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C.D.

A claridade invadia os meus olhos, e o sol batia no meu rosto de uma forma absurda, fazendo com que em pouco tempo de contato com a luz do dia eu já estive começando a suar.

Se fosse um dia comum eu provavelmente estaria incomodado com isso e logo entraria no meu carro para ligar o ar, mas pelo o que estou vendo não trouxeram o meu bebê para a delegacia.

Como eles esperam que eu vá embora sem um automóvel?

Pensa Cameron, tem que ter algum jeito de você ir para casa.

Olho ao redor e só vejo um ponto de ônibus com os ferros enferrujados do outro lado da rua.

Nem morto que eu vou ali

Penso em chamar o uber, mas lembro que minha mãe não sabe que eu fui á uma festa, e eu precisaria pegar o meu carro porque ela provavelmente vai pensar que eu fui assaltado ou coisa do gênero se eu chegar de uber.

Mas eu não sei como pegar o carro, afinal apesar de ser só 5 minutos dirigindo são aproximadamente 30 andando.

Olho em volta pra ver se eu acho alguma salvação e os meus olhos novamente batem no maldito ponto de ônibus.

Eu infelizmente vou ter que me submeter a isso

Atravesso a rua bem puto, porém não deixo de erguer a minha cabeça e olhar com arrogância toda aquela gente esperando o veículo, afinal, eu sou um Dallas.

Ao chegar, fico em pé sem querer manter muito contato com aquela gente, que ficava me olhando fixamente como se eu fosse um prêmio.  Não que pra aquele povinho eu não seja né.

Fico ali parado mexendo no celular por aproximadamente 40 minutos, quando vejo um ônibus vindo em direção ao ponto.

Amém

Apresso o meu passo afim de ser o primeiro a entrar no mesmo. Ao subir as escadinhas enferrujadas do mesmo, vejo o trocador me olhando fixamente, porém logo tira sua atenção de mim e fala:

- É R$3,50. - O tal homem fala e logo percebo uma coisa.

EU ESTOU SEM GRANA
SEM GRANA
S E M  G R A N A

Pensa Cameron, pensa, o que você pode fazer pra passar por essa roleta?

Já sei

- Érrr... Eu tô meio que sem grana mas... - Tiro o meu relógio da Hublot do pulso cuidadosamente e estico na minha mão - esse relógio serve? Posso te assegurar que ele vale mais que todo o dinheiro que um dia o senhor vai ganhar na vida trabalhando como trocador.

O homem me olha desconfiado e pergunta:

- E como você pode me assegurar que isso não é falso? - O QUÊ? Falso? Esse cara realmente não sabe com quem está falando.

- Meu querido, eu sou Cameron Dallas, nada que eu um dia usar será falsificado.

- Meu anjo, você pode ser o papa, sem me pagar não entra no ônibus.

- Vamos fazer o seguinte então, pesquisa o meu nome na internet e vê se não é a mesma pessoa. - Falo já estressado, por que essas coisas só ocorrem comigo?

- Tá. - O homem fala seco e pega seu celular, o que me faz revirar os olhos. Ele acha que está falando com quem? Qualquer garotinho estúpido? Babaca.

Após o tal cara começar a fuçar o seu celular, vejo o homem arregalar os olhos e começar a intercalar o olhar entre mim e o telefone, o que me fez lançar um sorriso convencido em direção ao trocador. Parece que o jogo virou, não é mesmo?

- É... É... Sen...Senhor...Dallas? - O homem falou nervoso, sabendo a merda que tinha feito ao desconfiar da minha palavra.

-Sim. - Disse frio e arrogante, aquela jentinha não merece o meu carisma. - Agora vai me deixar passar ou não?

- Po...Po...Pode. - O homem disse, me fazendo pegar o meu relógio de volta e entrar gratuitamente no veículo. Ao girar naquela roleta cheia de vermes, percebo que só tem um lugar para me sentar no último banco do ônibus, lá no fundo. Suspiro derrotado e vou para o local.

Olho em volta e vejo o quanto o lugar é vandalizado, cheio de pichações e frases, além de ser completamente sujo e mal preservado. As pessoas me encaram muito e aquilo me incomodava, mas fiquei quieto porque aquela dia já tinha começado de maneira péssima.

Olho para a janela e percebo a casa de Charlotte se aproximando, e logo um ponto de ônibus um pouco mais à frente.

Espero o veículo parar e me levanto, esperando com o resto da minha paciência a porta abrir. Desço e logo me deparo com o meu carro e finalmente fico feliz por alguma coisa hoje.

Abro o veículo, me sento e finalmente me sinto em paz. Finalmente irei para casa. Coloco a chave no carro, giro e ele não liga. Giro de novo e nada acontece. Desesperado, começo a olhar para todos os lados do carro e ao virar percebo um papel no banco de trás. O pego e ao ler o que está escrito toda a minha paz vai embora se transformando em raiva.

"Não vai ser tão fácil se livrar de mim camarãozinho.
kisses,
                                                            -C.S."

Essa menina está brincando com fogo, mas o problema é que a minha especialidade é gelo.

Começo a arquitetar um plano e depois de pensar bastante tenho uma ideia brilhante:

Eu irei conquistar a bad girl, descobrir alguns de seus podres e espalhar para todo o colégio.

Quero ver se ela vai continuar a pagar de fodona quando algum segredo dela vazar para toda a escola. Ainda corre o risco de ser deserdada. Plano perfeito, ou talvez não.

Pego o cartão reserva que fica dentro do meu carro e peço um uber para voltar pra casa, não ligo se irei levar uma bronca. E sobre o carro? Eu compro outro depois.

Fico pensando sobre o plano a noite toda, e espero que dê certo. Ele tem que dar certo.
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MIGASSSSSSSSXS
TAVA SUMIDA MAS VORTEI MEU POVO
Tinha parado por preguiça msm.

But I'm Back bitches
E agora é pra valer
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⏰ Última atualização: May 13, 2018 ⏰

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Bad Girl ▪C.D.Onde histórias criam vida. Descubra agora