Parte 1/ Cap.6 : quando a gente chegar em casa, a gente conversa bem baixinho

26 1 0
                                    

Passou-se os tempos de português quando Lorena havia chegado na sala. Todo mundo assustado com o seu rosto vermelho, estava na cara que ela tinha chorado horrores. Pegou seu material e sentou-se no outro lado da sala, longe do seu antigo grupinhos agora. Ficou viajando na aula de matemática, onde a professora estava explicando sobre frações mistas (assunto que a menina já sabia de cor e salteado).
Não passou muito tempo para a psicóloga ir chamá-la em sua sala. Foram andando para a sala da psicóloga, e Lorena já com aquelas lágrimas no rosto de deixar qualquer aluno que passava curioso para saber o que estava acontecendo.
Chegou na sala, sua mãe Shirlei já estava ao prantos...
-QUANDO A GENTE CHEGAR EM CASA, VOCÊ VAI LEVAR UMA SURRA[...]- falou Shirlei soluçando, soltando pouco ar pela boca, onde mal dava para entender o que dizia.
-Mas mãe, a senhora ia me[...]
-MÃE NADA, EU NÃO QUERO NEM SABER LORENA, EU SEMPRE TE PERGUNTEI SE ALGUÉM TOCA NA TUA PINTA E O QUÊ TU ME DIZIA?
-que ninguém tocava...
-POIS É, VOCÊ VAI LEVAR UMA SURRA, ALÉM TE ME TER MENTIDO PARA MIM, TER QUE ME FAZER PASSAR ESSA VERGONHA!
-Senhora, a senhora tem que conversar com ela, bater[...]- disse a psicóloga tranquila para toda a situação.
-QUEM CUIDA DA MINHA FILHA SOU EU, EU QUE SEI O QUE É MELHOR PARA ELA OU NÃO!
Nesse momento bate a campainha da escola para saída dos alunos. E logo a psicóloga diz:
-Lorena, pode ir para sala pegar seu material e esperar lá fora.
-Ok...
-E vai lá para fora, tua bisavó está lá em cima sentada.
A menina saiu correndo da sala da psicóloga direto para sua sala de aula, todos os alunos já haviam saído de sala, só estava a professora de matemática arrumando seu material para se retirar de sala. Lorena tentava esconder o rosto de choro da professora, mas não conseguia. Quando a professora passa pela aluna em direção da porta da sala, para e diz;
-Lorena, eu sei que não está tudo bem, mas vai ficar. Eu não sei o que você está passando, mas tudo fica bem depois...
-Ah tááá, fale isso para minha mãe que vai me bater hoje até sair sangue...
-Mas se ela fazer isso, é por algum motivo, nenhuma mãe faz essas coisas sem um motivo. Você deve ter dado algum motivo para ela...
-É professora, com certeza eu dei...
Agora eu preciso ir, tchau...
-Tchau Lorena, se cuida menina!
Lorena saiu correndo com a sua bolsa de rodinha, foi para onde sua bisavó estava.
Se sentou ao lado dela, onde abriu os braços e deixou a menina ficar confortável, abraçando-a.
-Lorena, o que aconteceu?
-Vó, depois a mamãe conversa com a senhora. Eu não estou em condições de conversar sobre isso agora. Desculpa...
-Ok, Lorena[...]
-Mas vó, se a mamãe tentar me bater a senhora me protege.
-Não sei Lorena, eu não sei o que aconteceu, e se sua mãe lhe der uma lição, eu não vou tirar o direito dela...

A mãe de Lorena surge, e manda a menina e a bisavó da menina entrar no carro, com aquele ar de raiva.
A menina senta no banco de trás onde sua mãe dirigia, quando ela diz olhando pelo retrovisor:
-Quando a gente chegar em casa, a gente conversa bem baixinho, tá?

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Dec 29, 2017 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

coisas intensas de uma pessoa intensa (parte 1)Where stories live. Discover now