naufrágios

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agarro-me a uma bóia esvaziada

com ela afundo-me

sem ela, nada



numa repetição doentia

é constante o sol que queima

e o vento que esfria



procurei convencer-me da razão

mas essa mata-me aos poucos

gritei aos sete rios, chamei-os de loucos



por nos terem juntado, por nos separarem continuamente

fazes parte da minha insanidade, és o que me distorce a mente



e ela sofre às claras,

às escuras

e durante o intermédio 

ora esse escasso no que se sucedeu

somos 2 alterados sem remédio 

devaneiosWhere stories live. Discover now