Parte 1/ Cap. 4: às vezes é melhor ficar calado...

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Passaram-se dois dias, e apenas o que se falava no grupinho das meninas era o fato de Lorena ser a única não virgem, tanto do grupinho, quanto da sala, talvez de toda 5ª série.
Talvez era disso que ela gostava, de ser a comentada no grupo. Mas isso foi por pouco tempo...
Mal sabia que as meninas já estavam tramando pelas suas costas, e o pior, da forma mais cruel possível.

Em uma das aulas de português, Lorena foi chamada na sala da orientação da escola. Lorena se dirigiu para sala da orientação já preocupada,porque Anne, uma das meninas do seu grupo, era sobrinha da orientadora.
Quando viu que onde estavam os alunos normalmente, não havia nenhum, sentiu um desespero vindo de um nó na sua barriga. Deu passos leves antes de abrir a porta, onde via, através de uma janelinha pequena ao lado da porta, a orientadora e uma mulher que nunca havia visto na escola. Respirou fundo para engolir aquele nó na garganta que estava quase se transformando em lágrima antes de tocar na maçaneta da porta.
Entrou e a primeira coisa que disse foi:
     - O quê aconteceu? Eu não fiz nada, ok?
     -Sente-se Lorena, temos algo muito importante para conversar, e fazer-lhe algumas perguntas...
     -Olha, se for para falar do que eu disse para as meninas, era mentira,  ok? Agora vocês podem me deixar ir embora, a aula de português tá bem interessante hoje.
Nesse momento a orientadora sai de sua mesa, passa para trás de Lorena e tranca a porta.
      -Lorena, você acha certo o que aconteceu?
      -Não, mas por favor, eu não disse nada demais, destranquem a porta, e deixem-me ir.
A mulher que estava junto com a orientadora observava o comportamento de Lorena e apenas fazia anotações em um caderno sobre a suas pernas cruzadas.
     -Quem é está mulher? O que ela está fazendo aqui? Se você quiser conversar comigo sobre isso, tire-a daqui, e prometa que não irá contar nada para minha mãe. Assim, poderemos conversar numa boa sobre isso. - disse Lorena com um nó engatado na garganta, quase chorando.
     -Ahhhhh, então não era mentira? Essa mulher que está no meu lado, é a psicóloga da escola. E Lorena, isso é um assunto muito sério, não pode tratar essas coisas com tanta naturalidade assim. Você precisa nós contar para passarmos para sua família o que está acontecendo.
     -Por favor, não conte nada para minha mãe, eu imploro! Se você contar isso para ela, ela vai me bater muito, você não está entendendo!?
A orientadora de Lorena lhe dava muito medo, ela tinha olhos muito grandes, que pareciam que iam sair da órbita ocular, tão precisamente verdes quanto quando a orientadora falava e batia com o dedo indicador na mesa, e suas unhas faziam tanto barulho, que parecia quebrá-las com tanta força que ela botava para bater na mesa. Isso fez com que Lorena entrasse em desespero e querer sair daquele local o mais rápido possível.
A menina começou a espernear na frente da orientadora e da psicóloga, e aos poucos ia dando detalhes sobre o tal fato de seu primo abusar dela sexualmente.
Ela não entendia ao certo, mas sabia que queria sair daquele local o mais rápido possível, e respondia tudo o que as mulheres perguntavam logo, assim sairia mais cedo daquele local.

coisas intensas de uma pessoa intensa (parte 1)Where stories live. Discover now