Capítulo 7

17 6 2
                                    

|Juliana Campbell|

Eu estou morrendo aos poucos, tenho dores por todo o corpo, cortes abertos que tenho certeza que já estão (ou quase) inflamados, tenho sede, fome, frio e já não tenho mais forças pra lutar, neste exato momento meus olhos estão fechados pois não tenho força para mantê-los abertos! Ouço passos vindo em minha direção e logo escuto uma voz que posso dizer que nunca ouvi em toda a minha vida.

- Ei garota? - ele me cutuca e tento abrir os olhos. - Eu sou um dos cúmplices do prefeito, ou melhor eu era até eu meio que "largá-lo de mão" eu vou ajudá-la a sair daqui! Você consegue falar? - ele pergunta e num movimento quase imperceptível digo que sim com a cabeça.

- Sabe algum endereço? Algum número de telefone? Sabe algo para que eu possa achar seus amigos ou parentes?

- S-sim, é o e-endereço da c-casa d-dos meus a-amigos! - digo o endereço e ele anota no bloco de notas do celular dele. - V-vai até lá e p-peça para v-virem o m-mais r-rápido q-que puderem p-por favor - peço com a voz fraca, que se dane minha sede, minha fome e meu frio eu só quero saber de sair daqui.

- E se eles não acreditarem? - porra ainda tem isso... já sei... um vídeo!

- Faz u-um v-vídeo!

- Tá, quer que eu te ajeite, tipo de ajudar a sentar ou algo assim?

Com a ajuda do homem que ainda não sei o nome me sento em um canto do galpão.

- Ei? Q-qual o seu n-nome? - pergunto assim que ele termina o vídeo.

- Lucas, não precisa dizer o seu! Eu já sei, agora eu preciso ir! - dizendo isso ele sai praticamente correndo.

|Lucas|

O prefeito já está indo longe demais com isso, ele disse que o sequestro seria só um susto e agora ele está matando a garota aos poucos e eu não posso deixá-lo fazer isso então vou ajudá-la a sair daquela merda.

Chego no local e toco a campainha, logo um garoto com aparentemente uns vinte e três ou vinte e quatro anos abre a porta.

- Quem é você? E o que faz na minha casa?

- Meu nome é Lucas, e eu vim a pedido da sua amiga Juliana!

- Como posso saber que isso é verdade?- Sabia que essa pergunta ia ser feita alguma hora.

- Tenho um vídeo dela aqui no meu celular, posso entrar? - pergunto.

- Ah, claro entre! - ele diz com receio mas deixa eu entrar entrando em seguida.

- Pessoal, esse homem cujo nome é Lucas disse que veio a pedido da Juliana e que tem um vídeo dela - ele diz para as pessoas presentes na sala, cinco garotos contando com o que abriu a porta, e três garotas. Uma delas se parece com a Juliana acho que é irmã dela.

- Deixe eu nos apresentar, eu sou o Marcos, ele é o meu irmão Matheus, ele é o Jonathan nosso amigo, Fernando, Pedro, Stephania, Anna e Gabriella irmã da Juliana.

- Sente-se e nos mostre o vídeo da minha irmã!

- Gabriella cadê seu esposo? Não vai chamá-lo?- o garoto que se não me engano se chama Jonathan, pergunta.

WaterfallOnde histórias criam vida. Descubra agora