The Only One

You're enough for me, my Sun

Desde o começo do primeiro ano na faculdade de Engenharia, Kongpop havia passado por muitas coisas até conseguir chegar onde estava agora. Faziam seis meses que ele e Arthit haviam começado uma relação e com ele sendo um veterano do segundo ano e Arthit do quarto, eles mal tinham tempo para verem um ao outro em grande parte do tempo. As responsabilidades eram grandes e a relação no geral não tinha intimidade, a não ser que Kong forçasse um pouquinho a barra, considerando que seu namorado nunca investia em dar um passo mais íntimo na relação.

Esses pensamentos estavam rondando faziam meses a cabeça do veterano mais novo, ele queria que as coisas funcionassem com os dois, por isso queria dar um passo a mais no que estava sentindo, queria demonstrar fisicamente o quão apaixonado pelo homem ele era. Kong não achava que o amor era algo carnal, ele sabia que Arthit o amava, mesmo que as vezes ficasse confuso com as decisões do quase formando, o outro acreditava nesse sentimento, mas queria tocá-lo e sentí-lo, ter certeza que nada iria separar os dois. Sabia que tinha diferença entre fazer algo com um homem e com uma mulher, sabia que não tinha experiência, mas ele queria aprender todas essas novas sensações com seu namorado. Ele tentaria essa noite.

-No que está pensando? Estou te chamando fazem quase cinco minutos!- sentiu alguém lhe dar um empurrão leve no peitoral e logo saiu de seus devaneios. Arthit estava em pé a sua frente, o esperando para irem pra casa.

-Em nada demais- ele sabia que estava sorrindo, nunca conseguia parar de sorrir perto de Arthit.

-Então vamos, quero passar para comprar comida, ficar te esperando sair do seu mundinho me deixou com fome!

Suas respostas sempre continham um tom mais mal-humorado, mas isso realmente não importava para Kongpop, ele sabia que o homem à sua frente na verdade tinha uma alma tão doce quanto o leite de rosas que tanto gostava.

Eles caminharam por um tempo até um restaurante qualquer, sem falarem muita coisa além de perguntarem um ao outro coisas como "seu dia foi bom?" e se manterem em um silêncio agradável. Kongpop decidiu pedir omelete com carne de porco moída e arroz, Arthit pediu ovos com manjerição, arroz e carne de porco, pediram um leite de rosas e chá gelado para acompanhar e uma vez que o pedido estava pronto, dividiram a conta (o que quase rendeu uma discussão, no qual Kongpop sempre vencia), saindo do restaurante para irem ao apartamento do rapaz mais novo.

-Eu não te vi no intervalo- começou Arthit, olhando para Kongpop, que olhava para a calçada pensativo.

-Estava ajudando Anong com o dever de física- um sorriso apareceu no rosto de Kongpop, que havia notado que seu belo namorado o encarava e por isso sorria, mas o outro não entendeu assim e rapidamente arqueou a sobrancelha.

-Você passa bastante tempo com ela...- o tom de voz de Arthit estava mais irritado, Kong notou.

-Ela é caloura, precisa de mais ajuda para se adaptar- Kong parou na frente de Arthit, que o encarou de cima a baixo e fez uma espécie de careta onde sua boca se torcia em uma careta de quem se esforçava para não demonstrar a irritação.

-Você acha ela bonita?

-Ela é bastante bonita, seu nome já diz*-um riso leve saiu dos lábios do mais novo e Arthit se segurou para não revirar os olhos.

-E você gosta dela?- o outro parou de sorrir, mas quando percebeu o que Arthit sentia, um novo sorriso ameaçou aparecer.

-Ela é realmente bonita, mas eu tenho um namorado...-Kong se aproximou um pouco, para não precisar ser ouvido por ninguém além de Arthit- e para mim, não há ninguém mais bonito que ele.