarto da Ambre, vai até o Viktor pedir ajudar, ele a ajuda e os dois denunciam o pai de Nathaniel. Agora seu pai tem um mandato que não pode se aproximar dele, longe dos pais, vê a irmã na escola apenas.

E o que vai fazer no natal?

Onde vai passar o natal?

— Meu Deus, Nathaniel vai queimar minha panqueca!

Um Feliz Natal pro NathanielOnde histórias criam vida. Descubra agora