5 - CIÚMES

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Anne mal podia pensar, foi até a sala de análises, pegou alguns gases e ela mesma fez o curativo, foram apenas pequenos corte nas curvas dos dedos, mas faria um estrago. Gemeu ao perceber que estava mais uma vez se machucando por aquela mulher, e mais uma vez se arrependia.

Tentava não pensar, tentava não lembrar, mas seria impossível, apenas uma coisa a fazia sair de órbita e que se dane, ela faria isso. Pegou seu celular e procurou, encontrando o contato que queria. Digitou uma mensagem e não demorou a obter resposta, sorrindo com o resultado, logo marcaram o encontro. Anne desligou e saiu da sala, de longe viu Samanta sair da sala de Ester, que quando viu a loira foi ao seu encontro, Anne a abraçou com carinho, tudo sob o olhar da ruiva que travava o maxilar.

- Que loucura, em? Vamos trabalhar juntas.

- Então... Isso é a única coisa boa disso tudo. _ A loira disse sem esboçar reação.

- Tudo bem? O que aconteceu com a sua mão? _ A loira tenta segurar a mão da outra, mas a legista a puxa de volta.

- Eu me machuquei, nada demais. Tenho que ir.

- Espere, estava pensando, que tal comemorar? Sei lá, uma bebida depois daqui. _ Era a primeira vez que a investigadora chamava a mulher para sair.

- Desculpe, mas já tenho planos para hoje, pode ser outro dia?

- Ah, claro, tudo bem, eu... Bom, nos vemos por aí.

Ester sai sem graça, no dia que teve coragem leva um fora. Samanta ainda olhava as duas, agora entende o que Peter quis dizer, a investigadora era loura por Anne, sua Anne, aquilo seria um problema. A loira respira fundo e passa pela ruiva sem dizer uma palavra. Samanta até tentou chamá-la, mas a legista a ignorou e saiu, quando entra na sua sala Peter, logo ele está ao seu lado preocupado pelo curativo.

- O que aconteceu?

- Nada demais, o espelho ficou pior. _ Ela tenta fazer graça, mas ele não sorriu.

- Droga, Anne, você tem que manter a calma.

- Estou calma, pode ter certeza, ficarei melhor em algumas horas.

- Sério? É isso que vai fazer? Transar? _ Ele a encara intensamente.

- Sim, vou ter uma boa foda, vou gozar e amanhã estarei aqui, pronta para qualquer coisa. É assim que funciono, não tente mudar isso, não vai dar certo. _ Peter sabe que não.

- Você é uma mulher inteligente, sabe tomar decisões, se acha que isso vai funcionar, vá em frente.

- Obrigada. Eu já vou indo, qualquer imprevisto me ligue, se Ester procurar por mim ou precisar de mim, me ligue também.

- Pode deixar.

E com isso pega sua bolsa e sai da sala. Não demorou para estar em seu apartamento debaixo do chuveiro, deixando a água morna cair em seu corpo, era relaxante. Ela não queria pensar, se tivesse um botão de desligar o apertaria sem hesitar, mas não tem, o que resta fazer é isso. Depois deitou em sua cama e tentou dormir, era o que seu corpo pedia no momento.

Cerca de três horas depois acorda e não demorou para se arrumar, chegou a hora de fazer o que sabe de melhor, transar, foder, trepar, seja qual termo for, só precisava fazer seu corpo estar em completa adrenalina.

Trajando seu vestido preto, completamente colado no seu corpo, marcando todas as suas curvas, sua avantajada bunda, cochas definidas e barriga chapada, entrou no bar.

- Oi, eu jurava que você nunca mais me ligaria.

Anne se sente envergonhada, afinal mandou a mulher ir embora de forma cruel. Elas trocam um beijo na bochecha e depois a loira senta ao seu lado na mesa.

Sobrevivendo ao Prazer - Tentações (Livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora