Sete minutos [ji.kook]

[44] cause its our lie

[C O N T I N U A]

A mãe dele entrou primeiro no seu quarto, olhando para tudo com o cenho franzido, e Jimin bateu a porta, encostando-se nela, pedindo aos céus por energia em um momento como aquele.

A sua mãe finalmente virou-se para ele, vendo a mochila de Jungkook no canto e encarando-a com um franzir de sobrancelhas, logo sacudindo os ombros e encarando o filho.

''Ouça.'' Ele pediu, irremediavelmente. ''Jungkook não veio para aqui escondido se é o que pensa.'' Ele relutou em dizer aquilo, mas precisava.

''Não interessa o que eu penso para você, não é?'' Ela atirou, como se de alguma maneira quisesse usar a sua carta de mãe.

''Você nunca se importou com o que eu sinto no meio dessa confusão toda.'' Ele rebateu, mirando nos olhos da sua mãe, enfiando as mãos nos bolsos da calça, encostando as suas costas na porta e movendo o quadril para a frente. ''Não é justo?''

''Jungkook é uma criança, você sabe.''

''Ele não é.'' Jimin deu de ombros, sabendo que ele sabia a verdade e que era a sua mãe a enganada ali.

''Se você acha isso porque me trouxe para aqui?''

''Porque você está enganada sobre tudo o que pensa.'' Ele afastou-se da porta, aproximando-se dela com passos firmes. ''E ao contrário de você eu ainda sei distinguir quem é minha família e você ainda é minha mãe, eu ainda me importo com você.'' Ele agora sim, sentia-se preparado, vendo a sua mãe coçando as mãos. ''Está tudo errado. Você pensa que Jungkook está do seu lado depois de tudo o que você tem feito contra nós, mas ele não está porque ele não sabe.'' Jimin encolheu os ombros, pois era mais alto que a mãe, virando a cabeça para a olhar nos olhos. ''Por isso que eu não estou lá.'' Ele apontou com o queixo para o interior da casa. ''Porque eu decidi não fazer de você um monstro como você fez de mim e a cada segundo eu me arrependo.''

''O que você está dizendo?''

Jimin enfiou mais as mãos nos bolsos, mantendo em mente que ainda era a sua mãe na sua frente.

''Estou dizendo que durante todo este tempo em que você esteve me chutando, eu estava mantendo Jungkook perto de você.'' Ele sacudiu os ombros. ''E você nunca me agradeceu.'' Ele riu-se irónico, tão farto de tudo ali. ''Porque eu soube ver as coisas como elas eram, e você não.''

''Jungkook, ele é uma criança, ele, ele-''

''Ele não é uma criança!'' Ele acabou gritando, bufando para o ar em seguida, completamente irritado. ''Entenda que ele não é criança alguma.''

''Jimin.'' Ela tomou a sua posição, dando um passo em frente, o que só acabou por a deixar mais pequena. Apontou um dedo ao filho. ''Ele pode não ser uma criança agora, mas ele era quando meteu essa ideia ridícula na cabeça de estar apaixonado por você. Não entende o que aconteceu?'' Ela atirou, esquecendo que era o seu filho ali. ''Você foi quem lhe deu atenção no momento, e como dívida, ele simplesmente-''

''Eu entendo, mãe.'' Ele segurou-lhe nos ombros. ''Eu entendo que você ache impossível alguém me amar realmente, mas não faça isso com ele.'' Ele negou com a cabeça, largando a mulher. ''Mesmo que seja mentira, nos deixe viver, porque é a nossa mentira.''

''E você quer viver uma mentira?''

''Você não entende que eu só quero viver?'' Jimin atirou-lhe, jogando as suas fraquezas como se se pudesse livrar delas. ''Você nunca quis saber como eu me sinto no meio dessa merda toda, mas tudo bem. Só não venha fingir que soube o tempo todo.''

A sua mãe parecia um pouco incrédula, e Jimin sabia que era pelo palavrão inevitável que deixara a sua boca segundos antes.

''Você é um adulto e está prendendo uma.. Jungkook.''

''Ah... Não.'' Recusou-se. Naquilo não acreditaria. ''Não estou prendendo ninguém. Jungkook é livre de fazer o quer, Eu não lhe disse para pôr os pés aqui, entende? Eu não mando nele.''

''Você o prende de outro jeito.'' Insinuou, sem sinal de desistência.

''Sexual?'' Jimin quase riu quando ela não hesitou em acenar. ''Por favor, mãe.'' Ele revirou os olhos. ''Você devia saber que isso foi sexual antes de ser sentimental.'' Ela abriu a boca, incrédula, chocada. ''Já sei, o seu filho não é o bom suficiente para isso, mas encare a realidade.''

''Você fez isso com ele?''

''Eu não fiz nada!'' Ele exclamou, toda aquela raiva voltando. Entenda que Jimin não estava em um bom dia, de todo. ''Eu estou apresentando factos, e vai chegar um ponto que você não vai ter nada contra nós, entende?''

''Você não pode simplesmente admitir?''

''Admitir o quê?''

''Admitir que você sabe que isso vai terminar mal.'' Ela não hesitou, mais uma vez. ''Assim você pode voltar para casa, nós fingiremos que nada disso aconteceu. Jungkook entenderá que isso é tudo um equívoco. Você só precisa admitir.''

Jimin estava mais do que chocado, mal podia admitir que as sua mãe dissesse uma coisa como aquelas. No entanto, apenas curvou o rosto perante ela, sorrindo de lado e aproximando-se dela, usando a sua mão para segurar a dela, colocando-a por cima do seu peito.

''Você sente isso, não é?'' Perguntou-lhe, quase a ridicularizando. ''Sabe que eu tenho coração, não é?'' Continuou. ''Quem é você nesse momento? Você se esqueceu de quem eu sou? Não é por nunca ter aparecido com um namorado em casa que eu sou incapaz de ter um. Você me acha incapaz de amar?'' Largou a mão da mulher, ainda se insinuando sobre ela. ''Porque eu estou amando você nesse momento, impedindo-me a mim mesmo de ir lá e terminar com essa fachada, terminar com o número de pessoas que ainda amam você pela pessoa que você não é.'' Ele estava sendo bruto, duro, mas não via outra saída, olhe as barbaridades que a sua mãe dizia. ''E você nem capaz de acreditar nos sentimentos do seu filho é.''

''Jimin...'' Ela suspirou, tocando o ombro dele, com a cabeça baixa, fungando. ''Neném.''

Jimin riu, entendendo qual era a sua melhor jogada naquele momento.

''Você quer que eu chame Jungkook?''

[C O N T I N U A]

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N/a

Eu estou pensando se eu continuo escrevendo ainda hoje?