Sobrevivendo ao Prazer - Tentações (Livro I)

1 - NECESSIDADE

Mas outra história autora? Simmmmmmm. outra. Bom, essa aqui tem uma explicação. Foi um desafio que se transformou em presente de aniversário, muito adiantado por sinal. Uma leitora pediu que eu fizesse um enredo com policial e médica, eu disse que faria, mas não dei data, porém ela falou do seu aniversário em janeiro, e cara, eu sou tão boazinha que o presente está vindo com um mês de antecedência. E cá estou eu, mas uma história, e todas ganham. Essa aqui tem um teor bem sexual, pela sinopse dá para perceber, tentarei, vejam bem, TENTAREI chegar um pouco ao nível de Camila e Alessandra, mesmo sabendo que será difícil, mas será uma história emocionante, cheia de mistérios, e claro, muito romance, espero que gostem.

LANE, parabéns adiantado e espero que você goste do seu presente...

OBS: Quem leu Invasão de Intimidade e Dilemas do Coração vai gostar dessa também.

................................................... 

(Miami, fevereiro de 2017)

Os corpos se choravam como se não houvesse amanhã, as respirações ofegantes e o prazer, quase perfeito, era ideal para a mulher loira.

- Mais forte. _ A loira disse, trêmula.

A morena à sua frente ia o mais rápido e forte que podia, mas ainda assim era pouco para Anne. Ela se esforçou, porém sempre faltava alguma coisa. A loira tinha as pernas abertas, enquanto a outra estava entre elas, de pé no lado de fora da cama segurando as duas pernas de Anne no ar. Completamente exposta para a morena.

- Mais...

- Eu estou me reforçando aqui. _ A morena fala um pouco irritada.

Então Anne a olha e depois a empurra, fazendo o objeto sair de dentro dela. A morena quase cai, estava surpresa pela forma que a outra a empurrou.

- Sai.

- O que...

- Vai embora. _ Anne gritou.

- Você é maluca. Vou embora daqui mesmo.

A morena, muito bonita por sinal, tira o Strap-on e joga para o lado, depois veste suas roupas e sai do quarto, a loira logo escuta a porta da frente do seu apartamento bater com força. Anne já se encontrava encolhida na cama. Essa morena era mais uma que conheceu em uma balada qualquer, se pegaram e depois estavam transando, nem sabe seu nome, só queria saber que precisava de satisfação, precisava de prazer, de adrenalina, precisava esquecer, só sabia fazer isso através do sexo. Porque apenas ele a fazia tirar a imagem "dela" da sua mente.

- Inferno!

A loira diz para si mesma.

A mulher de cabelo liso, pele clara e olhos azuis, é de uma beleza singular, única, quando ela sorri parece que o mundo para, parece que toda a tristeza que uma pessoa sente se acaba, apenas aquele sorriso seria suficiente para um dia melhorar significadamente, porém nem todo mundo pensa assim, nem isso foi suficiente para "ela" ficar.

- É... O jeito agora é dormir.

Com isso a mulher acaba pegando no sono. Apenas com a lembrança dos dias em que se sentia completa.

...............................................

- Simons, bom dia.

A outra loira disse,

- Ei, Ester, bom dia para você também.

Anne disse segurando sua pasta e seu copo de café comprado na lanchonete em frente ao trabalho. Só pelo fato da loira mais velha ter falado com ela, já deixava as coisas melhores, o problema é que Anne sabe do interesse da mulher, porém Ester é boa demais, é perfeita demais para a legista a colocar nesse seu mundo problemático, dizer sim a ela é o mesmo que estragar com toda essa pureza encantadora da investigadora, a médica nunca se perdoaria por isso.

- O que tem para hoje? _ Anne pergunta.

- Encontraram outro corpo, está na sala apenas te esperando.

- Outro? _ A legista se assusta, era o terceiro só naquele mês.

- Sim, com as mesmas características, agora o delegado já se convence que se trata de um serial killer.

- Eu disse a ele, mas o homem é um turrão que sempre quer ter razão. _ A loira bebe de novo do seu café. – Enfim, vou lá, vamos ver o que aquele corpo nos diz.

- Certo, qualquer novidade só me chamar, esse caso ficou comigo.

- Sério? Parabéns. _ Anne foi até a menor e a abraça.

- O... Obrigada.

- De nada, vou indo.

Com isso sai de perto antes de deixar a mulher mais sem jeito. Era incrível como a personalidade de Ester mudava. De investigadora eficiente, calculista e fria, para uma mulher tímida que estava a fim da amiga de trabalho e mal conseguia falar perto dela.

- Está atrasada, Simons.

- Não, você está adiantado.

Anne coloca sua bolsa ao lado e joga o copo de café no lixo.

- Então, dessa vez conseguiu? _ Ele pergunta e a mulher suspira.

- Não. Cara, isso é tão frustrante, ela era gostosa "pra" caramba, sabia usar bem a cinta, mas... Merda, a imagem "dela" sempre vem à minha mente, aí já era, o tesão se transforma em raiva, acabei tratando-a mal.

- Você tem que parar com isso, Anne, transar não vai resolver o seu problema.

- Não resolve, mas me faz esquecer, até onde eu sei não faço mal a ninguém, na verdade elas nunca reclamam. _ O homem sorri fraco, mas sabe que a mulher apenas está adiando o inevitável.

- Porque não dá uma chance a alguém que pode te fazer bem?

- Tipo quem? _ Anne já terminava de vestir o seu jaleco.

- Ester, por exemplo.

- Você pirou? _ Ela encara o amigo. – Eu não poderia fazer isso, não que ela não seja atraente, ela é linda, mas olha para ela, parece um animal indefeso quando está perto de mim, eu iria devorá-la sem piedade, você conhece as minhas "necessidades".

- Ela pode te surpreender.

- Eu prefiro não arriscar, além do mais, ela... Ela não me atrai, você sabe como eu gosto de mulheres.

- Claro, claro, você gosta das mais... Como posso dizer... Machinhos... _ Ele fala sorridente.

- Idiota. _ Anne bate no braço do amigo. – Não é isso, eu fico sim com mulheres femininas, elas são gostosas para caramba, mas as minhas vontades em grande parte só se realizam com as mais dominadoras, então... Vamos mudar de assunto, o que temos aí?

O homem resolve não insistir, ele sabe que nada vai mudar o pensamento da amiga, enquanto se sentir bem transando com muitas mulheres, vai continuar fazendo, só assim Anne conseguia esquecer "ela".

- Você estava certa. Temos um serial killer.

- Eu sempre estou certa, Peter, sempre!

Os dois conversam e vão para a sala onde estava o corpo de uma mulher deitado na maca fria, seria um longo dia.