Sobreviventes

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Park Ji Sung sentou-se no chão da ambulância, bem na ponta, encostado na porta e apertando o inalador contra o seu rosto

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Park Ji Sung sentou-se no chão da ambulância, bem na ponta, encostado na porta e apertando o inalador contra o seu rosto. Estava exausto, cansado de tossir e com as roupas e o corpo manchados de preto por conta das chamas as quais tivera de enfrentar. Por sorte, não se queimou, e não graças ao sistema de segurança contra incêndio da escola. Aquela porcaria nem havia funcionado.

— Mais um! Mais um! — era um paramédico gritando, e Park Jisung virou o seu rosto para não ver o corpo queimado que transportavam. Mesmo que estivesse vivo, era muito sofrimento para os seus olhinhos inocentes.

Mas ele chorava... E como chorava! E as pessoas estavam lhe perguntando coisas, embora ele só quisesse que aquilo fosse um pesadelo tenebroso da sua cabeça. E seu amigo saíra agarrado num bombeiro, e ele parecia exausto e sua calça estava queimada. As pessoas correram para o socorrer, mas Jisung ficou no seu lugar.

— Você está bem? — Jisung tirou o seu inalador do rosto e o entregou para o seu amigo, logo quando fora posto sentado ao seu lado.

— Estou com algumas queimaduras na perna... Ah... Acho que nada grave! – calou-se quando um dos paramédicos lhe entregou um inalador, colocando-o para respirar.

— É melhor colocar isso de volta, garoto — o mesmo o homem falou para Jisung, o qual colocou o seu inalador outra vez.

— Jisung... Você viu o que vi? — seu amigo sussurrou, mas depois obedeceu o paramédico que já estava mandando-o colocar o inalador outra vez.

Depois disso, silêncio. Ou melhor, apenas a gritaria das pessoas e os gritos abafados do seu amigo, Jeno, ao seu lado, quando o especialista tratava da sua queimadura na perna. Mas logo já estava com uma atadura, e o médico deixou claro que teriam de levar todos para o hospital. Era apenas questão de tempo. Logo mais, um grupo de garotos saíram pela janela e toda a atenção foi levada até lá, juntamente com aqueles homens que estão ali para ajudar e salvar vidas.

Jeno olhou ao redor, e então encontrou aquele semblante já conhecido. Ele estava em outra ambulância, e parecia estar mascando chiclete enquanto olhava para um relógio de pulso que estava aberto em suas mãos.

— Aquele ali... — Jae No aproveitou que ninguém estava prestando atenção nele e retirou o inalador, apontando para o garoto com a goma de mascar.

Jisung se virou naquela direção, e apertou os olhos marejados para enxergar.

— Ele olhou para a minha cara... — fez uma pausa para engolir em seco, para depois perceber que estava morto de sede — ... E ele sorriu. Ele... Olha para mim, Jisung! — Jeno virou o rosto do mais novo na sua direção — Eu não consigo sorrir assim... Mas... Eu pedi ajuda para ele, eu chorei e implorei. Estava ardendo muito, Jisung! Sorte que você não se queimou, mas foi horrível! E ele olhou em meus olhos e sorriu.

Jisung ficou calado, observando o amigo visivelmente alterado e agoniado, estava agitado também, sem mencionar a preocupação que tinha pelos outros amigos que ainda estavam dentro daquele (quase literal) inferno.

— E eu olhei nos olhos dele e... Juro! Eu juro que vi as chamas ali! E seu sorriso era... De divertimento?! — contava — Eu fiquei assustado, eu pensei que iria morrer! Mas ele foi embora e me largou preso! Se não fosse por Jaemin...

— Onde ele está? — Jisung se preocupou, assustado e não querendo pensar no pior.

— O teto da sala cedeu quando íamos passar. Só eu consegui fazer isso, mas ele disse que iria tentar sair pela janela... Eu confio nele. Eu sei que ele vai conseguir — o garoto estava sendo otimista.

Seus olhos pareciam um céu estrelado de tão brilhantes que ficaram quando viu quem fora o garoto que conseguiram resgatar, o qual estava saído pela janela, junto com alguns outros. Era Jaemin, e ele não parava de tossir. Suas roupas também estavam queimadas, mas ele não perecia ter sido ferido. O que foi um alívio para todos. Outros garotos também conseguiram sair, junto com alguns bombeiros que entraram com mangueiras para o resgate.

Felizmente, Haechan e Mark logo foram salvos. Claro, estavam muito abalados e com alguma queimadura; mas não era algo grave comparado às pessoas que eram resgatadas em macas. Jisung chorava, sua cabeça apoiada no ombro de Mark enquanto lágrimas quentes desciam-lhe a bela e juvenil face. Ele queria apenas que aquilo não fosse real. Seria legal se fosse apenas uma ficção.

Um dos bombeiros saiu com alguém nos braços. Essa pessoa não estava com ferimentos, estava enrolada com um pano claramente úmido. Seu rosto, porém, estava manchado por conta das chamas e ele estava desacordado. Jisung levantou-se com um salto, mas os adultos o obrigaram a se sentar pois estariam sendo levados ao hospital mais próximo dali.

— Era Chenle! Ele desmaiou! — contara para os amigos assim que voltou — O que vamos fazer?

— Vocês vão para o hospital — o motorista da ambulância falou, e foi isso o que acontecera.

— Vocês vão para o hospital — o motorista da ambulância falou, e foi isso o que acontecera

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⏰ Última atualização: Jan 06, 2018 ⏰

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