six days of a heat • SAHYO

Capítulo 07

não revisado

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- Pai, é a Sana de novo, por favor, assim que você pegar essa mensagem me liga de volta. Eu... Nós precisamos de você.

O corpo de Mina já havia voltado ao normal e ela dormia profundamente na cama que havia sido de Sana enquanto ela esteve naquela casa. Já era a décima vez que ela ligava para Akira e a décima vez em que caía na caixa postal. Ela estava sentada ao lado da irmã, acariciava os cabelos castanhos e longos que pareciam muito mais claros e brilhantes agora, as unhas pareciam maiores e ela parecia perfeitamente saudável.

- O que aconteceu com você, Mimi? - sussurrou, a morena se moveu e grunhiu baixinho, mas, permaneceu dormindo.

Fracas batidas foram ouvidas na porta que estava encostada, Jihyo empurrou-a com dificuldade, surgindo com uma bandeja em mãos. Alguns sanduíches, um pedaço de bolo, um copo razoavelmente grande de suco e uma xícara de café.

- Eu achei que ela estivesse acordada e imaginei que podia estar com fome, como não sabia o que ela preferia, trouxe tudo - comentou sem graça, depositando a bandeja na mesinha de canto do quarto.

- Ela apagou, começou a me contar o que se lembrava e simplesmente apagou.

Os olhos castanho exibiam profundas olheiras e grandes bolsas, fruto de uma noite em claro, uma manhã estranha e várias lágrimas derramadas. Ergueu-os e encarou Jihyo, que parecia hipnotizada pela alfa desacordada. Os olhos escuros fixos no corpo adormecido, ela mal piscava. Balançou o rosto, assustando-se com as imagens que surgiram em sua mente e voltou a encarar Sana.

- Eu vou pedir a Tzuyu que venha de novo, ela é confiável e nós precisamos saber se a Mina está fora de perigo. - a japonesa assentiu - Você conseguiu falar com o seu pai?

- Não, o celular está desligado. Já deixei várias mensagens, espero que ele as ouça.

***

As lagrimas no rosto do alfa eram abundantes, ele estava pendurado em uma das vigas de madeira do porão da sua antiga casa de campo. Seus pulsos estavam amarrados por uma corda e seus pés não tocavam o chão. Leo fazia com que Akira ouvisse os recados desesperados da filha, implorando ajuda, algo havia acontecido com Mina.

- Será que a nossa querida priminha foi a primeira alfa fêmea a sobreviver à transformação? Ou será que ela não conseguiu? - a alfa ergueu uma das sobrancelhas e sorriu ladino. - Talvez eu faça uma visita a elas... Só como forma de garantia, você sabe né tio? Família em primeiro lugar...

- Se você chegar perto dos meus filhos... - Akira rosnou, encarando o sobrinho.

- Acho que os Minatozaki precisam de respostas... E eu tenho certeza de que posso dar isso a eles. - o alfa mais novo ergueu-se, um sorriso aterrorizante em seu rosto.

Ideias assustadoras rondavam a mente de Akira, o que poderia ter acontecido com Mina? Será que Leo tinha razão? Infelizmente, um pensamento permanecia fixo: não importava o quanto fugisse, a maldição da família Park o perseguia e agora, afligia seus filhotes. Por mais forte que ele fosse, ele estava em pânico com o que poderia acontecer.

Nesse momento, ouviu-se um ruído de carro do lado de fora da casa. O motor foi desligado. Portas foram abertas e fechadas. Passos lentos sobre o assoalho de madeira. Um feixe de luz iluminou precariamente aquele lugar escuro e úmido. Aidan fez seu caminho descendo as escadas, pouco a pouco fazia-se notar, trazia alguém nos braços.

- NÃO! - Akira berrou desesperado, debatendo-se nas cordas.

Cabelos negros, corpo esguio, pele branca. Kira estava desmaiada, seus batimentos cardíacos enfraquecidos, o alfa mal podia ouvi-los. A ômega foi cuidadosamente colocada no chão, aos pés de Akira.