Passou-se os tempos de português quando Lorena havia chegado na sala. Todo mundo assustado com o seu rosto vermelho, estava na cara que ela tinha chorado horrores. Pegou seu material e sentou-se no outro lado da sala, longe do seu antigo grupinhos agora. Ficou viajando na aula de matemática, onde a professora estava explicando sobre frações mistas (assunto que a menina já sabia de cor e salteado).
Não passou muito tempo para a psicóloga ir chamá-la em sua sala. Foram andando para a sala da psicóloga, e Lorena já com aquelas lágrimas no rosto de deixar qualquer aluno que passava curioso para saber o que estava acontecendo.
Chegou na sala, sua mãe Shirlei já estava ao prantos...
-QUANDO A GENTE CHEGAR EM CASA, VOCÊ VAI LEVAR UMA SURRA[...]- falou Shirlei soluçando, soltando pouco ar pela boca, onde mal dava para entender o que dizia.
-Mas mãe, a senhora ia me[...]
-MÃE NADA, EU NÃO QUERO NEM SABER LORENA, EU SEMPRE TE PERGUNTEI SE ALGUÉM TOCA NA TUA PINTA E O QUÊ TU ME DIZIA?
-que ninguém tocava...
-POIS É, VOCÊ VAI LEVAR UMA SURRA, ALÉM TE ME TER MENTIDO PARA MIM, TER QUE ME FAZER PASSAR ESSA VERGONHA!
-Senhora, a senhora tem que conversar com ela, bater[...]- disse a psicóloga tranquila para toda a situação.
-QUEM CUIDA DA MINHA FILHA SOU EU, EU QUE SEI O QUE É MELHOR PARA ELA OU NÃO!
Nesse momento bate a campainha da escola para saída dos alunos. E logo a psicóloga diz:
-Lorena, pode ir para sala pegar seu material e esperar lá fora.
-Ok...
-E vai lá para fora, tua bisavó está lá em cima sentada.
A menina saiu correndo da sala da psicóloga direto para sua sala de aula, todos os alunos já haviam saído de sala, só estava a professora de matemática arrumando seu material para se retirar de sala. Lorena tentava esconder o rosto de choro da professora, mas não conseguia. Quando a professora passa pela aluna em direção da porta da sala, para e diz;
-Lorena, eu sei que não está tudo bem, mas vai ficar. Eu não sei o que você está passando, mas tudo fica bem depois...
-Ah tááá, fale isso para minha mãe que vai me bater hoje até sair sangue...
-Mas se ela fazer isso, é por algum motivo, nenhuma mãe faz essas coisas sem um motivo. Você deve ter dado algum motivo para ela...
-É professora, com certeza eu dei...
Agora eu preciso ir, tchau...
-Tchau Lorena, se cuida menina!
Lorena saiu correndo com a sua bolsa de rodinha, foi para onde sua bisavó estava.
Se sentou ao lado dela, onde abriu os braços e deixou a menina ficar confortável, abraçando-a.
-Lorena, o que aconteceu?
-Vó, depois a mamãe conversa com a senhora. Eu não estou em condições de conversar sobre isso agora. Desculpa...
-Ok, Lorena[...]
-Mas vó, se a mamãe tentar me bater a senhora me protege.
-Não sei Lorena, eu não sei o que aconteceu, e se sua mãe lhe der uma lição, eu não vou tirar o direito dela...A mãe de Lorena surge, e manda a menina e a bisavó da menina entrar no carro, com aquele ar de raiva.
A menina senta no banco de trás onde sua mãe dirigia, quando ela diz olhando pelo retrovisor:
-Quando a gente chegar em casa, a gente conversa bem baixinho, tá?
YOU ARE READING
coisas intensas de uma pessoa intensa (parte 1)
Short StoryPode até parecer uma viagem, mas o que esperar de Lorena? Com apenas 15 anos esconde algumas coisas por trás daquele seu sorriso com aquele seu aparelho que visualmente todos já haviam acostumado. Sempre tentando ser melhor, não ser melhor do que e...