Na biblioteca principal...
Shirozaki guardava os últimos livros que estavam espalhados no seu escritório, estava apreensivo, deixara Maya ir sozinha ao encontro de Oliver, sabia que ele não entregaria o mapa facilmente, mas tinha de confiar na capacidade da irmã de Reiko... ele pega o cetro que enviou a garotinha para o deserto de Gakuren, mas seus pensamentos foram interrompidos por um barulho na biblioteca.
Já era tarde da noite, a biblioteca fechara há horas e o vigilante estava de folga esta noite deixando Shirozaki sozinho. Ele sabia que logo Daisuke retornaria, porém não era o general de gelo que o preocupava, mas o senhor do exercito de arbmos que o encurralou nas ruínas...
Provavelmente perceberam o poder do portal despertado pela energia de Maya. Instintivamente o mercenário puxa o cetro místico se colocando em posição de defesa a espera do inimigo se aproximar da porta do escritório.
Não importaria quem fosse, se alguém descobrisse que Maya era a chave e também a guardiã da terra da estrela negra, deveria ser eliminado imediatamente, não arriscaria a vida dela e o equilíbrio entre os dois mundos. Estava disposto a qualquer coisa por isso, até mesmo por a sua liberdade em risco.
A porta é arrombada, um homem vestindo uma armadura de guerreiro das trevas e usando uma máscara demoníaca nas cores vermelhas e douradas surge a sua frente.
-Fico feliz em revê-lo Shirozaki...
Um sorriso sádico se formava no rosto do homem que encarava Shirozaki com um olhar sombrio. Ele levanta a máscara revelando o homem que o mercenário mais odiava... seu pai, Hayato.
Shirozaki trinca os dentes em com um olhar carregado de mágoas, ele aperta o cetro em sua mão preparando-se para um ataque.
Longe da biblioteca...
Karin havia fugido do Dojo, levara Renki-chan consigo, em seu colo, vestia um casaco sobre o vestido leve e sandálias delicadas seus cabelos soltos ao vento gélido, estava entardecendo, as ruas se esvaziavam, desta vez ela estava determinada a chegar onde queria, buscara um caminho diferente, onde Katto ou qualquer um desconfiaria que ela conhecia, estava apavorada, preocupada, perdida em turbilhões de pensamentos e lembranças que ela se quer sabia que existiam.
-Renki-chan eu não sei o que fazer!!!
Ela chora baixinho abraçando seu animalzinho que sacudia a cauda lambendo o rostinho da sua princesa na esperança de fazê-la sorrir. Ela segue por uma rua estreita e escura, ficava próximo a hospital...
-Tenho que vê-los Renki-chan!!! Eu preciso ver meus pais...
O cachorrinho dá um latido como se confirmasse a idéia da menina, ela respira fundo e entra pela entrada de serviços do grande hospital da cidade, cuidadosamente ela adentra as salas seguindo até o quarto onde estavam seus pais, porém estava vazio para desespero da loirinha.
-Onde estão eles????
Ela quase grita, no mesmo momento uma enfermeira se aproxima da menina preocupada.
-Senhorita Karin o que faz aqui???
-Onde estão meus pais Akane???
Ela questiona assustada.
-Eles foram transferidos querida...
-Transferidos??? Para onde??? Porque não me informaram nada????
Ela se desespera e a enfermeira tenta a acalmar.
-Querida essas informações não fornecem aos enfermeiros, o estado deles é grave e um amigo da família se ofereceu para os levar para um dos melhores hospitais!