Especial de Natal - UA

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— Tenho certeza que ele nem vem mais. — Petúnia riu com deboche.

— Ele vem, eu sei que vem. — Respondi espiando pelas cortinas.

Eu e James tínhamos começado a namorar fazia 5 meses, logo depois da Pascoa, e hoje, finalmente, eu iria apresenta-lo aos meus pais. Se Potter queria dar uma boa primeira impressão já tinha falhado. Meu pai estava ficando impaciente, minha mãe, nervosa e minha irmã e seu namorado-baleia não ajudavam em nada.

— Eu tenho dúvidas se esse rapaz realmente existe. — Disse ele em um sussurro audível.

— Provavelmente não — Petúnia concordou — Aposto que o namoro é fachada!

— Aposto que ela pagou para um cara e ele deu um bolo nela. — Valter e Petúnia riram maldosos.

O pior era que não era só meus pais ou Valter e Petúnia a esperar por James, mas no quintal de casa havia vários outros parentes que minha irmã fez questão de conta-los sobre meu "namorado invisível".

Todos eles nunca acharam que eu iria, um dia, achar alguém. Eu era a "antissocial". Nas reuniões de família eu era aquela que levava um livro ou ficava mexendo no celular. Mas o que mais eu podia fazer? Todos os meus primos são ou muito mais novos que eu ou muito mais velhos!

Olho no relógio. Já se passaram uma hora e meia do combinado.

Fui a cozinha pegar um copo de água. Minha mãe estava levando os pratos para a mesa lá fora. Ela pediu minha ajuda e eu não recusei. Era melhor do que ficar ouvindo os risinhos e flertes estranhos de Petúnia e Valter.

O quintal não era muito grande. De um lado as crianças brincavam na grama, do outro, na area de churrasco, os adultos se sentavam nas mesas, comiam, bebiam e conversavam. Estava tudo enfeitado e, no canto, havia uma arvore de natal. Sou suspeita para falar porque eu a decorei, mas ela estava bem bonita.

Coloquei o prato do lado dos outros e me deparei com minha tia preferida nesse mundo.

— Oi tia Agatha. — Dei um sorriso forçado.

— Oh Lily, como você cresceu! — Ela segurou a minha mão — Faz tempo desde a última ceia.

— Um ano para ser exata. — Ela riu como se eu tivesse contado uma piada extremamente engraçada.

Uma coisa que aprendi com experiência própria: não dê bola para tia Agatha. Ela é fofoqueira, intrometida e muito inconveniente.

Ela sempre preferiu Petúnia, não que eu me importasse com isso, mas é que sempre que me vê tem algo para criticar. "Você deveria ser como sua irmã", ela dizia. "Poderia pintar seu cabelo de loiro, assim como da sua irmã. Iria ficar bonito! ". Isso irrita!

— Então, fiquei sabendo que arrumou um namorado...

— Os boatos são verdadeiros.

— ... e que você o convidou.

— Pois é.

— Onde ele está? — Perguntou me lançando um olhar cético.

— Chegando. — respondi tentando me esquivar, mas ela agarrou meu braço e me guiou a uma mesa onde outras mulheres estavam.

James, por favor, chegue logo, pensei em desespero.

As mulheres conversavam sobre coisas banais que eu não estava interessada. As vezes elas se voltavam para mim esperando uma resposta. Eu apenas balançava a cabeça e dizia que concordava com qualquer uma. Elas pareciam satisfeitas e continuavam.

Minha mãe sempre me disse que tenho um ouvido bom, mas eu nunca tinha visto utilidade nisso. Até hoje. Consegui ouvi o barulho da campainha.

Graças a Deus.

Me levantei da cadeira e corri para dentro de casa. Quase atropelei minha mãe no processo. Petúnia, que estava mais perto, abriu a porta, dando de cara com James.

— Ahn, oi. — Ele fala dando um sorriso envergonhado. Queria ter uma câmera para poder tirar foto da cara de boba que Túnia fez — Aqui é a casa de Lily Evans?

— Oi! — Me adiantei dando um abraço nele — Que bom que veio, meu amor. Ah, deixa eu apresentar. — Me virei para minha irmã — Esse é o James, James essa é a Petúnia.

Ela me lançou um olhar incrédulo.

— Vamos lá para fora, quero te apresentar a minha família.

~*~

Demorou mas saiu

Feliz natal a todos (atrasado :D) e um prospero ano novo

Beijos S2


Conto dos MarotosOnde histórias criam vida. Descubra agora