Annie || Brian Kang DAY6 ||

Capítulo 6

* Aviso: Contém cenas de sexo e nudez. *

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Brian manteve a mão firme ao redor do cotovelo de Annie enquanto a conduzia em direção ao seu carro, no estacionamento. Uma das primeiras regras do boxe era não lutar com raiva, o que dava uma vantagem ao seu oponente. Ele tinha descoberto que a lição também se aplicava em todas as áreas da vida, portanto, não ia dizer nada até que estivesse totalmente sob controle. Um estado difícil de imaginar quando a raiva pulsava no mesmo ritmo das batidas de seu coração.

Estava mais do que irritado. Podia sentir as emoções fervendo em seu interior. A necessidade de extravasar tais emoções, de gritar, algo que nunca fizera, quase o dominou.

- Pode falar - murmurou Annie calmamente quando eles chegaram ao carro.

Brian apertou o botão para destravar as portas, então abriu a de Annie.

- Eu não tenho nada a dizer.

Ela fez uma careta.

- Você está praticamente espumando pela boca. Precisa colocar isso para fora.

- Eu estou bem - replicou ele, esperando até que ela entrasse no carro antes de fechar a porta.

Rodeou o capo e acomodou-se atrás do volante. Annie pôs uma mão sobre seu braço.

- Brian, você se sentirá melhor se falar.

Ele virou-se para ela, fitando fixamente os olhos azuis, quase vibrando de raiva.

- Você não tinha o direito.

- Então você está zangado.

- Que diabos você estava pensando?

Annie suspirou.

- De que adiantou a aceitação calorosa?

Ele estreitou os olhos.

- Perdão?

- Antes, na festa, quando eu levei o aparelho de karaokê e me humilhei cantando e salvando o dia, a aceitação foi calorosa. Mas agora, só porque eu fiz uma simples sugestão, você está aborrecido.

- Uma simples sugestão? É assim que chama isso? Você não tinha o direito. Isso não é problema seu. Nosso acordo não lhe dá nenhum tipo de autoridade sobre minhas decisões. Você não sabe sobre o que está falando, e por causa disso, tenho de lidar com seu estrago.

Ela assentiu lentamente.

- Sente-se melhor?

- Eu não sou uma criança para ser aplacada.

- Já entendi que a resposta é não.

Annie não estava com medo dele. No fundo da mente, Brian apreciava o fato de que ela permanecia sentada calmamente enquanto ele extravasava. A maioria das pessoas não era capaz de fazer isso. Tinham muita ciência do tamanho dele, de sua história passada, de sua habilidade de destruí-los fisicamente se seu humor demandasse.

Annie virou-se em direção a ele.

- Não é uma má ideia.

- Não é você quem tem de pagar por isso.

- Você já está pagando - argumentou ela de modo racional. - Pais precisam faltar ao trabalho porque não existe uma creche disponível. Ou não podem trabalhar até mais tarde. Estão sempre preocupados com os filhos. Pessoas preocupadas não fazem um trabalho tão bom.

- Eu não vou oferecer uma creche na companhia. Isso é ridículo.

- Por quê?

- É caro e desnecessário.