Please stop

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Sentei-me ao lado de Scott que olhava para o nada e deixei algumas lágrimas cair. Melissa e a minha mãe ontem acabaram por ser alvejadas e estavam no hospital e agora, eu e Scott esperávamos alguma notícia acerca das duas.

"Acho que ela tem coagulopatia."- ouvi o médico dizer. "Eu preciso de outra sutura."

Neste momento, Melissa era a que estava mais próxima do perigo.

"A bala não atingiu a aorta ascendente. O branquiocefálico está intacto."- ouvi o médico a dizer durante a operação.

"Lamento imenso Scott."- disse colocando a minha mão sobre o ombro direito do mesmo.

"A hemodinâmica está estável. Ela ficará bem."- ao ouvir isso Scott e eu ambos soltamos um suspiro de alívio.

Uns minutos depois o médico veio ter com Scott dizendo que o mesmo já podia ir ver a sua mãe e que eu, finalmente, podia ver a minha.

Entrei pelo quarto da minha mãe e vi que ela ainda não estava acordada. Sentei-me na cadeira ao lado da sua cama e deitei a minha cabeça na cama, entrelaçando a minha mão com a da minha mãe. Primeiro o meu pai e a seguir a minha mãe. A única que me resta, a mulher que me fez acreditar que o amor á primeira vista existia. Na noite em que o meu pai morreu estávamos todos distraídos a lutar contra uma alcateia de alfas e nem vimos a seta a atingir-lhe no peito. A história repetia-se e parece que não irá ter fim.

Deixei lágrimas correrem pelo meu rosto descontroladamente e só as limpei assim que ouvi a porta do quarto onde estava a abrir-se.

"Megan?"- ouvi. "Vamos."

Virei-me e vi Scott.

"Onde?"- perguntei virando-me para olhar o rosto da minha mãe.

"Chega de correr."- disse ele. "Nós vamos lutar de volta."

Olhei para o mesmo e ele lançou-me um sorriso simpático. Lentamente levantei-me e dei um beijo no rosto da minha mãe.

"Por favor, melhora depressa."- sussurrei bem baixo e, de seguida, saí.

Ao sairmos do hospital encontramo-nos com Malia e logo seguiu com o plano de Scott.

"Megan, eu e a Malia vamos tratar disso com o Deucalion, queres ir connosco?"- perguntou Scott.

"Scott..."- falei enquanto abraçava eu mesma. "Eu não acho que lutar de volta vai fazer com que eles parem."

Scott assentiu e olhou para Malia.

"Eu compreendo."- disse ele. "Mas eu garanto-te que vamos conseguir os parar."

"Está bem."- disse olhando para o chão.

Scott e Malia disseram-me adeus e depois partiram para a casa de Scott, restando apenas eu na entrada do hospital. Tirei o meu telemóvel do bolso e liguei para a única pessoa que precisava naquele momento, o Liam.

"Megan, olá!"

"Olá Liam, será que podes passar pelo hospital agora?"

"Porquê? O que aconteceu?"

"Ontem á noite, a minha mãe e Melissa foram alvejadas por um dos caçadores e Mason e Lydia ficaram feridos mas com pouca gravidade."

"Já vou aí ter."

Assim que Liam desligou a chamada e encostei-me á parede e fiquei á espera, o que não demorou muito. Entrei no carro do Liam e apenas disse um olá. A viagem foi feita em silêncio até á minha casa, a música baixa do rádio era tudo o que podia se ouvir no carro.

Mal Liam estacionou o seu carro na parque da escola o mesmo saiu dele praticamente a correr. Revirando os meus olhos, segui-o pois sabia como é que isto iria acabar. Ao entrar no balneário dos rapazes vi Liam a atira Gabe ao chão.

"Eu não sei de nada. Juro"- suplicou Gabe enquanto colocava os seus braços á frente da sua cara. "Eu não sei o que aconteceu na casa do Scott."

Ao dizer isso, senti o cheiro a raiva crescer no Liam que agarrou Gabe pela sua blusa e levantou-o.

"Sabes quem estava lá?"- disse Liam. "Sabias que o Mason estava lá? A Megan? A mãe dela?"

"Não, não sabia nada."- disse Gabe com medo. "Não sei de nada."

Ao acabar de dizer isso Liam virou-o e encostou a cara de Gabe contra o espelho.

"Talvez não tenhas reparado mas eu tenho tido problemos em controlar a minha raiva."- falou Liam pressionando ainda mais a cara de Gabe no espelho. "Quando coisas acontecessem aos meus amigos, á minha namorada e á sua família, não o consigo evitar."

"Não, Liam, espera, por favor..."- gemeu Gabe com dor.

"Eu fico tão zangado!"- gritou Liam pressionando cada vez mais a cara de Gabe no espelho que acaba por se partir.

"Pára, Liam, por favor..."- suplicou Gabe.

"Achas que vou-te matar?"- perguntou Liam. "Achas que somos assassinos? Talvez deveriamos ser."

"Liam, por favor pára..."- sussurrei.

"Vais mesmo matá-lo?"- ouvi alguém perguntar do nada o que me fez pulo assustada. "Digo, não me importo se o fizeres. Mas pensaste bem sobre isto? Fazes ideia de onde irás largar o corpo?"

"Theo por favor cala-te, não estás a ajudar."- disse o olhando.

"Ninguém te viu a apanhá-lo, certo?"- perguntou Theo olhando para Liam. "Porque isso podia ser um problema."

"Não quero saber."- respondeu Liam.

"Também não quero saber."- falou Theo."Pelo menos deixa-me ajudar. Sou eu que tenho a experiência."

"Por favor parem."- disse.

"Se o matarmos temos que achar as testemunhas e matá-las também."- disse Theo fazendo-me revirar os olhos. "Isso significa que vamos precisar de pás, alguns sacos para os corpos, talvez uma serra elétrica."

"Liam, pára."- susssurei e assim o fez.

"Mostraste o teu ponto de vista."- disse Liam para Theo.

"E não o mataste."- disse Theo. "Isso é um progresso."

"Porque é que continuas a tentar salvar-me?"- perguntou Liam colocando-se ao meu lado. "Achas que isso vai fazer com que Scott esqueça tudo o que fizeste e que ele vai deixar-te entrar para a alcateia? O Scott nunca vai confiar em ti."

"Podes querer recordar-te de qual foi o objetivo do Scott."- começou Theo. " Manter as pessoas vivas."

"Ele devia esforçar-se mais."- falou Gabe ainda deitado no chão.

"Do que é que estás a falar?"- perguntou Liam virando a sua atenção para Gabe.

"Tu não sabes, pois não?"- perguntou Gabe sentando-se.

"Não sabemos do quê?"- perguntei.

Ao ver que Gabe não respondia Theo foi até ele e agarrou-o colocando a sua cabeça contra o o espelho partido.

"Sobre os outros corpos."- disse Gabe.


Ghost Riders- Liam Dunbar 2Onde histórias criam vida. Descubra agora