pride

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Muito se fala sobre o grande amor da sua vida, alguns dizem que ele é único. Que você viverá ele só uma vez. Então não o deixe ir, você não terá outro.

Mas também tem quem diga que já viveu o amor mais de uma vez, mas certamente só um marcou, só um realmente foi amor. Amor não é como algo na que simplesmente a pessoa decide viver ou não, ele vem e te prende. E ele é único, não há dúvidas sobre isso mesmo que o digam o contrário.

Quando seu despertador tocou era as 6:30 da manhã, como de costume ela virou para o lado oposto da cama em busca dele. Mas novamente ele não estava alí. Faziam exatos 4 meses, desde que ele partiu. E nesses 4 meses ela não soube o que era dormir e acordar em paz. Dormia pensando nele e acordava procurando por ele, mas não admitiria isso nunca. Nem para si própria.

Enfim decidiu levantar da cama, sua vida não se resolveria com ela deitada. Olhando para o teto e pensando. Pensando nele.

As 7 da manhã saiu de casa para sua caminhada matutina diária. Ela sabia que esse horário não era propriamente cedo para caminhadas, quando ela chegava ao Centro Park muitos já iriam de saída. Lembrou-se das várias vezes que ele o acompanhava, forçado é claro. Mas lhe acompanhava.

"— Vida, pelo amor de Deus são 6:30 da manhã. Deveríamos voltar a dormir, temos mais uma hora para isso. Vem amor! — disse tentando puxar sua esposa de volta para a cama. — Ou podemos fazer outra coisa. — Sugeriu maliciosamente, com um meio sorriso de lado.

— Para Jorge, deixa de ser preguiçoso.— Ela estava sentada na borda da cama, terminando de calçar o tênis que ela usava para corrida. — Levanta! — Ordenou sem já muita paciência.

E mesmo resmungando como uma criança sendo contrariada, ele seguiu com ela para a caminhada. Não tinha nada que ela pedisse, ou melhor, mandasse, que ele não fazia por ela. Meia hora depois, os dois já estavam caminhando em meio ao Centro Park. Conversando e rindo de qualquer besteira naquele horário da manhã. Por mais que quisesse ficar chateado com ela, só bastasse ela sorrir para ele que o mesmo se derretia ao instante por ela."

Por volta das 8 da manhã ela chegou em ao frente de luxuoso prédio em que morava. Despreocupada com horários, já que tinha vantagens em ser chefe de um departamento, não precisaria de hora para chegar na empresa. Não que ela abusasse disso, era sempre umas das primeiras chefes de toda a empresa a chegar. Levava seu trabalho muito a sério. Apesar de relativamente ser jovem para o cargo, já que tinham secretarias da mesma idade trabalhando para ela.

Trabalhava como advogada corporativa em um dos mais requisitado consultório de advocacia de New York, a exatos 8 anos e a 2 atrás, tinha se tornado chefe do departamento corporativo. Iniciou sua carreira lá como estagiária, mas com muito esforço e dedicação teve seu reconhecimento merecido na empresa. E passando por preconceitos só por ser mulher, uma bela mulher. Como o fato de ser bonita, excluía a inteligência dela.

— Bom dia, John. — Cumprimentou o porteiro de seu prédio enquanto entrava no hall.

O homem tinha sua atenção no jornal abertos em sua mãos. Mas ao ouvir a voz da castanha, levantou sua vista em direção da simpática moradora do prédio e sorriu lhe mostrando os dentes.

— Bom dia, Senhora Salinas.— Disse o mais formal que pode. É, não deixou de ser a senhora Salinas.

Desde que se mudou para o prédio, John já trabalhava nele. Ele já era um senhor de meia idade, tinha seus belos grisalhos na cabeça. Como marca de tempo, assim como as rugas em seu rosto. Mas Silvia, tinha muita afeto por ele. Ele lembrava já seu finado avó Joseph.

— Você sabe que não precisa me chamar por senhora, por deus já nos conhecemos a bom tempo. — Deu um sorriso sincero ao homem. — É  Silvia para você.

Pride and LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora